A Liga renova seu formato, mas mantém essência polêmica

Por - 14/07/13 às 15:03

Divulgação

Após três anos no ar, A Liga volta com seu formato completamente reformulado. Prova disso é que as mudanças em sua quarta temporada incluem desde o elenco de apresentadores até a criação de novos quadros e um alto investimento em equipamento de alta definição para as gravações. Entretanto, apesar da nova roupagem, a essência contestadora do programa continua intacta. Com pautas que vão do polêmico ao drama, sem deixar de lado um certo humor ácido, o jornalístico retorna à tevê apostando em temas que estão em alta na sociedade. Como a entrada ilegal de haitianos no Brasil e a controversa cura gay, recentemente proposta na Câmara dos Deputados.

"O desafio é grande, mas a equipe se jogou de cabeça e está fazendo a temporada mais audaciosa de todas", adianta Sebastian Gadea, diretor do programa.

Com o quadro de apresentadores renovado, os veteranos Cazé Peçanha e Thaíde passam a dividir o comando do programa com os três novos integrantes: a ex-modelo Mariana Weickert, a jornalista Rita Batista e o msico China. Embora todos sejam conhecidos no universo artístico por suas incursões na televisão, esta é a primeira vez que se aventuram em um projeto mais ousado. Destacada como a grande aposta da temporada e com um perfil aparentemente mais frágil que seus colegas, Mariana deixa claro que está preparada para a empreitada.

"Não sou tão sensível quanto pareço. As histórias que contamos são vivenciadas, não reportadas. É a gente vivendo junto, experimentando as condições que nos foram impostas", ressalta.

Para deixar o jornalístico documental mais dinâmico, a produção resolveu incorporar em seu formato algumas pílulas de conteúdo. Entre elas, está o quadro 7 Dias, onde um dos apresentadores será escolhido periodicamente para viver na pele uma situação extrema durante uma semana. A ideia é humanizar realidades impactantes através do ponto de vista de quem as vivencia. Em uma das gravações já realizadas, por exemplo, China se propõe a entender melhor como é o dia a dia de um alcoólatra.

"Foi uma rotina pesada. O álcool influenciou diversos aspectos da minha vida. Mudou minha relação com a minha casa e a minha banda", relembra o músico.

Outra novidade é o quadro Mundos Opostos, onde os apresentadores vão retratar antagonismos presentes na cultura brasileira. Como a divergência sobre a proposta de se legalizar a prática da cura gay. Em um dos episódios, os apresentadores Cazé e Thaíde se dividiram para mostrar os dois lados do tema. E a produção deu voz tanto a um pastor evangélico que se diz curado da homossexualidade, quanto a uma "drag queen" militante dos direitos LGBT.

"A Liga me ajudou a criar mais empatia com as pessoas, uma conexão maior por causa de suas histórias", confessa Cazé.

Com um total de 26 episódios nesta temporada, A Liga começou a ser rodado em março. Isso porque o jornalístico conta com um processo de produção extremamente complexo. O que exige de sua equipe uma certa antecipação em relação às suas gravações. Não é à toa que um programa pode levar até 40 dias para ficar pronto.

"Depois de escolher o tema, fazemos a pré-produção com a pesquisa de personagens e a elaboração do roteiro. Só então que as equipes vão para as ruas em busca das reportagens", resume Sebastian Gadea.

Sem esquecer da moda, Mariana Weickert despe-se de vaidades em A Liga
 

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