Morre Emanoel Araújo, ícone das artes plásticas afro-brasileiras

Por - 08/09/22 às 12:00

Emanoel Araújo, de chapéu de panamá, sorrindo. com várias gravuras ao fundoEmanoel Araújo estava em plena atividade e não falava em aposentadoria - Foto: Silvia Zamboni/ Museu Afro-Brasil

O escultor, pintor e museólogo Emanoel Araújo, de 81 anos. sofreu um infarto fulminante e morreu na quarta-feira, 07 de setembro, em sua casa em São Paulo. O corpo foi encontrado no escritório, onde ele serviria um almoço para conhecidos.

O velório será aberto ao público, ao longo desta quinta-feira, 08 de setembro, no pavilhão do Museu Afro Brasil. O local, inclusive, vai receber oficialmente o nome de Araújo, que foi curador-chefe da instituição de sua fundação, em 2004, até sua morte. O funeral vai acontecer no Cemitério da Consolação, às 16h.

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“Emanoel Araújo foi um ícone da cultura negra no Brasil. Artista, professor, pesquisador e gestor público de múltiplos talentos, Emanoel deu uma nova dinâmica à Pinacoteca de São Paulo, fundou o Museu Afro Brasil e trabalhou durante toda sua vida pela valorização da história da arte afrodescendente brasileira e da arte africana. São Paulo seguirá com seus ensinamentos”, informou, por meio de nota. o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que vai decretar luto oficial no Estado pela morte do artista plástico.

“Emanoel Araújo sempre foi um patriota que elevou e divulgou o Brasil e a cultura do nosso país”, informa nota divulgada pelo Museu Afro Brasil.

QUEM ERA EMANOEL ARAÚJO

Desenhista, ilustrador, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor e curador, Emanoel Alves de Araújo nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, em 15 de novembro de 1940.

Ele foi diretor do Museu de Arte da Bahia, lecionou artes gráficas e escultura no Arts College, nos Estados Undos, e dirigiu a Pinacoteca do estado de São Paulo.

Sua primeira exposição individual foi em 1959 e, na década seguinte, seguiu para Salvador, onde ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde estudou gravura com Henrique Oswald.

Em 1972, Emanoel recebeu a medalha de ouro na 3.ª Bienal Gráfica de Florença, Itália, e, no ano seguinte, o prêmio de melhor gravador. Entre 1981 e 1983, instalou e dirigiu o Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, além de expor individualmente no Museu de Arte de São Paulo, o Masp.

Entre 1992 a 2002, ele exerceu o cargo de diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde foi responsável pela revitalização da instituição. E, em 2004, tornou-se curador e diretor do Museu Afro-Brasil, aberto naquele ano, em São Paulo, com obras de sua coleção.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino


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