Pedro Bial emociona público com texto para Marília Mendonça: ‘Por que tão rápido?’
Por Redação - 07/11/21 às 22:28
Na abertura do “Fantástico” deste domingo, 7 de novembro, Pedro Bial emocionou o público com uma homenagem a Marília Mendonça. O programa começou com o texto do jornalista e imagens da carreira da cantora, dos shows, dos bastidores, da vida de quem foi Marília.
O texto reclama da brevidade da passagem que a cantora fez por aqui, das saudades que ela vai deixar e do silêncio que fica, agora sem a voz da artista. Com a maestria comum a seu texto, a crônica de Bial fez muita gente chorar.
Nas palavras, ele ainda indaga o que a cantora falaria sobre uma notícia tão inesperada e trágica como a que recebemos na sexta-feira, 5 de novembro. O texto também pergunta como terminaria a canção da vida da artista, se ela acabou de começar.
O brilhantismo de Bial ainda afirma que os versos de Marília estão ‘pousados sobre nossas cabeças’. É um texto que, de fato, emociona fãs, amigos, familiares e até quem nem mesmo conhecia a cantora até ela morrer nesse acidente trágico de avião.
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NA ÍNTEGRA
“Hoje, a gente olha pro céu e clama, “pra que tanta pressa? “; e reclama, cambaleante, sem o chão de tua voz. Marília, por que tanta pressa? Por que tão rápido?
Você ainda tinha tanta história pra viver e ouvir e depois em versos nos contar, tanto canto a doar. Por que tão rápido, pra que a pressa?
Que versos você escreveria pra explicar isso? Como termina essa canção, interrompida pelo estrondo de silêncio? Que música é essa em descompasso e desafino, onde dó é só padecimento?
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Como toda história, uma canção tem começo, meio e fim. E alguém já disse que toda canção começa buscando um meio de chegar ao fim. A canção de sua vida parece foi interrompida antes de encontrar o meio. É tão anti-natural, chegar ao fim, sem nem acabar de começar. Arrancaram a flor, ficou seu sonoro perfume a consolar um jardim entristecido.
Pois, agora, você que falava das coisas fugidias da vida, essas coisas de amores e dores, encontros e adeuses, você que libertava as palavras, deixando que voassem passarinhas pra nos consolar e pra que a gente as acolhesse no ninho de nossas solidões; agora, Marília, seus versos se aquietaram, imóveis, como mão de mãe, suave, sobre cabeça de menino, pousados sobre nossa memória.
Hoje, a gente lhe pergunta: “Nunca mais, Marília?”.
E, com um sorriso mais manso do que triste, você nos responde que não, não é “nunca mais”. Dedilha o violão, compondo uma canção pros anjos, e diz, “É para sempre”.
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