André Arteche conta que experiência como modelo o levou à TV

Ainda criança, quando arriscava como modelo, André Arteche já sabia que seu caminho estava ligado às artes. Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, cidade onde nasceu, o intérprete de Luciano, em Lado a Lado, começou cedo a fazer comerciais e logo passou para o teatro. De lá, foi para o cinema, onde interpretou Chico, o protagonista de Houve Uma Vez Dois Verões.

"Foi um processo natural", garante.

Com o sucesso do longa, de Jorge Furtado, o ator saiu do Sul para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na divulgação do filme. 

Quando chegou à Cidade Maravilhosa, André, que agora se considera cariúcho – segundo ele, o termo é uma mistura de carioca com gacho , previu mais oportunidades como ator. Em pouco tempo, fez a mudança e se inscreveu na CAL, Casa das Artes de Laranjeiras, berço de grande parte dos atores globais. Apesar de já ter feito participações em Malhação, séries e especiais, foi em Desejo Proibido que conquistou seu primeiro papel em uma novela.

Na trama de Walther Negrão, André vivia o fotógrafo Clemente. A partir daí, interpretou uma sequência de personagens fortes, como o indiano Indra, de Caminho das Índias, e o homossexual Juninho, de Ti-Ti-Ti. André destaca esses dois últimos como os principais trabalhos de sua carreira na tevê e diz que não teve medo de ficar marcado por eles.

"Quando o personagem tem repercussão, o desafio do ator é dar a mesma repercussão no próximo", afirma, garantindo que cumpriu seu objetivo em relação à resposta do público. 

Quando Lado a Lado estreou, em setembro, André já sabia que ia participar da trama de João Ximenes Braga e Claudia Lage.

"O Luciano já estava na sinopse desde o início", entrega o ator que, para se preparar para interpretar o filho de Diva, de Maria Padilha, fez workshop e teve aulas de história junto com o elenco. Para ele, entrar no meio da novela tem lados positivos e negativos. É bom saber como a trama está no ar, mas não se tem o aquecimento e todo o preparo com o período de pré-produção.

"Quando você começa uma novela no meio, não tem tempo para testar o personagem. Tem de entrar e torcer para dar tudo certo", frisa. 

Para André, um dos méritos de Lado a Lado é a naturalidade.

"O texto é suave, não fica pesado", justifica.

A proximidade do ator com seu personagem também facilita o trabalho. Bastante ligado à família e focado na profissão, André vê traços seus em Luciano, que tem uma ambição de crescer, evoluir e buscar seu próprio futuro.

"Eu tive isso na minha vida, de buscar um caminho, fazer alguma coisa que me deixasse feliz", afirma.

Deixando as semelhanças de lado, ele acredita que o figurino da novela também ajudou na construção do papel. Em sua segunda produção de época, André garante não ter preferência entre tramas desse tipo e as contemporâneas.

"O único cuidado que procuro ter é não deixar o personagem muito montado", divide.

Multifacetado, o ator, que ficou em terceiro lugar na Dança dos Famosos, quadro do Domingão do Faustão, em 2010, já tem planos para quando acabarem as gravações de Lado a Lado. André voltará para o Rio Grande do Sul para gravar a segunda parte do longa Senhores da Guerra, que tem estreia prevista para o fim de 2013. Rafael Cardoso, o Albertinho da trama das seis, fará seu irmão no filme. Com a temática das revoluções do início do século, terá um pano de fundo político e entrará no drama familiar, quando os irmãos decidirem se alistar em exércitos opostos.

"Eles acabam se enfrentando no campo de batalha. É uma história muito interessante", adianta.

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