Ana Furtado: “Minha carreira está num momento seguro e maduro”

Se dedicar intensamente ao trabalho parece ser uma das maiores satisfações de Ana Furtado. Por isso mesmo, a atriz e apresentadora acredita que está em sua melhor fase profissional. Além de dividir o comando do Vídeo Show de segunda a sexta, com André Marques, ela também substitui a amiga Angélica, à frente do Estrelas, durante o período de licença-maternidade da loura. Uma rotina puxada, já que o primeiro é gravado quase que em esquema de ao vivo, para garantir um contedo mais atual no ar, e o segundo demanda várias externas e depende de conciliar sua agenda com a dos convidados.

"É bastante trabalhoso, mas fico muito feliz. Principalmente porque aconteceu em um momento de mais amadurecimento e segurança. Hoje sei que minha experiência me possibilita encarar uma dupla jornada como essa", valoriza. 

E 2012 foi um ano de comemoração por outro motivo para Ana. Em julho, ela festejou 10 anos de sua primeira entrada na equipe do Vídeo Show. Antes de se tornar apresentadora, marcou presença como repórter ao longo de quatro anos. A passagem para a bancada se deu na época em que Boninho, diretor de núcleo tanto do Vídeo Show quanto do Estrelas e marido da atriz, tentou deixá-lo ainda mais quente, exibindo-o ao vivo.

Uma mudança recebida com muito orgulho por ela, que se diz fã do programa desde sua estreia, em março de 1983, quando Ana tinha apenas 10 anos.

"É um produto de pura pesquisa e edição. E não falta material para isso. Já contabilizamos e a Globo produz, por mês, cerca de 100 longas com sua dramaturgia", defende.  

Essa não é a primeira vez que Ana assume o comando do Estrelas durante licença-maternidade de Angélica. Em 2007, ela passou sete meses na função. Curiosamente, logo depois que seu período de afastamento da Globo por causa do nascimento de sua nica filha, Isabella, terminou. Uma gravidez que chegou a ser explorada na tevê. Na época, já estava escalada para uma participação especial em Páginas da Vida. Mas ficou na trama até o fim depois que sua personagem, a traída Lívia, se destacou no triângulo formado com Isabel e Renato, de Vivianne Pasmanter e Caco Ciocler. E, ao voltar ao ar no programa semanal, ficou se dedicando apenas a ele.

"Normalmente, na Globo, não é comum uma pessoa aparecer em diversos projetos ao mesmo tempo, por uma estratégia de cuidado de exposição de imagem. Mas existe uma flexibilidade maior para quem apresenta", pontua. 

É exatamente essa questão de evitar o desgaste da imagem que faz com que, atualmente, Ana se distancie um pouco da dramaturgia. Ela até atua como atriz em pequenas participações, como aconteceu recentemente em Cheias de Charme, interpretando ela mesma, e no seriado Louco Por Elas. Neste ltimo, inclusive, realizou um sonho antigo.

"Era um desejo meu poder contracenar com a Glória Menezes", explica.

Mas isso não quer dizer que esteja fechada para qualquer chamado a ocupar um personagem em um folhetim. Sendo que deixa claro que tudo dependeria do tipo de convite e também da aprovação da direção artística da emissora.

"Tenho formação de atriz e de jornalista. Atuo nessas duas frentes. Obviamente, eu avaliaria bem, porque não descarto minha carreira de atriz. Mas estou muito feliz com a posição que ocupo hoje", diz. 

Acostumada a interpretar mulheres requintadas e bem produzidas na tevê, Ana confessa qual seria o tipo de convite que poderia deixá-la tentada a, mais uma vez, como fez quando atuou em Caminho das Índias, na pele da advogada Gabi, interromper por algum tempo sua atividade como apresentadora. A atriz, que estreou na tevê interpretando uma dançarina na abertura da novela "Explode Coração", em 1995, quer interpretar uma vilã.

"Na verdade, qualquer personagem que fuja da minha realidade me atrai. Queria inverter completamente a minha imagem. Adoro meu cabelo, mas rasparia a cabeça se fosse preciso para conseguir isso", admite. 

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