Alinne Moraes diz que teve problemas físicos e psicológicos em Viver a vida

Por - 16/05/10 às 10:48

Divulgação/TV Globo
Alinne Moraes encerrou mais um trabalho – com louvor, diga-se de passagem – em Viver a Vida, novela de Manoel Carlos, que terminou na última sexta-feira (14), na Globo.
Na pele da modelo Luciana, a atriz, de 27 anos, chamou a atenção do Brasil sobre a importância da inclusão dos cadeirantes na sociedade. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, feita pelo professor e jornalista Jairo Marques, que como a personagem é cadeirante, ela fala sobre o reflexo da personagem em sua vida.  
Confira os principais trechos:
“Não sabia que seria tão difícil, tão denso. Quando a Luciana sofreu o acidente, fiquei semanas gravando cenas sobre uma prancha de imobilização, em hospitais, parada numa cama. Era angustiante, doloroso. Cheguei a ficar deprimida, com partes do corpo roxas. Sou hiperativa e gravar com aqueles aparelhos todos no meu corpo (oxigênio, controlador de batimentos cardíacos) me deixava tensa. Fiquei nervosa e exausta com um monte de gente me tocando o tempo todo, com o elenco ao redor me dando força, com a dependência para fazer qualquer coisa. Não me deixavam sozinha nunca, tinham dó de mim naquela situação. E eu me sentia o Incrível Hulk, pronta para explodir (risos). Me relataram as mesmas sensações que um cadeirante sofre após um trauma”, contou. 
“As pessoas precisam entender que, se ela [Luciana] voltasse a andar, a gente iria frustrar milhares de pessoas com deficiência porque elas perderiam a identificação com a alegria e a forma de encarar a vida da personagem. Os cadeirantes são felizes, namoram, trabalham, curtem a vida, têm família. Só precisam de condições para fazer tudo isso.” 
“Desde o começo a própria Taís me disse que a Luciana seria uma personagem incrível, que teria muita repercussão. E vibrou comigo. Somos amigas. Ela viu primeiro do que eu que o papel era sensacional. Eu tinha medo de que fosse só sofrimento, tristeza. Não imaginei que a Luciana seria tão feliz, que conquistaria tanto as pessoas. Errei completamente”, declarou. 
“Depois que você experimenta um processo de superação, entende que o mundo paralisou, que a cabeça de algumas pessoas também está paralisada por não enxergarem que é preciso ter acesso para todos, respeito às diferenças. (…).”
“O Jayme [Monjardim, diretor da novela] colocou para trabalhar comigo fisioterapeutas, terapeutas e médicos. Mas só quando conheci a Flávia Cintra tive consciência de que cada pessoa com deficiência tem restrições físicas e maneiras de agir diferentes. Fui várias vezes à casa dela, em SP. Ela me ensinou tudo: como pentear os cabelos, como tomar banho, como tocar a cadeira de rodas (…)”
“Todo mundo fala pra gente sobre as conquistas que Viver a Vida levou para os deficientes. Demos um grande passo para a inclusão no país”
“É emocionante quando eu vejo uma criança com uma borboleta colada nas costas da cadeira de rodas, imitando a Luciana.”
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