Relembre os melhores álbuns de 2022

Uma certeza que temos em todos os anos é que sempre vai ter um monte de músicas e um monte de álbuns lançados, alguns entram até mesmo nas famosas listas de melhores do ano. Por isto o OFuxico vai listar alguns dos trabalhos que mais se destacaram durante todo o ano, e que de certa forma, deixaram 2022 ainda mais incrível.

MOTOMAMI

Só para começar, Rosalía lançou um álbum que dividiu sua carreira em antes e depois. O “MOTOMAMI” é uma obra lançada pela espanhola, mesclando não só o Pop, reggaeton, mas, também com ritmos tradicionais da música latina, o flamenco. Além de conquistar diversos elogios de críticos especializados, somando 94% de aprovação no famoso Metacritic, a cantosa se arriscou e lançou um trabalho experimental, e que deu muito certo, colecionando hits como “Despechá” e até virais como “Bizcochito”.

DAWN FM

Se existe uma coisa que o The Weeknd faz bem é lançar álbuns conceituais e com aprovação crítica, além de ser obras sonoras. Após o bem-sucedido e incrível “After Hours” que rendeu hits como “Blinding Lights” e “Save Your Tears”. O canadense volta com mais uma de suas propostas ousadas com o “Dawn FM”, mesclando Pop, com muita música dance, e pegadas de Rock, o álbum é mais um dos trabalhos que todos deveriam ouvir pelo menos uma vez. Trazendo sintetizadores e sua voz já marcante, o artista mostrou mais uma vez que é um dos homens da cena atual com maior talento, e carisma. Para destacar algumas, “Less Than Zero”; “Gasoline” e “Out Of Time” vão te fazer querer ouvir o álbum inteiro do começo ao fim.

RENASSAINCE

É impossível falar de melhores álbuns sem citar o maravilhoso, icônico e perfeito “Renassaince” de Beyoncé. Seu único defeito é não ter lançado ainda os clipes. A cantora voltou ao cenário musical com um trabalho inspirado na era disco, e com pegadas de pop atual, com homenagens a diversos artistas que marcaram o meio. Ela iniciou com “Break My Soul”, e um sample de “Show Me Love” da Robyn S, mas, o disco se mostrou tão complexo e tão cheio de camadas, que mesmo ouvindo pela décima vez, eu ainda me encontro em dúvidas de quais são as melhores canções. Sempre coloco uma acima da outra, mas, o fato é que a Queen B renasceu, e entregou um trabalho ambicioso e que merece todo e qualquer elogio. Para destacar aqui, “Virgo’s Groove”, que ao longo de seus 6 minutos parecem até menos, “Alien Superstar”; “Heated” e “Summer Renassaince” entregam experiências de outro mundo, além de “Plastic off The Sofa” trazer o mais puro R&B na talentosa e impressionante voz de Bey.

SPECIAL

Quando ela surgiu no cenário mainstream com “Good as Hell”, todos os olhos passaram a acompanhar a Lizzo. Depois de lançar “Truth Hurts”, ela voltou com a ótima “About Damn Time”, abrindo as portas para o que viria a ser um dos seus melhores trabalhos. “Special” é um daqueles álbuns curtinhos, que tratam de tantos assuntos, mas que evidenciam o poder da cantora como uma das melhores do segmento. Além da já citada, a faixa título, “Rumors” com Cardi B, “Break Up Twice” e “2 Be Loved” arrancam todo mundo para dançar, com Pop flertando com trap, rap e claro, a queridinha do momendo, Disco Music.

MIDNIGHTS

Quando a artista Taylor Swift disse que a ideia principal era cantar sobre treze noites em que passou acordada durante a madrugada, fiquei curioso e intrigado sobre quais temas ela traria. Acontece que eu me peguei vidrado ouvindo e buscando estas respostas, e percebi que o “Midnights” é mais um daqueles álbuns que quanto mais você ouve, mais referências da história dela você encontra. O álbum traz temas sobre seu romance com Joe Alwin, mas, também sobre sua depressão, ansiedade e claro: Kanye West e Kim Kardashian. Com uma sonoridade mais pesada, mas, mesmo assim Pop, e parecendo um dos irmãos do “Evermore” e do “Folklore” com uma roupagem menos folk, o álbum tem momentos excelentes em suas 13 faixas na versão Standart, e aqui destacam-se: “Karma”; “Vigilante Shit”; “Bejeweled”; “Maroon”; “Lavender Haze”, e aquela que é responsável por muitos momentos de reflexão, “Anti-Hero”.

CRASH

Charli XCX surgiu há um tempo atrás com “Boom Clap”, no mainstream, mesmo já tendo o ótimo “True Romance” lançado no mercado. Depois disso, a artista foi se refinando e lançou um dos melhores álbuns de Dance Music que mesclam com Eletronic e Pop do ano. O “Crash” é simplesmente eletrizante do começo ao fim, trazendo samples de Robyn S (“Show Me Love”, usado também em “Break My Soul” da Queen B”) até da September com “Cry For You”. Com participações de Rina Sawayama, Caroline Polachek e Christine & The Queens, o álbum é completo e aposto que é impossível você ouvir “Used To Know Me”, “Baby”, “Crash” e “Gone” sem se viciar, além da poderosa “Lightning”, que abre a obra já mostrando os caminhos: O raio vai cair duas vezes no mesmo lugar sim, e neste caso, é na pista de dança e no repeat do seu streaming favorito.

LADY LESTE

Gloria Groove é um dos nomes da cena Brasileira de música que mais crescem e mais mostram a que vieram. Desde que estourou com “Império” e com “Catuaba”, a cantora não parou de conquistar hits, e aqui com “Lady Leste” não é nenhum pouco diferente. Do Pop ao Funk, com Rap e até Sertanejo se encontrando com o Samba, o álbum da GG traz tantas camadas gostosas para ouvir, que é impossível ficar parado, sem contar os visuais incríveis e poderosos que ela entregou em “A Queda”, “Leilão” e até em “Vermelho”, três das melhores faixas da obra. Já estamos mais do que ansiosos para ver o próximo trabalho de uma das artistas brasileiras que mais cresce em nosso coração!

DECRETOS REAIS

A partida precoce de Marília Mendonça trouxe muitas reflexões, mas, além disto, ela deixou saudades. O “Decretos Reais” é o primeiro trabalho póstumo da cantora, que traz um pouco daquela voz tão marcante e talentosa, que deixou milhares de fãs órfãos de seu talento. O álbum emociona e continua tratando de temas que ela fazia questão de cantar. Com “Eu Te Amo Demais”, a gente só pode dizer: É verdade, a gente te ama demais.

MR MORALE & THE BIG STEPPERS

Não à toa, Kendrick Lammar é sempre ovacionado. Por último, e nunca menos importante, o rapper sempre bota seu coração em seus trabalhos, e deve sempre ser reconhecido por isto. Neste novo trabalho, ele trata de diversos temas, além de falar de paternidade, racismo e aceitação. Sempre crítico e sempre seletivo com quem trabalha, Kendrick mais uma vez trouxe um álbum de rap para ninguém botar nenhum tipo de defeito, e mostra o motivo de ser um dos nomes mais fortes da cena masculina atual.

MENÇÕES HONROSAS

Quando a gente fala de melhores álbuns, sempre tem alguns projetos que ficam de fora, e claro que a gente sente que tem ser exaltados por igual. Alguns deles marcaram de certa maneira o ano, seja por ser uma pegada mais pop, ou por mostrar todas as versões de um mesmo artista, ou o caso de ser um projeto que superou o anterior. “NumaNice #2” da Ludmilla é um dos álbuns brasileiros mais reproduzidos, e trouxe uma sonoridade que encaixou perfeitamente com a artista, destacando-se “Maldivas” e “212”. Outro projeto nacional, com roupagem internacional é o de Anitta com o “Versions Of Me”, que trouxe a poderosa em muitas versões, sendo algo super pop como na faixa título, ou também em algo que até Miley Cyrus amou, em “Boys Don’t Cry”, com aquela pegada anos 80, ou o smash-hit “Envolver”, sem contar “Ur Baby” com Khalid, que é de longe uma das melhores canções da carreira da indicada ao Grammy.

Por fim, Carly Rae Jepsen, a menina que em 2012 cantava “Call Me Maybe”, e que em 2015 lançou o “E.MO.TION”, seu melhor trabalho, voltou com um dos álbuns mais gostosinhos de ouvir, seja para dançar, se emocionar, ou só fazer as tarefas de casa com uma boa música. “The Loneliest Time” traz uma Carly mais madura, tratando de problemas no amor, como em “Beach House”, uma das melhores deste ano. Ou, o fabuloso e amedrontador sentimento de se apaixonar. Ela pode até não ter batido aquele que é o álbum que a colocou em um patamar enorme, mas, com certeza já superou o anterior em muitos outros quesitos.

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