Ana Maria Braga assume vício: ‘Sou dependente’
Por Redação - 22/09/20 às 12:00
Comemorando os 70 anos da primeira transmissão de TV no país, o programa Roda Viva, exibido na TV Cultura, recebeu Ana Maria Braga. A pedido da apresentadora, o programa, que costuma ser ao vivo, foi gravado na última quinta-feira (17), e Ana respondeu às perguntas dos jornalistas de sua casa. A exibição foi na noite de segunda-feira (21) e, entre vários relatos, Ana Maria citou que sofreu assédio no passado.
"Eu acho que o mundo está mudando. Eu cheguei aqui em São Paulo na década de 70. Naquela época, tinham diretores que onde quer que a mulher trabalhasse, sem dúvida nenhuma existiam paixões e existiam pessoas que eram assediadas. Eu sofri um dessas ameaças e eu repudio. Eu fui falar com o chefe e ele não acreditou”, disse.
A apresentadora de 71 anos, falou também sobre seu atual marido, o francês Johnny Lucet.
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"É tão bom ficar pertinho. Eu estou aprendendo a conviver ainda, ele não fala português, tem hábitos diferentes. Mas é muito bom", disse.
Saúde x Cigarro
Ana teve câncer de pele em 1991; câncer colorretal em 2001; retirou um tumor do pulmão em 2015 e em abril, ela comemorou que estava curada de um câncer no pulmão após tratamento de imunoterapia. Ela falou sobre o assunto e destacou o período em que ficou afastada do trabalho para se tratar.
"Cada vez, a cada susto, quando você acha que já se livrou, ele voltou em outra área, de outra forma. Quando meu médico disse que a gente ia ter que olhar de novo, é o mesmo susto, a mesma reação. É um nome que assusta muito qualquer pessoa. Quanto antes é descoberto é melhor, mas é um baque muito grande. Aí você se refaz e diz: 'vamos guerrear e vencer essa brincadeira séria'. Eu adoro viver".
A batalha que ela ainda trava, contudo, é o vício em cigarro, algo que a persegue há décadas. Ao ser questionada se havia largado o vício do cigarro, ela abriu o coração sobre sua luta contra o tabagismo.
"Como aquelas pessoas que dependem de uma droga, seja você procurando ajuda no Alcoólicos Anônimos ou se internado numa clínica, a gente não pode dizer nunca. Eu falo que hoje eu não fumo, estou sem fumar. Tem dias que eu venço essa guerra, tem dias que não venço e não tenho vergonha nenhuma de falar isso. Apesar de guerrear bem, eu sou dependente”, disse.
Ana detalhou que é uma missão diária.
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“Tem dias que eu venço, e todo dia de manhã eu levanto e falo: 'Não vou fumar'. Mas ainda não consegui. Para poder chegar e olhar no seu olho: 'Olha, faz quatro meses que não fumo'. Não posso falar isso porque seria uma mentira."
Sem crise
Na sabatina, a apresentadora negou os rumores de que estivesse em crise na Globo.
"Uma das coisas que eu tenho mais tranquilidade é a minha relação com a cúpula, a direção da Rede Globo. Sempre tive portas abertas e diálogo muito franco e honesto. Tudo aquilo que nós conversamos, eu e os meus chefes, nunca deixou de ser cumprido e feito ao pé da letra", garantiu.
"Nunca tive uma repreensão da Rede Globo nesses 21 anos. Eu sei o que a Globo espera de mim e sei os meus limites. Agora, por exemplo, no ano passado, quando começou essa coisa de 'vai fazer 20 anos' e, depois quando entrou a pandemia, o 'não volta mais', eu sabia exatamente o que tinha sido tratado e qual seria o meu futuro”, afirmou.
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