Marina Colasanti, ícone da literatura brasileira, morre aos 87 anos

A escritora Marina Colasanti faleceu na madrugada desta terça-feira, 28 de janeiro, em sua residência em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Aos 87 anos, Marina deixa um legado literário inigualável, com mais de 70 obras publicadas, incluindo poesia, contos, literatura infantil e crônicas.

A causa da morte não foi divulgada até o fechamento desta reportagem. Seu velório acontecerá no Parque Lage, local em que morou, na quarta-feira, 29, das 9h às 12h.

Marina era sobrinha da cantora lírica Gabriela Bezansoni e casada com o poeta Affonso Romano de Sant’Anna. Ela deixa uma filha, Alessandra Colasanti, atriz e roteirista.

Nascida em Asmara, na Eritreia, em 1937, Marina viveu na Líbia e na Itália antes de emigrar para o Brasil com sua família em 1948. “Todos os meus livros continuam valendo, como sabem os acadêmicos que me atribuíram o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra”, afirmou ao receber o prêmio em 2023. Ela foi a 10ª mulher a conquistar o cobiçado reconhecimento da Academia Brasileira de Letras.

Marina Colasanti: Da literatura ao jornalismo e TV

Marina começou sua trajetória literária em 1968, publicando mais de 50 títulos no Brasil e no exterior, com temas como feminismo, amor, arte e questões sociais. Além de escrever, ela também ilustrava suas obras, uma extensão de sua formação como artista plástica. Sua obra é frequentemente objeto de estudos acadêmicos.

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Na carreira jornalística, ingressou no Jornal do Brasil em 1962, onde atuou como redatora, cronista e editora. Passou por revistas como Cláudia e Nova, recebendo o Prêmio Abril de Jornalismo em três ocasiões. Marina também trabalhou na televisão como apresentadora e editora em programas culturais, como Os Mágicos e Imagens da Itália.

Sua trajetória reflete a versatilidade e a profundidade de uma artista dedicada, reconhecida como uma das grandes referências da literatura brasileira contemporânea.