André Marques sobre Faustão: ‘Ele, bem no início falava no ar: ‘Um dia o André vai ficar no meu lugar’’

Por - 04/02/21 às 07:00 - Última Atualização: 6 abril 2021

Divulgação/TV Globo

André Marques tem uma história com a televisão, sua primeira aparição na telinha aconteceu em 1995, em Malhação. Mas foi como apresentador que ele se destacou. Passando pelo Vídeo Show, onde ficou 14 anos, ele já apresentou Superstar, The Voice, É de Casa, The Voice Kids, Mais Você e recentemente The Voice +. Não é à toa que um dos nomes citados para substituir o apresentador Faustão, é o de André Marques. Em entrevista exclusiva ao OFuxico, ele falou das especulações que saíram na imprensa.

Substituição

“Eu li essas notícias também (risos). Para mim o Faustão é insubstituível, na verdade. Ele, bem no início falava no ar: ‘Um dia o André vai ficar no meu lugar’. Se me convidarem será uma honra, lógico, mas cada pessoa é uma pessoa, não se compara apresentador, não se compara fulano com beltrano. E quero seguir este caminho. Eu substituí a Ana Maria nas férias dela, depois o Tiago Leifert no The Voice, criando um clima comparativo que eu acho meio injusto porque você pode gostar mais de um ou de outro, de A ou de B, mas cada um tem o seu estilo”, disse. 

“O Faustão, o Silvio Santos, o Chacrinha são os maiores comunicadores, então, se o Fausto realmente parar, a emissora vai saber a melhor coisa que vai ser colocada em primeiro lugar. Se vai ser programas parecidos ou diferentes. Eu sou funcionário e confio que a emissora confia em mim. Eu já fiz vários tipos de programas diferentes. O que me chamar pra fazer eu estarei de prontidão. Eu fiz 26 anos de casa este ano. Acho que estou lá porque eles confiam em mim, e eu tenho o meu mérito também, cresci lá, estou crescendo ainda, então o que eles falarem, estou dentro”, finalizou.

The Voice + 

À frente do The Voice +, a carreira de apresentador aconteceu naturalmente. “O Faustão me mandava fazer algumas coisas pra ele, colocava pilha pra eu ser apresentador, daí entrei fazendo matérias para o Vídeo Show”, recordou. Mas após todos esses anos, ele tem consciência que o público da TV mudou, mas acredita que as experiências lhe deram mais confiança. 

“Na verdade, a bagagem vem com o tempo, você vai aprendendo, descobrindo, redescobrindo, se reinventando. Eu acho que o público da televisão mudou, mas não completamente. Eles estão se adaptando com a realidade, com o acesso à internet, eu tenho um favorável porque muitas pessoas cresceram comigo, as pessoas que têm a minha idade, ou que me viram crescer, essas pessoas criaram um carinho, uma identidade”, declarou André, que se emociona a cada programa no The Voice +. “É especial porque você tem histórias de vida, batalhas, dores, recomeços, reencontros, e isso deixa o programa muito mais limpo, mais humano, orgânico, só tem verdade. Eu acho que é isso que atrai bastante a atenção de todo mundo”, pontuou. 

André Marques no palco do The Voice+

Paixões

Dedicado ao trabalho, André sabe da importância de dividir o tempo entre a profissão e também fazer o que mais gosta. Aliás, foi durante a pandemia que ele retomou um antigo passa tempo, a pintura. 

“Eu pintava quando era moleque, sempre fui muito agitado e a minha mãe me colocava pra fazer um monte de coisas. Eu encontrei uns quadros há pouco tempo e me deu saudade. Eu pinto mais pra relaxar, dar uma liberada na alma”, explicou ele, que mora com seus cinco cachorros. “O cachorro realmente é o melhor amigo do homem, disparado. Eu estou com cinco cachorros, eu perdi um esses dias, e minhas cachorras são as coisas mais importantes que eu tenho”, disse em tom melancólico devido a partida da cadela Panceta. 

Além de cozinhar, André faz questão de manter uma rotina saudável, mas não é só ele que segue essa dieta, preocupado com a saúde dos seus cachorros, o apresentador prepara alimentos orgânicos para os pets. 

“É uma proposta mais saudável”, explicou ele, que é dono de uma butique de carnes de luxo no Rio de Janeiro. “Eu sou o chef, eu cozinho, tenho uma paixão muito grande pela gastronomia”, disse. “A ideia de abrir a butique, eu sou de Niterói e quando vim para o Rio de Janeiro só tinha carne de mercado, fui estudar, pesquisar, fui conhecer a cidade de Kobe, no Japão, estudar sobre Wagyus, – raça japonesa de gado -, comecei a procurar um espaço e surgiu a oportunidade de abrir, já estamos há quase nove anos de muito sucesso, graças a Deus”, comemorou ele, que após a cirurgia de bariátrica precisou se reeducar e condicionar a mente. 

“Eu comecei a ser obrigada a ter uma reeducação alimentar meio que na pressão, como o neném que começa mamando, depois vem a papinha ralinha, depois a comidinha… Você reaprende a comer e a cabeça tem que aprender junto, se não… Tanto que 30% das pessoas que operam o estômago engordam novamente porque ficam depressivos, não conseguem comer direito, é uma constante briga e reeducação”, finalizou.

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