Ana Hickmann e o filho visitam povoado no Jalapão

Por - 04/03/23 às 21:00

Ana Hickmann no JalapaoDvulgação

A viagem de Ana Hickmann e o filho, Alexandre, oito anos, continua pelo Jalapão, paraíso ecológico no estado do Tocantins. Nesta sexta-feira, 3 de março, a dupla visitou a Comunidade Mumbuca e conheceu o trabalho artesanal feito com o capim dourado, fonte de renda para o povo quilombola da região.

Após passar dois dias em São Félix do Tocantins, Ana Hickmann e Alezinho partiram para Mateiros, município conhecido como o coração do Jalapão. “Foi lá que o mundo conheceu o primeiro fervedouro (Ceiça), é onde a história começou. Eu quero mostrar para o meu filho por que esse lugar é tão especial”, disse, a apresentadora.

O roteiro da viagem passa pela Comunidade Mumbuca, povoado quilombola conhecido pelo artesanato feito com capim dourado, o “ouro do Jalapão”. Mãe e filho foram recebidos com entusiasmo pelos moradores e conheceram um pouco sobre a cultura local.

“Vimos verdadeiras obras de arte feitas com capim. Produtos que mudaram a vida de muitas famílias e que são exportados para todo o mundo. É um prazer estar nesse lugar”, contou, emocionada, enquanto Alezinho brincava de futebol com as crianças da comunidade.

Além do quilombo, Ana e Alexandre também visitaram o Fervedouro das Macaúbas, o maior de Mateiros. “É um dos fervedouros com a melhor sensação de todas, porque além de ter a pressão da água, você tem uma hidromassagem natural muito forte. Eu não quero sair mais daqui”, concluiu.

O roteiro da viagem foi desenvolvido pela Jalapoeiros Ecotur, referência em roteiros, estrutura e segurança no Jalapão.

A Comunidade Mumbuca tem mais de 300 habitantes, sendo 200 artesãos. Não é à toa que o número desses profissionais seja tão expressivo no quilombo. Lá, nasceu a tradição de transformar o capim em acessórios e peças de decoração. Mais do que isso, o artesanato mudou a realidade de muitas gerações jalapoeiras.

O capim dourado foi descoberto há 180 anos por Laurina Ribeiro Matos, baiana que chegou à região de Mateiros – na época, pertencente ao Goiás –, no início do século XX em busca de terra com abundância de água e pastagens naturais. Laurina colhia buriti na vereda, vegetação típica do cerrado, quando viu o capim dourado pela primeira vez.

Ela, que já fazia artesanato da palha do buriti, viu uma função promissora no capim encontrado. A primeira peça foi um chapéu, usado como moeda de troca entre os povos locais. Anos depois, sua filha Guilhermina Ribeiro Matos, conhecida como dona Miúda, repassou a técnica da mãe e mudou a vida da Comunidade Mumbuca.

No início, as artesãs produziam para uso doméstico e vendiam esporadicamente quando iam às cidades vizinhas. Com o tempo, passaram a utilizar o artesanato como forma de subsistência e geração de renda no quilombo.

“Tudo que você vê aqui – escola, posto, energia –, veio através do capim dourado e dessa mulher que Deus escolheu para nos presentear. E assim a comunidade foi se desenvolvendo”, conta Raiane, representante das artesãs.

Dona Miúda foi reconhecida como precursora do capim dourado e é referência internacional no tema. Hoje, a Comunidade Mumbuca conta com uma escola estadual, pequenos comércios e um posto de saúde em construção, além de ser um polo turístico do Tocantins.

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Jornalista desde 2000, iniciou a carreira como redatora do site OFuxico em 2002. Anos mais tarde, trabalhou como editora no site Famosidades (MSN), tendo passagem ainda como repórter na Quem, jornal Agora S. Paulo (Folha de S. Paulo), R7 e retornou em 2015 como editora do site OFuxico.