Backstreet Boys conquistam o The Town com nostalgia e emoção
Por Flavia Cirino - 13/09/2025 - 09:06

Na noite da sexta-feira, 12 de setembro, o Autódromo de Interlagos virou templo dos Backstreet Boys. Aproximadamente 75 mil pessoas se juntaram no The Town. As irmãs Simone e Simaria, além de Fernanda Gentil e Lívia Andrade estavam entre as fãs. Eles se tornaram, ali, a grande atração principal de festival no Brasil pela primeira vez.
Integrantes do Backstreet Boys curtiram a noite paulistana
Em 30 anos de estrada, tocaram em todo lugar possível, lotando estádios, ginásios e arenas, mas nunca tiveram um festival desse porte como headliner.
Os cantores dedicaram atenção especial ao álbum “Millennium” (1999), celebração de seus 25 anos em 2024. Assim mesclaram clássicos com faixas menos conhecidas dentro da discografia. “Larger than life” abriu o show. Logo depois vieram os refrões de “I Want It That Way”. O coro feminino, majoritário, ecoou as canções. Quando Nick afirmou: “o Brasil é a nossa casa”, levou a galera ao delírio.

Limites da voz e espetáculo renovado
O show privilegiou momentos que levantaram o público. As músicas lançadas depois de 2001, como “Siberia”, sentiram certo esmorecimento fora da pista dianteira. Os B-sides de Millennium, por exemplo “More Than That” e “Don’t Want You Back”, não conseguiram a mesma recepção.
A estrutura ficou mais contida sem adereços luxuosos semelhantes aos de Las Vegas ou do Sphere. Entraram em cena vozes marcadas pelo tempo como por exemplo, Brian Littrell, que lutou contra rouquidão diagnosticada em 2011. Aos 50 anos, ele afirmou que recuperação está “em andamento”.

A dança ainda vale!
Os vocais, entretanto, permaneceram valorosos. A habilidade de cantarem ao vivo reforçou credibilidade. As coreografias perderam parte do brilho de outros tempos, isso porque as danças ficaram mais contidas e precisas. Só no final, com “The Call” e “Everybody”, eles retomaram alguma exuberância. Sem efeitos grandiosos, confiaram no talento.
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O grupo Backstreet Boys trouxe amanhecer musical para quem viveu os anos dourados do pop adolescente. No palco, construíram uma noite de reencontros. Interlagos vibrou, renovou carinho e lembrou o peso cultural que um grupo assim carrega. E, para os mais críticos, é aquilo… aceita que dói menos! Backstreet’s back, alright!
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























