Adriano Garib: “Viver sozinho é muito difícil”

Por - 05/01/13 às 11:37

Divulgação/TV Globo/Raphael Dias

 

Quem vê as cenas de maldade de Russo, em Salve Jorge, não imagina como o ator Adriano Garib realmente é na vida real. De acordo com a coluna de Patrícia Kogut deste sábado (5), o grande vilão da trama das 21h não tem muita coisa que se assemelhe a seu intérprete.

Para a colunista, Garib disse que está feliz com a repercussão de seu personagem:

“No começo, tive um certo receio da reação do público. Pensei: ‘Meu Deus, vou fazer um cara que bate em mulheres’. Mas todo mundo sabe bem a diferença entre o real e a ficção. Ninguém para nas ruas para me xingar. Todos elogiam o trabalho e brincam com frases como ‘Você é ruim nesta novela, hein?’ e ‘Olha lá o gigolô de Salve Jorge!".

Separado pela terceira vez, Adriano mora com seus dois gatos, batizados de Borges (persa)e Kafka (siamês) e tem um filho de 17 anos, Gabriel, que pretende cursar psicologia na Universidade de São Paulo (USP).

Garib também mantém contato frequente com sua mãe, que mora em Bauru, no interior de São Paulo, onde ele viveu dos 7 anos até o fim do Ensino Médio.

“Até três meses atrás eu estava casado. Viver sozinho é muito difícil, mas engatar uma relação logo depois é uma temeridade. A possibilidade de se enganar é muito grande”, afirma.

O ator começou a se interessar pelo teatro na adolescência, quando conheceu o grupo Momento, ainda em Bauru. Depois, mudou-se para o sul do país para estudar jornalismo na Universidade Estadual de Londrina. Lá, começou a trabalhar com outro grupo, o Delta e, a partir daí, a carreira teatral não parou mais. Entre os papéis do currículo, estão vilões tão cruéis quanto Russo: Patrício, de Toda Nudez Será Castigada, de Nelson Rodrigues; e Edmund, de Rei Lear, de William Shakespeare.

Em 1994, o ator finalmente chegou a São Paulo, atuou como repórter e, dois anos mais tarde, assinou contrato com a Globo para interpretar Juarez em Salsa e Merengue. Depois de muitas participações, viveu Silvano de Duas caras, chefe de Maria Paula (Marjorie Estiano) e em seguida atuou nos filmes Meu Nome não é Johnny e Tropa de Elite 2. Por causa deles, foi chamado para Vidas em Jogo, da Record e agora Russo.

“Esta minha cara de mau ajuda muito para esse tipo de personagem. É um papel ingrato. Quanto melhor você faz, mais as pessoas odeiam. Até minha mãe fala que está com raiva do Russo”, revela.

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