Junior Lima sobre turnê solo: ‘Levei o tempo que precisava levar’
Por Raphael Araujo - 06/11/24 às 19:06
Junior, o cantor, multi-instrumentista, dançarino e performer, com uma carreira de 35 anos que transcende gerações, está prestes a embarcar em sua mais nova e audaciosa jornada artística com a Solo Tour. Este novo espetáculo não é apenas uma celebração de sua trajetória musical, mas um mergulho profundo na essência de um artista que, pela primeira vez, convida o público a explorar consigo as profundezas de sua alma. Revelando facetas que poucos conhecem.
Sandy celebrou Dia do Irmão com Junior
A concepção explora o lugar da solitude e introspecção, e nasceu da ideia de transformar o voo solo de Junior em um salto profundo em sua própria essência, partindo do estudo dos dois últimos álbuns de Junior, aliado à sua vontade de criar um momento de conexão real e emotiva. Esse voo não é apenas físico, mas um convite para explorar as profundezas do ser do artista, sua jornada de emancipação e autoconhecimento.
A força da sensibilidade, da expressão poética, da voz e do corpo são os pilares dessa performance, que traduz a subjetividade e a potência de um artista que se entrega de corpo e alma ao que faz. É a oportunidade de se reconectar com os fãs de forma direta e sincera, trazendo à tona um lado do artista que nunca foi visto.
Junior se jogou de cabeça na criação dessa tour, do mesmo modo que se joga em tudo o que faz. Desde o início, participou ativamente de todas as decisões, garantindo que sua visão estivesse presente em cada detalhe, da produção musical à performance, passando pela iluminação e cenografia. O envolvimento intenso e natural reflete o quanto ele está entregue nessa fase de sua carreira, onde a busca por um voo autoral e sincero é o ponto central.
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O que Junior espera da Solo Tour?
Em coletiva de imprensa, na qual OFuxico esteve presente, Junior deu detalhes do que se pode esperar da Solo Tour, a começar pelo que pediu para os camarins: “O lance de toalha é porque transpira no show, é de necessidade. Peço água; café específico que voê coa na hora, levo minha chaleira elétrica; uma massa com molho de tomate de janta, às vezes com ovo pra ter proteína; e umas castnhas para dar aos meus filhos, frutas da estação. Recebemos família, coisas assim no camarim. Não peço nada demais, ainda levo proteínas em pó e secador de cabelo próprios”
Sobre os filhos participarem da turnê, o cntor expliou: “Não sei se farão a turnê juntos comigo, mas eles irão em alguns shows. Tem camarim até com fone de proteção de ouvido para as crianças”. Falando em pessoas menores, o astro aproveitou para falar de como eu EU mis jovem regiria àsua primeira turnê solo: “Acho que a minha versão muleque, se me visse agora nessa tour, eu ia ficar bastante orgulhso. Talvez não tivesse a profundidade e maturidade do que está sendo feito, mas ia ficar muito feliz e orgulhoso por ver que estou feliz fazendo o que eu acredito”.
“Estou bem satisfeito com o que estamos criando para vocês, tá muito lindo. Posso criar um universo onde posso me sentir completo como artista, e não subaproveitado. Isso ficava na minha cabeça até pouco tempo atrás. Está tudo tão coerente com o que venho fazendo, e eu ficaria feliz quando muleque igual etou agora, orgulhoso e com a sensação de que, independente de qualquer coisa, estou realizando, fazendo, estou no meu caminho. Chego em casa orgulhoso do que fiz”, garantiu ele, em suma.
Criando o show
Aliás, ele afirmou estar presente na concepção completa do show: “Estou totalmente presente em tudo desse processo, da hora que pisca a luz à cor do telão. Não tem com ser mais eu do que esse trabalho. Independente de qualquer coisa, já me sinto muito realizado por estar conseguindo me expressar e chegar onde quero chegar”. EM sgeuid, contou que da detalhe da apresentação se completa entre si, até mesmo as roupas de toda a equipe.
“O figurino foi todo criado dentro do universo do show. Tem um hsitória e estética que trazemos e o figurino foi feito dentro disso. Foi uma parceria do meu stylist com À La Garçonne, e desenvolveram o figurino de tofo mundo que está no palvo, seja meu, Ballet, Parkour, banda, até os holdings. Está bem massa, com bastante personalidade, muito bonito e com uma estética própria”, prometeu Junior, em síntese.
Em relação às danças, explicou: “Está desafiador, tenho tido uma rotina bem intena de treino. A agenda de ensaios foi intensa, de muitas horas, e não abri mão de outros treinos em casa para ter estrutura no corpo. É bastante desafiador, exige muito fôlego, parece que uma hora coração vai explodir no peito, mas me sinto muito vivo também. Isso exige de mim um cuidado e excelência que só tenho em um projeto como esse”.
Repertório, documentário e surpresas
Então, Junior citou o repertório preparado: “A escolha do repertório foi muito minucioa, junto à diretora do show, junto de um esboço que eu já tinha feito, com uma setlist. Como eu estava conectado com as músicas e suas histórias, era fundamental ter esse primeiro esboço, mas ela me ajudou a temperar e escolher sucessos do meu passado que faziam sentido estar nesse show e no prazer do público em escutar a música que quer cantar junto. Público feliz, sou eu feliz, e essa é uma das alegrias em se fazer show. É tentar achar esse equilíbrio em trazer tudo isso sem deixar a peteca cair e ter uma construção narrativa para tudo ser bem coerente”.
Quando questionado sobre um documentário do show, detalhou: “É muita coisa para fazer tudo ao mesmo tempo, mas esse tipo de conteúdo é sempre interessante. Primeiro estou focado em colocar o show na estrada, senão, não fica bem feito como gosto de fazer. Mas um vez que isso estiver organizado, dá para pensar um pouco mais em uma maneira de registrar tudo isso. Muita gente se interssa nos bastidores. A gente faz vários registros para as redes sociais, mas quem sabe não faremos uma coisa um pouco mais completa”.
Perguntado sobre surpresas, adintu, em síntese: “Eu gosto de preparar surpresas sem dúvida. Claro que depois do primeiro show o pessoal se fala, e aí a surpresa fica restrita à estreia, mas sim, vai ter algo para acontecer. Vai ter um momento que vai gerar um ‘oi?’ provavelmente. Vou me reter à essa informção (risos)”.
Olhando dentro de si
Posteriormente, Junior aproveitou para ponderar suas questões pessoais acerca de sua carreira, vida pessoal e a turnê: “Pirmeira vez que subo sozinho como artista principal, mas é sempre um trabalho de equipe, incuindo pessoas que fui encontrndo ao longo da minha carreira, seja na parte musical, direção cênica, de artes, de luz… estou com um time de primeira real, todo mundo disposto a fazer algo massa.
“Eu tenho minhas ideias e a galera faz acontecer dentro da atual realidade, deixando sempre o mais legal possível dentro desse cenário. Está muito lindo, muito criaivo, com uma essência muito clara e cheia de personalidade. Está amarrado com as letras, ideias que abordo e quero passar com minha música. Por isso me sinto tão realizado, pois chegamos nesse lugar de trazer contexto e profundidade para as músicas, e até ajudar a interpretar algumas coisas”, completou em seguida.
Em dado momento, Junior comentou sobre a demora em lançar uma turnê solo: “Levei o tempo que precisava levar. Fui levando com a vida. Não gosto de forçar a barra, prefiro dançar conforme a música e foi aocntecendo dessa forma. Vivi processos que preciava viver ao longo de tudo isso. Também gosto de explorar as coisas e ter novos desafios, além de ter tido alguns bloqueios que fui criando com a parte mais expota da fama”.
“Me fechei um tanto e precisei de um longo tempo para trabalhar isso. As coisas da vida levam o tempo que elas precisam levar. […] Hoje reconheço que não sou um artista convencional, minha carreira não é linear, e tenho muitas versões de mim mesmo e vontade de explorar a mim mesmo de várias formas. Para processar tudo isso, haja terapia”, afirmou.
Música, mudança e local
Eventualmente, Junior citou duas músicas, uma antiga e outra nova, que pretende apresentar: “Voltar a cantar, ‘Liberdade’ é um momento muito gostso de trazer para um show. A troca com o público é gigante e é uma música que tem um sabor muito gostoso. Pela primeira vez em show, acho que é ‘Sou’, sobre a gente se entender e se aceitar, ser quem se é. […] Existe um link nas duas, pois é uma liberdade se entender e se expressar da sua forma, ser quem se é”.
Falando em conectar/linkar as coisas, ele falou da mudunça de visula e deixar seu cabelo azul: “Está tudo linkado. A mudança visual veio para marcar essa fase e também se relaciona com a estética do show e do som. Fazia tempo que não mudava, e quando veio essa ideia, achei interssante. Uma coisa se amarra com a outra e une o útil o agradável”.
Sobre datas, por enquanto foram cofrimados shows dia Dia 09 de novembro em Campinas (Multi Arena), dia 23 de novembro em São Paulo (Tokio Marine), dia 13 de dezembro em Goiânia (Arena Multiplace) e dia 14 de dezembro em Belo Horizonte (BeFly Hall). A estreia em Campinas tem motivo:
“Quando vi que tinha a possibilide, pedi para ser assim. Sempre fui bem recebido em Campinas por ser minha cidade natal, sempre me sinto bem, em casa, vou até ficar na casa dos meus pais pra ir ao show. É um território seguro, além de sensível da minha parte e de um glera. Aliás, esse disco todo foi feito em Campinas, a latitude e logitude na capa do disco são de Campinas, então nada mais justo do que estrear lá”.
Relação de Junior com Gloria Groove
O único feat dos dois volumes do álbum “Solo” foi na canção “Fome”, com Gloria Groove, e Junior comentou sobre a aprceri se estender nessa turnê: “Clipe não há planos para acontecer, mas nunca se sabe o dia de amanhã. Foco está totalmente no show e não há espaço para pensar nisso. Não acho impossível acontecer, mas por enqunto não é uma realidade”.
“Quanto a GG cantar comigo, depende da agenda, em BH vamos se apresentar no mesmo dia em locais diferentes. Mas se um dia bater, com certeza ela vai, pois a gente tem uma relação muito massa, ficamos brothers, ela gravou conteúdo para telão. Mas não está no radar por enquanto, cheguei a convidar e as datas não batem. No telão ela estará em todos (risos)”, reforçou, contndo como chegou a gravar com a drag queen.
“Nem sabia se teria feat nesse álbum, que se chama ‘Solo’, e eu tinha muito para falar desse artista que estava aparecendo ali. Fiquei pensando se deveria colocar alguém, mas quando esssa música nasceu, não conseguia ouvir sem ter a GG cantando. Era inevitável, não tinha sentido não ter ela ali”, afirmou, em suma.
Por fim, Junior falou de seu processo criativo musical: “Escuto muita coisa contemporânea e muita música antiga também, Led Zepplin frequentemente está presente. Se ouvir o meu som, percebe a mistura de coisas mais antigas junto com coisas mais contemporâneas. Escuto coisas que não são tão populares, que causam estranheza em algumas pessoas, mas que são ricas em produção, e tiro para fazer algo super pop. Tem vez que tiro um conceito muito maluco para fazer música”.
Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.