Ana Maria Braga: ‘Tenho muito medo de morrer’

Por - 23/03/17 às 12:37

Divulgação/TV Globo

Formada em biologia e jornalismo, e trabalhando na Rede Globo desde 1999, Ana Maria Braga é uma das apresentadoras mais queridas do público.

Sempre positiva e de bem com a vida, Ana está mais feliz que nunca.

"Sou um parque de diversões”, afirma, em entrevista à revista Caras, rindo com as metáforas que a afirmação pode sugestionar.

Porém, entre tantos altos e baixos que já enfrentou na vida, a apresentadora sai sempre de cabeça erguida e orgulhosa do caminho percorrido.

“Não preciso de ninguém que tenha um tostão. Me acho bonita e gostosa”, conta.

Solteira, a apresentadora não esconde sala intimidade. De alegrias a acontecimentos dolorosos, age sempre com a mesma transparência para comunicar, por exemplo, o fim dos casamentos.

Às vésperas de seu aniversário, no dia 1º de abril, Ana continua com seu manequim 34, hormônios de uma garota de 35 anos e disposição para viver um grande amor.

“Sexo não tem idade. Quem disse que tem, mente. Vontade de ser acariciada, amada e beijada, mulher de 100 anos pode ter”, afirma.

Capa da revista Caras, a jornalista disse, em entrevista, que se casaria de novo e que amor é investimento.

“Não que não goste de estabilidade, mas muita pasmaceira dá aflição e vou ficando inquieta. Viver sem borboletas ou frio no estômago deve-se a coisa mais chata do mundo. Mas não saio caçando. Depois de grandes acontecimentos, de envolvimentos emocionais, é preciso um período de calmaria para poder baixar tudo. Não tenho mais 25, 30 anos”.

Ana enfrentou tratamentos por causa de câncer por 3 vezes. Em 1991, era um câncer de pele que se resolveu com uma cirurgia. Dez ano depois, em 2001, um carcinoma no canal anal, que exigiu um doloroso tratamento radioterápico.

Em dezembro de 2015, Ana Maria surpreendeu os espectadores ao revelar que se recuperava de um câncer no pulmão direito. Por conta da doença, precisou retirar cerca de 40% do órgão. Levou sua equipe médica ao Mais Você, exibido pela TV Globo, e começou uma campanha para que as pessoas parassem de fumar.

Mesmo tendo superado a doença, a paulista de São Joaquim da Barra, diz que não se sente imbatível.

“Sou de carne e osso. Sinto dor. Acho que tenho um nível para suportá-la maior do que as pessoas que eu conheço. Mas isso é pessoal, de cada um. Acredito na força da energia positiva que nunca perdi. Mas não significa que tenha superpoderes. Isso não há. Existe Deus e, quando Ele quiser levar a gente, será na hora que for”, conta.

Questionada se teve medo da morte, a apresentadora foi enfática:

“Muito. Mas acreditava que podia lutar, estava em uma guerra e as armas que precisava, meus médicos e também minhas células estavam me dando. Eu as comando. É claro, não quero morrer. Porém, acredito na vida além dessa. Então, nossa, tem muita coisa para fazer”, finaliza.

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