Zeca Camargo sobre Gal Costa: ‘Não tinha nada que não pudesse ser dito’

Por - 09/11/22 às 17:48

fotomontagem de zeca camargo em entrevista ao uol news com bolinha de gal costa cantandoFoto: Reprodução/Youtube/Canal UOL e AgNews - Montagem

Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira, 09 de novembro, e desde então homenagens estão sendo feitas sem parar por conta do legado da artista, que deixou ao país grandes sucesso como “Baby”, “Chuva de Prata” e “Pérola Negra”.

Zeca Camargo também comentou sobre o legado da cantora em uma participação ao UOL News, ressaltando a maneira como ela se posicionava politicamente de forma certeira, mas suave e doce ao mesmo tempo, o que enxerga como uma característica única.

“Falando com Carlinhos Brown agora pouco para definir a voz dela, ele falou que era aguda e doce. Aí fiz um paralelo de que ela era uma pessoa que você entendia exatamente o que queria dizer, a posição política dela. Ela era aguda nas opiniões, mas tudo passado com doçura”, iniciou o apresentador.

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“A força da arte, da voz e da música da Gal tinham que ser sempre maiores e ela conseguia. Não tinha censura e não tinha nada que não pudesse ser dito, mas isso era feito com suavidade”, continuou ele, antes de falar da arte musical de Gal Costa.

“Ela era uma esponja incrível e maravilhosa para pegar todas as tendências. Ela cantou as músicas mais improváveis, e improváveis não porque não fossem boas, mas eram estranhas e diferentes, ousadas musicalmente. Além disso, ela foi acompanhando [as mudanças] ao longo das décadas. (…) assim como Elza Soares, ela tinha uma curiosidade e vontade de saber o que estava sendo feito”, concluiu Zeca Camargo.

SEIOS EXPOSTOS EM PROCESSO

O ano era 1994. O local era o palco no teatro Imperador, no Rio de Janeiro. De lá, Gal Costa protagonizou um dos momentos mais emblemáticos dos seus 50 anos de carreira: cantar com os seios à mostra. A música era “Brasil”, de Cazuza.

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Na ocasião, a performance recebeu ‘aplausos tímidos’ do público e tinha uma razão para a artista. “Foi uma postura política. Como uma arma!”, afirmou a cantora, na época, ao repórter do Segundo Caderno, Sidney Garambone, do O Globo.

Na plateia estavam nomes como o de AlcioneBetty FariaDjavanElba RamalhoFernanda TorresNey Matogrosso e Sandra de SáCaetano Veloso também esteve por lá e, de acordo com Garambone, o cantor apoiou o gesto da amiga.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.