Morre Mário Monteiro, carnavalesco e criador da cidade cenográfica em novelas

Internado há duas semanas na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul do Rio, onde tratava de um câncer pulmonar, o carnavalesco e cenógrafo Mário Monteiro morreu no Rio de Janeiro, na quinta-feira, 29 de junho.

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Ao lado de Chico Spinosa, ele foi carnavalesco do desfile campeão da Estácio de Sá, em 1992, único título da escola no Grupo Especial. O inesquecível enredo “Paulicéia Desvairada”, levou para a Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, os 70 anos do modernismo.

Ele também assinou desfiles na Portela, Unidos da Tijuca, Acadêmicos do Salgueiro e Unidos do Viradouro. O último trabalho à frente de uma escola de samba foi com a Imperatriz Leopoldinense, em 2019, com a mulher, Cacá Monteiro.

“Vai fazer falta no nosso meio”, disse a carnavalesca Rosa Magalhães.

MÁRIO MONTEIRO FEZ A PRIMEIRA CIDADE CENOGRÁFICA DE NOVELA

Diretor de cenografia da Globo há cinco décadas, ele coordenou a cidade cenográfica da primeira versão de “Irmãos Coragem”, em 1970 – a primeira criada para uma telenovela, uma superprodução para os padrões da época. Foram dele também cenários do especial do centenário de Chacrinha na TV, além das novelas “Dancin Days”, “Meu Bem, Meu Mal”, “A Força do Querer” e do seriado “Brasil a Bordo”. 

Gloria Perez comentou a partida do artista: “Foi embora um amigo querido, companheiro de tantas novelas e minisséries, ícone da cenografia da Globo. R.I.P Mário Monteiro”, escreveu ela. 

O ator Carlos Vereza também se pronunciou: “Paz e Luz para um profissional e ser humano diferenciado. Cenógrafo que qualificou a televisão, mantendo-se sempre modesto. Mário Monteiro, igualmente diretor de arte, que seja recebido por seus mentores espirituais. Minha solidariedade aos familiares”.

Mário também foi responsável pela revitalização do Teatro do Jockey, na Gávea, na Zona Sul carioca. Ele deixa a mulher, Cacá Monteiro, e uma filha. O velório será nesta sexta-feira, 30 de junho, restrito aos familiares e amigos.

“Perdi o meu amor, meu maktub”, lamentou a viúva do carnavalesco.

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