William Bonner se emociona e relembra choque diante de Cid Moreira

Por - 03/10/24 às 10:32

Cid Moreira e William BonnerCid Moreira e William Bonner - Foto: Globo

Muito emocionado diante da notícia da morte de Cid Moreira, que se foi na manhã desta quinta-feira, 03 de outubro, William Bonner fez emocionantes relatos sobre a convivência entre eles.

Médico que cuidava de Cid Moreira se pronuncia

O jornalista, que atualmente é editor-chefe e âncora do Jornal Nacional, ressaltou, antes de mais nada, a importância de Cid, destacando que ele era a marca do telejornalismo nacional.

“Cid inaugurou o JN em setembro de 1969 e permaneceu ininterruptamente até o fim de março de 1996. Pra qualquer pessoa que tenha as de 40 anos, o JN tem aquele rosto ali. Pra que tem menos, talvez não tenha. Mas o Cid Moreira é a voz do ‘Fantástico’, disse Bonner, primeiramente.

Em seguida, ele ressaltou: “Quando ele fechou o JN passou a se dedicar a leitura editoriais e ao ‘Fantástico’, pode se divertir mais como profissional”.

Cid Moreira era um grande brincalhão e adorava que brincassem com ele também. Quando pode brincar com ele mesmo, sua carreira entrou pra outro patamar, outro caminho. Quem não lembra do Mr M e da Jabulani?”

William Bonner lembra momentos marcantes

Bonner, bastante emocionado, recordou duas situações que ficaram marcadas em sua memória.  

“O dia em que vi o Cid Moreira de perfil, foi muito estranho! Fiquei petrificado, porque a TV só o Ostrava de frente. O segundo momento foi quando eu olhei pra minha direita e vi o Cid Moreira sentado à mesma bancada que eu estava, pra apresentar o JN”, disse.

Bonner continuou: “Ele é uma figura gigantesca! Cofundador do JN, uma voz de credibilidade indiscutível num tempo em que não havia internet, rede social, TV por assinatura, streaming. Naquele tempo, o JN era a principal fonte de informação do brasileiro. Era ele e Sergio Chapelin, outro gigante, diariamente trazendo noticia e isso era de uma importância enorme”, destacou.

A ‘lavada’ de Cid Moreira

William Bonner contou que guarda ainda uma recordação de um tempo em que sequer imaginava e tornar jornalista.

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“No fim do ‘Fantástico’, antigamente, ele lia um texto cheio de sentimento, que era redigido pelo editor José Camargo de Freitas, A minha mãe chamava aquele momento de ‘a lavada do Cid Moreira’. O texto tinha algum lirismo, mas tinha questões morais envolvidas. Isso faz parte da minha vida”, disse, por fim.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino