Taylor Swift nos leva ao mundo caótico da madrugada com o ‘Midnights’

Por - 26/10/22 às 08:00 - Última Atualização: 25 outubro 2022

Taylor Swift promovendo seu novo álbumReprodução: Instagram

Quem já passou por aquelas noites insistentes de insônia sabe bem o que vamos falar: é o momento que todos os nossos pensamentos, medos, demônios, fragilidades e sensibilidades ficam à tona. Mas, também o período que deixa algumas pessoas mais propensas a criar e fazer registros de suas artes. Taylor Swift mostrou que suas madrugadas ultimamente tem sido turbulentas, com pensamentos conflitantes, mas de muitas reflexões sobre si e sobre situações em que viveu, e voltou ao passado para criar e encantar com suas composições. O OFuxico ouviu o novo álbum da loirinha e vamos dar nosso veredito faixa a faixa. Confira:

O álbum abre com uma esfera mística, uma vibe super pop com “Lavender Haze” e o convite de Taylor: “Me encontre a meia noite”. Aqui a letra é sobre um date, um encontro com alguém que não liga muito para ela, e está deixando-a falar sozinha. Ainda embarcando na pegada pop e de reflexão sobre um amor, veio “Maroon”, que é a faixa onde Taylor realmente se entrega aquela paixão forte ( Oi Joe Alwyn!), e a faixa lembra um pouquinho “King of My Heart” do “Reputation”, e depois veio a primeira faixa a ganhar um vídeo clipe. E ela merece um parágrafo só para ela.

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“Anti-Hero” é provavelmente a faixa mais difícil de não se identificar, porque, é sobre o momento que nós nos deixamos levar pela nossa auto-sabotagem. Aqui ela diz: “Oi, eu sou o problema.”. Taylor, mais do que nunca, abre o coração e fala sobre sua depressão, seu complexo de se autossabotar, e de se sentir muitas vezes inferior, quando ela diz: “As vezes eu acho que todo mundo é sexy e atraente, e eu sou um monstro”. Mais do que nunca, com um ritmo bem linear e vocais bem mais depressivos, Taylor se entrega a vulnerabilidade e abre o coração sobre medos que tem dentro de sua vida e de seu relacionamento.

Um dos problemas do álbum é justamente na faixa com Lana Del Rey, que sumiu aqui. Na verdade, ouvindo lá no fundo, existe uma harmonização de voz com a cantora. “Snow On The Beach” é uma pausa em meio a uma trinca perfeita, e apenas isso.

Em seguida, “You’re on Your Own Kid” e “Midnight Rain” são músicas que Taylor continua deixando seu coração falar. Na primeira, ela aconselha: Você está nessa sozinho. E na segunda, ela mostra as diferenças que teve com alguém, um relacionamento caótico. Essas faixas estão bombando no TikTok.

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Já “Question…?”, Taylor conta um pouco sobre sua vida de maneira irônica, por meio de perguntas. E tudo isto para a sua alter ego de “Reputation” voltar com tudo em “Vigilante Shit”. Em suas madrugadas, ela teve muito tempo, e aqui, arrisco a dizer que seria sobre seus desafetos mais profundos com Kanye West . Ela deixou avisado: “Ultimamente eu tenho me vestido para vingança”, e tecnicamente, ela está fazendo isso do jeito mais TayTay possível: Debochando. Depois da conturbada noite em que foi exposta por Kim Kardashian, nunca mais ela teve uma boa relação com os dois. E agora que ela se divorciou do rapper, Taylor diz mais do que nunca que a vingança foi feita, e os rumores de serem para o ex-casal, se fortalecem quando ela diz: “A mulher já não aguentava mais”.

“Bejeweled” é aquela faixa mais calmaria, mais fofinha. Já “Labyrinth” é aquela que representa o medo de todo mundo que já saiu de um relacionamento difícil, ou apenas terminando: Se apaixonar de novo. Ela traz o sentimento de frio na barriga, de estar querendo o novo, mas, estar com medo.

Agora, “Karma” é uma faixa que mostra que Taylor aprendeu: O Karma depende do que você plantou. Ele pode ser “um pensamento relaxante, doce como mel”. Ou seja, em suas reflexões, ela aprendeu que a lei do retorno, e de que tudo que vai volta, se aplica as coisas que fazemos. E sim, todos iremos ter o resultado dele: Seja agora ou mais tarde, o Karma vem, e ela mesmo diz: “Me pergunte o que aprendi em todos estes anos, com todas estas lágrimas”.

“Mastermind” fecha o álbum e conta exatamente sobre como o destino age quando as pessoas têm que se encontrar. Em uma vibe mais intimista, ela se declara para o namorado, dizendo que tudo aquilo tinha que acontecer para eles estarem no momento que estão, e que “assim como o relógio anda”, as coisas iriam acontecer naturalmente.

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Na versão deluxe, ou “3am” se destacam pela letra: “Bigger Than The Hole Sky”, uma canção forte que conta sobre um processo de luto; “Paris” por ser uma das declarações mais fofas que Taylor já fez, e com uma das vibes mais gostosas que todo o “Midnights” tem. Esta última poderia ser parte até do “Lover”, pois enfoca na vontade de se desconectar do mundo e escapar para seu mundinho particular com seu amor. E “Would’ve,Could’ve, Should’ve”, que fala sobre o que poderia ter acontecido se aquele amor juvenil tivesse dado certo.

Em “The Great War”, podemos sentir a esperança emanar da música. A letra conta sobre um casal que acaba de sair de uma grande briga no relacionamento, prometendo estarem sempre juntos, apesar dos tempos difíceis. Já na faixa “High Infidelity”, o foco é em traições, questão já explorada em “Folklore” e “Evermore”.

Em “Glitch”, podemos refletir sobre romances que não eram para acontecer, mas acabaram rolando, provavelmente iniciados como amizade. E, quando eles acontecem, é mágico e apaixonante. “Dear Reader” é a música mais fraca de todo o álbum, com uma letra melódica e calma.

No final, o “Midnights” trouxe surpresas muito positivas, como “Anti-Hero”, “Karma” e “Labyrinth”. É inegável o quanto Taylor cresceu em meio a seus trabalhos pop, desenvolvendo ainda mais o que podemos chamar de senso. Sem dúvidas, não é um “pop farofa”, para ficar apenas dançando como ela já entregou com o “Reputation” e o “1989”. As letras da Ms. Swift tem ficado mais fortes, mais adultas, e tem mostrado que ela, bem como qualquer um é humano. Falar sobre vingança, reflexões, medos, inseguranças, só a torna mais vulnerável, e o álbum traz isso, e demonstra que Taylor entendeu que pode ir além, principalmente depois do “Evermore” e do “Folklore”, dois álbuns em estilo Folk, que a colocaram em outro patamar, mostrando que consegue se adaptar e ser versátil.

Ouça o álbum!

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Jornalista em formação na Faculdade Cásper Líbero. É apaixonada pelo mundo do entretenimento no geral, principalmente por música, shows, seriados, filmes e cultura pop.