Susana Naspolini: Times do Rio prestam homenagem à jornalista

Por - 26/10/22 às 15:21

Susana Naspolini e os clubes do Rio de JaneiroReprodução/Instagram e João Cotta/Globo

A jornalista da TV Globo, Susana Naspolini, morreu, aos 49 anos, após uma luta contra o câncer. A repórter do “RJ1” estava internada em um hospital de São Paulo, tratando um câncer avançado já em fase de metástase. A morte foi confirmada pela filha de Susana, Julia Naspolini.

Sempre muito alegre e alto astral nos assuntos que tratava, Susana era um marco do jornalismo no Rio de Janeiro e muitos cariocas sentiram a perda. Os clubes cariocas de mais expressão, como Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco deixaram uma homenagem à jornalista.

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O Fluminense ainda destacou que Susana era “sinônimo de amor e dedicação” ao trabalho de jornalista.

O Botafogo exaltou “a brilhante carreira, que sempre aliou competência, informação e alto astral” de Susana Naspolini.

Susana enfrentou a doença por cinco vezes. A jornalista tinha apenas 18 anos quando descobriu que estava com câncer nas células do sistema linfático. Era o início de uma grande luta.

Quase vinte ano depois, aos 37, Susana foi diagnosticada pelos médicos com um tumor maligno na mama e, logo em seguida, outro na tireoide. Em 2016, a jornalista encarou mais uma vez outro câncer de mama, esse que em 2020 evoluiu para uma metástase nos ossos.

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Uma das jornalistas mais queridas no Rio de Janeiro e em todo o Brasil, Susana recebeu homenagens de diversos colegas da Globo. Fátima Bernardes, André Trigueiro, Leilane Neubarth, Pedro Figueiredo e muitos outros enviaram suas condolências à família.

Ainda não há informações sobre o velório e enterro da jornalista.

BEM-HUMORADA, SUSANA SEMPRE SONHOU EM SER REPÓRTER

Reprodução/Instagram@susana naspolini

Susana Dal Farra Naspolini Torres nasceu no dia 20 de dezembro de 1972, em Criciúma, Santa Catarina. Desde cedo, ela dizia que seu sonho era ser repórter. Dona de um bom humor único e uma espontaneidade ímpar, Susana era conhecida por produzir reportagens no Rio de Janeiro. Entrou para o Grupo Globo em 2002, época em que se tornou repórter temporária da GloboNews. Passou pelo Canal Brasil, pela produção da Editoria Rio, da TV Globo, e pela equipe de reportagem dos telejornais ‘Bom Dia Rio’ e ‘RJTV’.

Em 2008, começou a apresentar o quadro ‘RJ Móvel’, parte do ‘RJ1’. Seu jeito divertido costumava atrair a atenção do telespectador. Susana fez reportagens em que andou de skate e bicicleta, pulou poças de esgoto, entrou em buracos, mas sempre assertiva na hora que precisava, por exemplo, cobrar as autoridades diante de um descaso do poder público, principalmente em áreas carentes.

“Meu trabalho como repórter é onde eu sou feliz. Sou uma repórter otimista, sempre acho que vai dar jeito, que as coisas vão melhorar. Acredito nas boas intenções das pessoas. Sou incansável. Acredito que o bem sempre prevalece”, disse Susana, em 2017, à reportagem do Memória Globo.

E emendou. “O jornalismo local é minha paixão. É sobre a cidade em que a gente mora, é onde a gente cumpre nossa missão de jornalista, que é fazer o mundo melhor, ajudar as pessoas, contribuir de alguma forma. Só que daí tem de tudo, matérias alegres, tristes, violência, saúde”, elencou.

Reprodução/Instagram@susana naspolini

Susana gostava da rua, de estar onde o povo estava. Sentir os dramas e as sensações das pessoas mais necessitadas.

“É o meu jeito de trabalhar, podem, ou não, gostar. Sou muito feliz fazendo, me sinto em casa. No outro dia, minha filha falou: ‘Mãe, sua blusa estava toda suada’. Respondi: ‘Filha, estava gravando em Bangu, meio-dia, não vai ter suor?’. Tem suor, tem o cafezinho; se eu tiver andando e tropeçar, vai entrar o tropeço; se eu sentar na calçada pra falar com alguém, vai mostrar; ah, esse ângulo tem mais sol do que o outro? Não tem problema, é ali que a gente está”, contou a jornalista.

ESCOVA DE CABELO FOI SEU MICROFONE QUANDO CRIANÇA

Reprodução/Instagram@susana naspolini

Quando criança, costumava ‘denunciar’ buracos na rua de sua casa, com uma escova de cabelos nas mãos, no lugar de um microfone. Ali nascia uma repórter. Formou-se em Comunicação Social na Universidade Federal de Santa Catarina e aos 19 anos começou a trabalhar como repórter do SBT. Em 1994, foi convidada pela RBS para apresentar o “Bom Dia Santa Catarina” em Criciúma, onde a afiliada da Globo abria uma nova sede.

Em 2001, mudou-se para o Rio de Janeiro e lá conheceu o narrador esportivo Maurício Torres com quem se casou e teve uma filha, Julia, atualmente com 16 anos. Maurício morreu em 2014, aos 43 anos, em decorrência de uma infecção que não regrediu. Na época, ele integrava a equipe de esportes da Record TV.

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Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais