Ana Hickmann dispara: ‘Não quero ser rica em elogios’

Sinônimo de sucesso em tudo que faz, Ana Hickmann no auge dos seus 38 anos, pode-se considerar uma pessoa realizada. Profissionalmente, faz parte do primeiro escalão de apresentadores contratados da Record TV. Há 15 anos é uma das apresentadoras do Hoje em Dia, dividindo o comando com Cesar Filho, Renata Alves e Ticiane Pinheiro.

No aspecto pessoal, é casada desde 1998 com o empresário Alexandre Côrrea, são pais de Alexandre Júnior, de 5 anos.

É considerada uma das personalidades mais requisitadas no mercado publicitário, ligando sua imagem às principais marcas em diversas campanhas. Neste mês, a loira foi eleita a personalidade mais bem-vestida de 2019, na votação anual realizada pelo Elas no Tapete Vermelho. Em segundo lugar ficou a atriz Grazi Massafera.

“Foi meu ano mais intenso de vida pela quantidade de coisas que realizei, senti e vivi”, descreveu ao OFuxico.

Transição: da passarela para TV

Antes de conquistar seu espaço na telinha, Hickmann construiu uma consolidada carreira no universo da moda, chegando a morar fora do país. Tudo começou meio por acaso, aos 15 anos, acompanhando suas amigas em um teste. No fim, foi a única que seguiu no ofício, participando dos principais editoriais de moda do mundo inteiro.

Em 2005, recebeu um convite do saudoso jornalista Paulo Henrique Amorim, para que apresentasse um quadro de moda no Domingo Espetacular. No ano seguinte, já estreava no Hoje em Dia.

Instituto Ana Hickmann

Sempre preocupada em oferecer mecanismos de mudança de uma sociedade por meio da educação, a apresentadora Ana Hickmann concretizou um sonho antigo: abrir um espaço que fornecesse meios de qualificar jovens e adultos com os mais variados cursos profissionalizantes.

“É a realização de um projeto que fiz com muito amor, incentivar outras pessoas a começarem uma nova história de vida”, enfatizou ao OFuxico.

Assim, nasceu o Instituto Ana Hickmann, que realizou no mês de novembro, em São Paulo, a primeira formatura de sua escola que oferece oportunidades na área da beleza, empreendedorismo e fotografia.

“É só o começo. Quero fazer parte de outros tantos que sonham em ter uma oportunidade, obter qualificação profissional e empreender fazendo a diferença em sua própria vida e da família”, disse.

Ana que sempre foi engajada socialmente, se emocionou em alguns momentos da celebração. “Poder fazer parte da vida dessas pessoas está sendo muito incrível. Ver histórias de pessoas abrindo seus próprios negócios, outras, empregadas por conta da qualificação da nossa escola”, alegrou-se nos dando um exemplo especial.

“Um menino de 15 anos estava presente com a mãe, sonha em trabalhar, se formou como barbeiro”.

Fama: lado positivo x negativo

Ao optar pela carreira artística, a apresentadora sempre soube que a fama seria um reflexo do trabalho desenvolvido. Ela pontuou as vantagens e desvantagens dos dois lados da moeda.

“A parte positiva é ter a possibilidade de conhecer muitas pessoas, e nossos ídolos. Às vezes, eu tinha que me conter para não ficar tirando selfie (risos). A recompensa do trabalho, o que podemos conquistar com isso é muito bacana”, descreveu, completando a parte complexa de ser uma figura pública, principalmente, nas redes sociais.  

“A fama veio pela profissão que eu escolhi, e graças a Deus é reconhecida pelas pessoas. A parte difícil? Sou uma muito verdadeira, não sei mentir para as pessoas. O que estou sentindo eu falo. Muitas vezes, estamos em momentos de dor ou passando por alguma tristeza, e me pedem foto na rua. Eu não sei dizer não. Eu que estou triste, o fã não, ele acompanha meu trabalho para ter um momento feliz. Me sinto com essa responsabilidade. Os meus problemas são meus e não dos outros”, resumiu.

Junto com a fama recebe elogios e críticas, muitas vezes pesadas, outras necessárias, segundo a famosa. De que forma ela lida com esse turbilhão de emoções?

“Eu me sentia mal no começo quando falavam alguma coisa [negativa]. Hoje reflito se o que leio, vai acrescentar algo na minha vida ou se aquela pessoa está certa. Se ela não gosta de mim, eu bloqueio. Rede social é para isso. Porém, existem críticas que doe um pouco, mas pode ser positivo no futuro. Não quero ser rica em elogios, mas aprender com quem pode somar em minha vida”, desabafou.

Intolerância real

Se tem algo que tira Ana do sério, é a intolerância, seja ela religiosa, social, racial ainda mais em forma de piada.

“As pessoas não têm mais paciência com piada de mau gosto. Antigamente, fazia-se piada com pessoas em situações de vida complicada, da forma que se vestiam, pelo sotaque, sexualidade, trabalho, um monte de coisa era motivo de riso. Hoje, não! Se isso entristece alguém, não é mais piada, é algo sério”, definiu.  

Balanço 2019

“Foi meu ano mais intenso de vida pela quantidade de coisas que realizei, senti e vivi. Eu lembro que eu estava de férias em Itu, me ligaram da Record, precisavam de mim em Portugal. Foi um ano positivo no trabalho, crescemos bastante em números, tive notícias boas da emissora e no meu escritório. Mas foi um ano difícil também. Perdemos muita gente que nós conhecíamos, importantes em minha vida: Paulo Henrique Amorim, Gugu, Wagner Montes, Ricardo Boechat. No começo do ano eu perdi meu pai… Desejo que 2020 seja um pouco mais tranquilo”, concluiu.

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