Álamo Facó: “Depois de fazer teatro e cinema ficou fácil me vender”

Por - 07/10/12 às 14:35

Álamo Facó sempre teve sua carreira muito atrelada ao teatro e ao cinema. Com 10 peças e 11 filmes em seu currículo, o intérprete de Quequé, de Lado a Lado, encara seu primeiro papel fixo em uma novela. O desejo de atuar em uma produção de tevê sempre esteve presente. Mas a intensa concorrência e o grande leque de profissionais no mercado eram um entrave para Álamo se inserir no meio. Após participar da série A Mulher Invisível e a peça Pterodátilo, o ator garante que sua visibilidade aumentou para os produtores de elenco na tevê.

"Depois desses trabalhos ficou fácil me vender. Eu sempre fui ligado em audiovisual. Mas tem muito ator bom e não há espaço para todos. Enquanto estou aqui, pode ter um ator muito melhor no Sul", explica.

Na trama de Claudia Lages e João Ximenes Braga, Álamo dá vida a um dos personagens do núcleo cômico. Com jeito inocente e simples, Quequé está sempre às voltas com as armações de Neuzinha, papel de Maria Clara Gueiros. Durante o período de composição, o ator sugeriu à direção que seu personagem fosse estrábico, trazendo mais ingenuidade ao papel e identificação com as crianças.

"Foi um detalhe legal, mas quem se deu mal fui eu. Em uma cena mais longa meu olho começa a lacrimejar", lamenta o ator, que buscou diversas referências em Grande Otelo.

Ao contrário de muitos atores, Álamo sempre teve sua carreira artística muito incentivada pela família, que era bastante engajada culturalmente. Aos 11 anos, o ator entrou para o Tablado e, aos 14, tirou o registro profissional de ator.

"Minha formação é crescente desde pequeno. Fiz aula de Artes Plásticas e Escultura. Os aniversários eram sempre comemorados no teatro", ressalta ele, que aos 17 anos passou um ano na Inglaterra estudando Artes Cênicas.

"Foi muito importante para abrir minha cabeça e conhecer uma cultura diferente da nossa", orgulha-se.

Perfil:

Nome: Álamo Facó Soares Drummond.

Nascimento: 10 de maio de 1981, no Rio de Janeiro.

Na tevê: Gosto muito de Avenida Brasil. Sou fã do trabalho do João Emanuel desde que ganhei um livro sobre o filme 'Central do Brasil', no qual ele foi o roteirista.

O que não assiste na tevê: Não tenho cultura nenhuma de série americana de humor.

Nas horas livres: Agora, ficar com meu filho. Mas curto ir ao cinema.

No cinema: Trilogia do O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola.

Uma música: Come as You Are, do Nirvana.

Livro: A Arte Secreta do Ator, de Eugenio Barba.

Prato predileto: Comida japonesa.

O melhor do guarda-roupa: Uma jaqueta que comprei em Buenos Aires.

Pior presente: Iô iô quando nem brincava de iô iô.

Perfume: 212, Carolina Herrera.

Mulher bonita: Minha esposa, Dandara Guerra.

Homem bonito: Marlon Brando.

Cantor: Tim Maia.

Cantora: Elis Regina.

Ator: Al Pacino.

Atriz: Juliana Carneiro da Cunha, participa do Teatro de Soleil e faz vários filmes no Brasil.

Animal de estimação: Meu animal de estimação é meu texto. Ando com ele para cima e para baixo.

Escritor: Roberto Bolaño.

Arma de sedução: Olhar.

Melhor viagem: Um ano em que fiquei na Inglaterra, em Malvern.

Sinônimo de elegância: 'A cena do Al Pacino dançando tango no filme Perfume de Mulher.

Gula: Macarrão aos quatro queijos.

Inveja: Inveja do Mick Jagger.

Ira: Injustiça.

Cobiça: Sala ampla para ensaiar'.

Preguiça: Corrupção.

Vaidade: Cabelo.

Luxúria: Estar entre quatro paredes com a pessoa que você ama.

Mania: Ficar procurando vídeo no youtube.

Filosofia de vida: Ser feliz e ter paz interior. Emanar a bondade para os outros.

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