Um ano sem Marília: O legado da cantora para a música no Brasil

Por - 05/11/22 às 01:00 - Última Atualização: 4 novembro 2022

Marília Mendonça durante show em São PauloMarília Mendonça durante show em São Paulo. Foto: Manuela Scarpa/Brazil News

Há um ano o Brasil parava para acompanhar o trágico acidente aéreo que matou Marília Mendonça e mais dois membros de sua equipe. Ela chegava ao interior de Minas Gerais para um show em Caratinga. Depois, faria mais uma série de apresentações no estado.

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Quando iniciou o procedimento de pouso, a aeronave bateu em um cabo de distribuição de energia e sofreu a queda. Três pessoas morreram. A morte de Marília só foi confirmada às 17h15, depois que fãs identificaram o corpo da cantora do lado de fora do avião (por causa de sua roupa).

Depois, um castelo de cartas caiu. A família confirmou a notícia de fato, começou o planejamento do velório – que recebeu dezenas de milhares de pessoas em um estádio em Goiás – e uma série de despedidas que mobilizaram o país. Amigas próximas da rainha, Maiara e Maraísa não saíram de perto do caixão enquanto puderam. Assim, Marília se despediu: sem avisos, deixando o povo brasileiro em choque.

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De herança, um filho lindo, Leo, fruto de seu relacionamento com o cantor Murilo Huff, e o legado que revolucionou a música sertaneja no Brasil. Marília abriu espaço para que ainda mais mulheres cantassem o que acostumou-se chamar “Feminejo”.

A sofrência, ostentação e vida de baladas invadiram as modas de viola do sertanejo tradicional. O famoso “sertanejo universitário” se restringiu às histórias que homens cantavam. Até que ela surgiu. Marília Mendonça quebrou barreiras ao lado de diversas outras mulheres, como Naiara Azevedo, Simone e Simaria e as amigas, Maiara e Maraísa.

Enquanto Thaeme, da dupla com Thiago, e Paula Fernandes seguravam as pontas com o clássico sertanejo em vozes femininas, a artista foi para a linha de frente e esbarrou nos preconceitos por ser mais uma mulher no ritmo dominado por homens. Ser mulher nunca foi fácil – e elas se uniram de novo.

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Marília Mendonça com o filho
Após a morte de Marília, guarda de Leo é compartilhada entre o pai e a avó. Foto: Reprodução/Instagram

COMEÇO DA CARREIRA

A cantora começou a cantar no bar de sua mãe, quando percebeu que poderia animar o público do local. Mas, sua carreira na música chegou muito antes, quando o pai a colocou na escola de música.

“Comecei a cantar para ajudar em casa, porque a gente passava muita dificuldade. O marido da minha mãe saiu de casa, porque ela descobriu. Então, a minha paixão por música começou muito cedo. Com 12 anos eu já comecei a compor”, lembrou, em entrevista à Record TV em 2017.

A cantora lembra que recebia R$50 por show. Quando conseguiu um valor mais alto, o dinheiro foi todo para pagar contas de energia atrasadas. O apoio da família foi a base da cantora, especificamente sua mãe.

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O sucesso chegou primeiro como compositora. A cantora dominou as paradas sertanejas com “Calma”, de Jorge e Mateus, “Cuida Bem Dela”, de Henrique e Juliano, “Minha Herança, de João Neto e Frederico, entre outros. Em seguida, vieram as participações em shows para interpretar as próprias músicas. Dali em diante, explodiu no mundo sertanejo.

O SUCESSO

As composições de Marília Mendonça também tiveram grande influência em sua carreira na música. Ela gravou “Flor e Beija-flor” e “Todo Mundo Menos Você”, essa última com Maiara e Maraísa. Aliás, as três foram grandes parceiras de palco e de vida. Elas trabalhavam em uma série de megashows quando a artista faleceu. Os eventos precisaram ser cancelados.

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“Infiel” foi a música que colocou Marília no topo das paradas e a levou para o grande sucesso nacional. A música também abriu caminhos para a cantora, que ganharia o título de “Rainha do Feminejo”. Lançada em 2016, um ano após ela se lançar como cantora, a repercussão foi instantânea.

A artista também compôs o hit. Muitos acreditam que “Infiel” conta a história de traição que Marília sentiu, mas não foi assim. Ela a escreveu para uma tia, que estava sofrendo por um namorado que a traiu e mesmo assim voltou com o “infiel”.

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