André Mattos conta que Chico Anysio lhe ensinou muito

Encarar personagens caricatos nunca foi um problema para André Mattos. Aos 51 anos, o intérprete do apaixonado Osório da novela Balacobaco, da Record, coleciona uma gama imensa de papéis cômicos que seguem uma linha de atuação mais voltada para o excesso cênico. Como o soldado Lafon do folhetim Que Rei Sou Eu?, de 1989; D. João VI da minissérie O Quinto dos Infernos, de 2002; e Balada, Baladão do telefilme homônimo – escrito pelo próprio ator – de 2010.

"As pessoas usam o caricato de forma pejorativa, mas a caricatura não é ruim dentro da arte dramática. Ela é apenas mais uma forma de linguagem", atesta.

Com trejeitos tão marcantes e exagerados como seus personagens, André ressalta a experiência ao lado de Chico Anysio como o alicerce de sua carreira. Próximo da família do humorista desde sua infância, quando estudou no Colégio Brasileiro de Almeida junto com as filhas do criador da Escolinha do Professor Raimundo, André estreou na tevê em 1981, no programa Chico Total. A partir daí, a amizade entre os dois se estreitou e o ator chegou até a ser assistente de direção de Chico no teatro.

"O Chico Anysio é meu padrinho. Além de ser meu mestre no humor e na interpretação, me ensinou muito sobre a vida", encerra.

Perfil

Nome: André de Mello Tavares de Mattos.
Nascimento: 8 de outubro de 1961, na cidade do Rio de Janeiro.
Na tevê: Gosto de tudo.
O que não assiste na tevê: Nada.
Nas horas livres: Principalmente ficar em família, nadar e jogar futebol.
Livro: Siddharta, de Hermann Hesse. 
Música: Sou bem eclético, ouço de tudo.
Prato predileto: Panquecas, farofa, pudim e doce de leite.
Pior presente: Nenhum.
O melhor do guarda-roupa: Todas as minhas camisas da Lacoste.
Perfume: 212 Men, da Carolina Herrera.
Mulher bonita: A minha mulher.
Homem bonito: "Eu", brinca.
Cantor: Milton Nascimento.
Cantora: Elis Regina.
Ator: Carlos Vereza e Robert de Niro.
Atriz: Simone Spoladore e Judi Dench.
Humorista: Chico Anysio.
Animal de estimação: Minha cachorra Diana.
Escritor: Bertolt Brecht.
Arma de sedução: Um bom vinho em um ambiente aconchegante.
Melhor viagem: Todas as que eu fiz.
Sinônimo de elegância: Meryl Streep.
Gula: Doce.
Inveja: Amargo.
Ira: Tragédia.
Luxúria: Calor.
Cobiça: Pecado.
Preguiça: Ficar deitado na rede.
Vaidade: Perfumes.
Mania: Automobilismo.
Filosofia de vida: Autoconhecimento e interiorização para contato com a plenitude.