De alfinetadas até retorno repentino, Rouge volta para celebrar carreira. Relembre!

Vem dançar com a gente, agora! Duvido que você que cresceu entre o final de década de 90 até o início dos anos 2000 não cantou no ritmo de “Popstar”, um dos primeiros hits da Banda Rouge, formada pelo reality Popstar, do SBT, em 2002. O formato reuniu milhares de meninas brasileiras, e foi passando por peneiras e peneiras até chegar no quinteto: Karin Hills, Aline Wirley, Fantine Tho, Li Martins e Luciana Andrade.

Como grupo elas alcançaram milhões de fãs, fizeram diversos hits, desde “Beijo Molhado”, “Ragatanga”, “Blá, Blá, Blá” , “Brilha La Luna”, entre muitos outros. Porém, em recentes entrevistas, parece que o clima não era tão amigável, e claro, devemos lembrar que foram cinco garotas unidas pelo seu talento e sonhos, sem se conhecer. Personalidades e muitos outros aspectos devem ser levados em conta, e muitas girlbands, como Fifth Harmony, terminam para que o caminho siga mais leve, como artistas solos.

A PRIMEIRA RACHADURA

Em uma das entrevistas, Li Martins foi até o Vênus Podcast e contou os bastidores da segunda reunião, esta que foi mais longe e começou por conta do Chá da Alice, um show comemorativo que reuniu todas as integrantes. Sobre o fim do Rouge, a artista revelou alguns dos bastidores, entre eles, que o show foi o que abriu as portas para isto ser possível, foi também quando surgiu a proposta da gravadora para um novo projeto, o “Les 5ing”. Ela teria sugerido uma reunião mais exclusiva:

“Eu sugeri fazer igual o Roupa Nova, faz uma turnê, some um pouco, volta, faz uma turnê. O Rouge não precisa acabar. A gente marcou uma geração, não tinha que acabar. Sobre este assunto eu nunca mais falei, porque foi uma situação muito esquisita, foi uma pausa muito forçada e as coisas começaram a desandar.”

Li contou que os bastidores estavam agitados, e que muitas oportunidades surgiam, e elas tentavam coordenar para que o grupo fizesse as gravações, até que a gravadora começou a questionar:

“Ninguém queria perder oportunidades. Então era assim: ‘Não posso ir gravar no estúdio hoje, tenho um teste’. O grupo não era uma prioridade para todas. Eu acho que eu era a única que não queria que desse essa pausa. Eu tentei. Falei para deixar suspense, vamos planejar, para quem sabe gravar um DVD. Naquele momento a vibe era de todo mundo muito triste, decepcionado, e as coisas não estavam indo, show não estava lotando, não estávamos fazendo o sucesso que esperávamos. Gerou uma frustração”.

A VEZ DE KARIN

Depois de alguns meses, a convidada foi Karin Hills, que revelou diversas brigas nos bastidores, relembrando toda a exploração que tinham, que passaram, pois na época, elas eram leigas, e o trabalho foi explorado. Relembrou também da polêmica saída de Lu Andrade, e disse que ela saiu depois de encabeçar muitas brigas com a gravadora, para lutar por uma remuneração justa, e que chegou a ficar doente antes do dia que anunciou a saída. Até que em um dos cortes realizados, ela revela que não tinha mais vontade de trabalhar com as meninas novamente, e disse o motivo:

“Quando era bom, era muito bom. Eu sinto saudade de harmonizar com elas, foi muito tempo juntas. Não tenho vontade de trabalhas com elas mesmo. Pontualmente trabalharia com algumas, de vez em quando, porque as pessoas juntaram a gente e somos muito diferentes. Eu consigo transitar entre todas elas, até na briga delas me chamavam para mediar. Eu sofri muito, não podia tomar partido.”

A coisa começa a degringolar quando a situação entre Luciana e Fantine é exposta pela cantora:

“Elas falavam ‘Seu Bon Jovi de merd…..’ Elas discutiam em inglês. No dia que voltou, na reunião, eu falei: ‘Não quero. Sentada na casa do Tiago (Abravanel, organizador da festa Chá da Alice). Eu não preciso disso’. Fantine falava que ia melhorar, e eu disse para ela: ‘Você quebrava camarim, se tu quebrar, eu quebro mais ainda em cima de você”

FANTINE X LU

Na vez de Fantine, também ao Vênus Podcast, ela confirmou que quebrava o camarim, que entrou na Yoga por entender a necessidade de equilíbrio corporal que ela precisa, e que hoje entende tudo que aconteceu de outra maneira. Porém, ao falar da época que viveu ao lado de Luciana, ela foi categórica, e apontou que ela era a única que puxava o tapete das outras integrantes:

“Nossa arte, nosso recado eram maiores do que quaisquer intriga. Cada um acredita no que quiser acreditar. Mas, teve essa dificuldade, e teve o esforço de conviver e funcionar. Todas nós tínhamos diferenças com a Lu, só que eu falava, verbalizava. Puxar tapete não é um lance que a gente fazia, só tinha uma pessoa (Luciana) que fazia isso para ganhar seu espaço. Isto não podemos proteger mais. Eu não gosto de falar destas situações polêmicas quando a outra pessoa não está presente, não é justo, quero que todos deem seu ponto de vista. Quando ela me recebeu na Casa Pop, eu fiquei decepcionada, eu falei: ‘Putz, esse grupo não vai ser legal'”.

Sobre a reunião, que irá acontecer de fato no dia 10 de dezembro, Fantine relembra que sempre está disposta a colaborar em nome da arte, da música, e pelo amor aos fãs, mas, com o foco direcionado nisto, sem perder tempo para picuinhas. E também relembrou que elas tentaram sim conviver amigavelmente, e que não aconteceu:

“Eu não sinto que está completo, pois, não sei mais como dizer. Foi sempre uma dinâmica de ‘eu tentei’, porém, nunca me dei bem com ela, e não faço questão de ser amiga dela, essa é a verdade. E do lado dela é sempre: “Ah, mas eu sempre gostei da Fan”, mas na minha experiência direta com ela, essa não é uma verdade. É um discurso, não uma realidade. E eu quero ter o direito de não gostar de alguém. Nos esforçamos. Me incomoda esse comportamento vitimizado de ‘só ela que não gosta de mim, eu sou um anjo’. Não é, desculpa, ninguém é. Eu não preciso gostar de todo mundo. Cansei de defender, de fingir, ou de tentar. Agora, estou sempre disposta a colaborar, trabalhar junto. O Rouge, os nossos fãs, são maiores que estas intriguinhas. E esse é o meu problema, vamos parar de perder tempo com briguinha, quem vai ser centro, quem vai ser solo, vamos fazer nosso trabalho de grupo, com profissionalismo”.

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CLIMÃO NOS BASTIDORES?

Depois de tudo que aconteceu, muitos fãs chegaram a um veredito: Não tem mais Rouge. Com o anúncio do show, todos foram pegos de surpresa, e começaram a se questionar: Tem clima depois de tudo que foi dito e exposto? A ‘pergunta de milhões’ veio através de uma caixa de perguntas, e Fantine respondeu, categoricamente: A música é o que prevalece. Ela fez dois stories no Instagram, onde esclarece que agora sente as coisas fluírem mais naturalmente.

E O FUTURO?

Bom, chegamos ao ponto que Rouge se reunirá para uma apresentação especial em comemoração aos 14 anos do Chá da Alice. E o que isso significa? Que as artistas estão colaborando em nome da nostalgia e amor dos fãs, que deixaram de lado suas diferenças para fazer o que sabem de melhor: Música. Com isto, sempre tem aquele questionamento: Vão seguir com projetos envolvendo a banda? E, aqui uma opinião, não acho que é uma resposta positiva. As, agora mulheres e donas de si, sabem que o que prevalece agora é a imagem e o amor que cada um tem em seu coração por marcar a história de cada pessoas que cresceu ao som delas. Então, o máximo que pode chegar a ter é uma turnê comemorativa, um DVD talvez, no máximo. Novos projetos, novas músicas, ou até mesmo um novo disco devem ficar em último plano, uma vez que cada uma seguiu seu rumo na música, e, aparentemente, nem todas são as melhores amigas para viver em uma rotina de estrada, shows, gravações e muito mais. Porém, elas sabem que quem tem aquele brilho Rouge em seus corações, estará sempre feliz e disposto de ver as 5 mulheres potentes e incríveis, que harmonizam de forma única, em um palco, nem que seja por uma única noite.

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