Ruthetty, ícone do tecnomelody, morre brutalmente
Por Flavia Cirino - 05/12/2025 - 12:55

A cantora Ruthetty, 49 anos, principal nome do tecnomelody nos anos 2000, descansará hoje em um cemitério de Ananindeua, região metropolitana de Belém.
Na quinta-feira, 4 de Dezembro, agentes encontraram o corpo dela dentro de sua casa. A perícia concluiu: a artista sofreu asfixia e politraumatismo — diversas lesões em diferentes partes do corpo.
A avaliação constata ferimento grave na cabeça, o que reforça versão de agressão extrema oferecida por uma pessoa ligada à vítima: “de pauladas”. Já um suspeito permanece detido.
A Polícia Civil do Pará investiga o crime por meio da Delegacia de Feminicídio de Belém (DEFEM). “Testemunhas são ouvidas, imagens de câmeras de segurança serão analisadas e perícias foram solicitadas para auxiliar nas investigações”.
Enquanto isso, o irmão da artista, Ivanildo Gomes, que reconheceu o corpo no IML, lamentou o estado do corpo da irmã e declarou: “A torturaram bastante”. Ele relatou hematomas visíveis no rosto e jurou que a agressão pareceu premeditada. A combinação de sinais físicos e relatos sugere planejamento e brutalidade.
As autoridades mantêm o caso sob sigilo, embora a mobilização de testemunhas, análise de vídeos e exames forenses ocorra rapidamente. O objetivo consiste em reunir evidências que garantam responsabilização. Assim, a comunidade artística e fãs de Ruthetty acompanham com apreensão cada nova informação que surgir.
Trajetória vitoriosa e legado interrompido
Ruthetty alcançou notoriedade nacional ao longo dos anos 2000 graças ao tecnomelody e sobretudo ao hit “Viver de ilusão”, canção que dominou paradas e playlists dedicadas ao gênero.
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O retorno afetivo dos teclados marcava sua identidade artística, o que lhe garantiu o apelido de “rainha do tecnobrega”. A fama, contudo, conviveu com invisibilidade de uma vida discreta fora dos palcos.
Mesmo após várias décadas de carreira, a cantora mantinha pouco contato com mídia. A brutalidade de sua morte expôs não apenas a fragilidade da segurança pessoal, mas também a urgência de visibilidade sobre crimes contra mulheres.
A enorme repercussão reforça que, embora longe dos holofotes, o legado de sua voz e emoção persiste na memória do público.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























