Amazônia: Elenco agita nos intervalos das gravações

Por - 28/10/06 às 15:00

Gloria Perez sempre gosta de ter gravações de suas tramas feitas longe do Rio de Janeiro. E, por isso, já virou uma característica de seu trabalho, o elenco fazer o chamado programa de galera nos intervalos das gravações.

Em 2001, por exemplo, quando vários atores gravaram no Marrocos, eles saíam em turma para conhecer e fazer compras na medina da Cidade de Fez. Agora a história se repete em Amazônia – de Galvez a Chico Mendes. A galera tem curtido a night de Manaus (AM) e de Rio Branco (AC) sempre junta.

Thiago Oliveira que esteve do dia 4 de setembro até o dia 26 de outubro na região amazônica, gravando cenas de seu personagem Bento, conta uma história curiosa que aconteceu durante um desses programas de galera.

Na minissérie, Thiago é filho de Jackson Antunes (Bastião) e Magdale Alves (Angelina) e irmão de Giovanna Antonelli (Delzuite).

“O Zé de Abreu, que também está no elenco de Amazônia, como o coronel Firmino, apresentou no teatro de Rio Branco a peça Fala, Zé! Na hora de agradecer os aplausos, ele disse que tinha ficado nervoso ao ouvir a gargalhada do José Wilker na platéia. O engraçado também é que no teatro reservam umas poltronas para a gente. Mas, no final, acabamos ficando junto do pessoal local, que vem nos pedir autógrafos e para se fotografar ao nosso lado. É muito legal curtir com a galera toda.”

Thiago Oliveira e Giovanna Antonelli já haviam trabalhado juntos em O Clone, ela no papel da protagonista Jade, que a consagrou na carreira, e ele como o pequeno muçulmano Amin.

O reencontro, agora como irmãos, segundo o ator foi muito legal e teve um sabor diferente.

“Na época do Clone, a Giovanna falava comigo numa boa, mas eu era muito criança. Agora, que já tenho 18 anos, a situação foi bem diferente, porque pude sair para fazer programas junto com ela e a turma adulta. Como Manaus e Rio Branco são duas cidades grandes, elas oferecem as mesmas opções noturnas do Rio de Janeiro. Todo mundo ia junto a bons restaurantes para experimentar a culinária local, nos cinemas para ver algum filme que estivesse estreando por lá e depois dava uma esticada nas boates. A night dos dois lugares têm casas muito bacanas”, conta Thiago Oliveira, que participa dos 30 primeiros capítulos da minissérie e só volta a gravar  nos estúdios e na cidade cenográfica construída no Projac, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.

Fala, Zé!

O espetáculo Fala, Zé!, que José de Abreu vem excursionando pelo Norte do Brasil e em Rio Branco contou com uma platéia de celebridades, como se fosse uma estréia carioca, tem tripla comemoração: os 60 anos de vida, os 40 de teatro e cinema e os 26 de Globo. No palco, sozinho, Zé de Abreu relembra momentos importantes da história brasileira contemporânea,como o movimento estudantil dos anos 60 e o congresso da UNE em Ibiúna (SP), que acabou com 700 estudantes presos, inclusive o próprio ator.

Recorda a era do desbunde, regada com muita droga nas areias de Arembepe (BA) ou nas moderninhas capitais européias como Londres e Amsterdã – no início dos anos 70, além da macrobiótica, a yoga, e a meditação, em substituição ao materialismo dialético de Karl Mark.

Fala ainda da volta dos exilados políticos, a formação dos partidos de esquerda, indo esbarrar na  crise do governo atual. Enfim, Fala, Zé!, faz um passeio pelas vivências políticas, afetivas e estéticas de uma geração que viveu os loucos anos 70.

E com esse espetáculo dirigido por Luiz Arthur Nunes, o ator reencontra um velho hábito: o de levar a arte aonde o povo está.

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