Morre Léa Garcia, horas antes de receber homenagem no Festival de Gramado
Por Flavia Cirino - 15/08/23 às 09:42
Atualizada às 09h50
A arte nacional perde nesta terça-feira, 15 de agosto, mais uma grande representante. Morreu a atriz Léa Garcia, aos 90 anos. A veterana artista estava no Festival de Cinema de Gramado, no Sul, onde seria homenageada por sua trajetória profissional, com o troféu Oscarito, a maior honraria do evento.
A informação foi confirmada pelos familiares de Léa, nas redes sociais: “É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado no Festival de Cinema de Gramado, da nossa amada Léa Garcia”.
No evento de cinema, o maior do país, a artista já havia conquistando quatro Kikitos com os filmes “Filhas do Vento”, “Hoje tem Ragu” e “Acalanto”.
A veterana destacava em seu currículo mais de 100 produções, incluindo indicação ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, em 1957, por sua atuação no filme “Orfeu Negro” que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.
QUEM ERA LÉA GARCIA
Léa Lucas Garcia de Aguiar, filha de José dos Santos Garcia e Stella Lucas Garcia, nasceu em 11 de março de 1933 no Rio de Janeiro.
Teve ao longo de sua vida uma trajetória profissional multifacetada: atriz, diretora de teatro, de cinema, funcionária do Ministério da Saúde e dirigente sindical. Léa Garcia dedicou mais de 70 anos de sua vida aos palcos, cinema e televisão, desde o início da carreira, no Teatro Experimental do Negro, até seus trabalhos mais recentes, a artista manteve o compromisso com a luta antirracista, destacando-se como ativista política.
A atriz ,que recentemente lançou uma autobiografia, foi figura fundamental na busca por igualdade nos palcos brasileiros.
90 ANOS DE HISTÓRIAS REUNIDAS EM BIOGRAFIA
No último dia 26 de junho, Léa Garcia, lançou a sua autobiografia “Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita”, na Livraria Travessa em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebendo familiares e amigos, diversos famosos commo Erika Januza, Sérgio Loroza e José Junior, do Afroreggae.
O destaca a história e diversos momentos pessoais e da vida profissional da vida da atriz, relembrando sua trajetória no início da carreira, junto com o Teatro Experimental do Negro em 1952, exaltando seus momentos como atriz e suas memórias pessoais.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino