10 anos sem Mamonas Assassinas: a história da banda que conquistou o Brasil

Por - 02/03/06 às 16:58

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Foram milhares de cópias vendidas, milhões de fãs e apenas alguns meses de sucesso. O grupo Mamonas Assassinas chegou, conquistou o Brasil e logo depois desapareceu.
 
Ainda na banda Utopia, Dinho, Bento, Samuel, Julio e Sérgio faziam covers de grupos como Legião Urbana e Rush, mas com o estilo mais rock não chegaram a vender nem 100 cópias do disco lançado. Foi então que o humor tomou conta do grupo e ficou sendo a marca registrada da banda.
 
O primeiro disco foi lançado em 1995 e, logo que chegou às lojas, bateu record de vendas. Com letras irreverentes e muito humor, os integrantes faziam sucesso com todas as idades. O Brasil inteiro só falava de uma coisa: Mamonas Assassinas. Era comum sair às ruas e ver de crianças a idosos cantando músicas como Vira-Vira, Robocop Gay e Pelados em Santos. Aliás, esta última canção fez grande sucesso com a famosa Brasília amarela da banda.

Aos poucos, os Mamonas invadiram as emissoras de rádio e televisão, além das páginas de revistas e jornais. Caíram na graça do povo e por onde passavam reuniam adeptos das canções de deboche.
 
No auge do sucesso veio a notícia que parou o país: era um domingo, dia 2 de março de 1996. Na volta de um show, o avião que transportava os músicos se chocou contra a Serra da Cantareira, em São Paulo. Era o fim do grupo Mamonas Assassinas. Além dos integrantes, morreram também o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas.

Em entrevista ao programa Pra Valer da TV Bandeirantes, a mãe do vocalista Dinho, Célia Alves, disse que o desastre aconteceu no momento mais feliz do filho.

“Tudo isso aconteceu quando ele começou a ganhar dinheiro e comprar as coisas dele, comprou casa, carro, estava conseguindo tudo o que ele queria”, revela.

No mesmo programa, o pai do Dinho, Hildebrando Alves, afirma que se sente feliz por saber que o filho é ainda lembrado dez anos depois do acidente.

“Eu achava que em um, dois anos, o povo iria esquecer essa história, mas dez anos depois ainda lembra do meu filho, do grupo, isso prova o carinho que o país tem com eles até hoje”, ressalta.
 
Segundo o departamento de aeronáutica civil, o acidente aconteceu devido a uma operação equivocada do piloto. Hildebrando Alves comenta que as explicações sobre a causa do desastre ainda não foram totalmente concedidas às famílias e aos fãs, que querem uma resposta.

“Há dois anos nós reabrimos esse processo, porque queremos saber de quem foi a culpa, nós queremos uma explicação para o que aconteceu naquele dia”, afirma. 

Até hoje, o Brasil inteiro parece não acreditar no que viu. Cinco rapazes, cinco jovens, Dinho, Bento, Samuel, Julio e Sérgio sumiram como um cometa, mas, assim como estrelas, continuam a brilhar no coração dos fãs e familiares. E apesar da saudade, a alegria contagiante do grupo ficou marcada na memória daqueles que um dia puderam acompanhar o sucesso do grupo relâmpago Mamonas Assassinas. 

  

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