André Segatti sobre boa forma:’Ajuda sempre estar de bem’

Por - 18/08/15 às 19:30

Divulgação

Mesmo de férias das telinhas, André Segatti está vivendo um momento, profissional e pessoal, de muita plenitude e alegria em sua vida. 

Atualmente em cartaz, no Rio de Janeiro, com a peça Toda Donzela Tem Um Pai Que É Uma Fera, o ator, que também possui um vasto currículo na televisão, deu uma entrevista para OFuxico, e contou como está sendo atuar e dirigir a já clássica montagem (cujo texto também adaptou), além do convívio com a família no próprio ambiente de trabalho. 

Aos 43 anos, o galã tem contado com a companhia da mulher, Louise Nagel, do filho, Kauã, e da irmã, Andréia Segatti, em cima dos palcos, e se transforma em um verdadeiro coruja para falar sobre a importância dos parentes na atual fase de sua vida profissional. 

OFuxico– Atualmente, você está no elenco da peça Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera. Como está sendo interpretar o Porfírio? Quais são as principais características de seu personagem?

André Segatti – Dar a vida a esse genial personagem está sendo especial e muito divertido, pois ele me proporciona ir de A a Z, em meu trabalho como ator, é um grande exercício diário, onde fico no palco por 1h30 falando cerca de 55 páginas de texto, e fazendo comédia que é uma das coisas que mais amo dentro da profissão. Porfírio é um jovem solteirão convicto, muito mulherengo e que tem pavor tremendo a ideia do casamento, mas que acaba sendo envolvido em uma grande confusão por conta de seu melhor amigo, onde ele se vê obrigado a casar-se com a filha do General. Porfírio é o tipo do personagem que qualquer ator ama e tem profundo prazer em fazer, pois nos proporciona um crescimento maravilhoso como ator.

OF– Para você, que já fez parte de várias novelas, quais são as principais diferenças entre a atuação na teledramaturgia e no teatro? Acha que, neste último, o ator consegue "mostrar mais" seu talento?

AS – São enormes as diferenças em fazer teatro, televisão e cinema, e graças a Deus, eu já tive o privilégio de fazer os três e continuo fazendo e querendo mais e mais. No teatro, temos e recebemos o feedback do público na hora, através de nossas piadas e situações e mesmo fazendo comédia na TV, isso nunca acontece, a não ser por uma clack contratada para rir nas horas certas. No teatro, também temos muito tempo de ensaios como, por exemplo, em Toda Donzela tem um Pai que é uma Fera, onde sou diretor, produtor e também ator. Fiz um mês de leitura de mesa, e mais um mês e meio de ensaios pra valer, e isso na TV também é impossível, pois às vezes recebemos o texto um dia antes de gravar. O teatro muitas vezes se torna muito parecido com o cinema, no aspecto do estudo e preparo, pois temos quase que o mesmo tempo ou mais até, mas com um benefício parecido com o da TV que é a grande exposição ao público.Acredito que todos os atores devam fazer teatro para se conhecerem melhor e assim estarem muito mais preparados. Acredito também que devemos fazer televisão para que possamos levar nossa arte a todos que infelizmente, nunca foram ao teatro por falta de recursos ou por um lance cultural mesmo. E, por fim, acredito que todos nós atores merecemos fazer cinema, pois essa é a sétima arte, e que assim sendo, imortaliza de vez todo nosso trabalho com sua magia única e encantadora. Com certeza, através dessa divertida e incrível comédia, eu consigo mostrar toda a minha profundidade e versatilidade como ator.

OF– Além de fazer parte do elenco, vi que você também adaptou o texto e está dirigindo a montagem. Como faz para conciliar as presenças no palco com esta parte mais "técnica"? De onde veio essa vontade de tambémfazer parte da equipe de produção de um espetáculo, ainda mais este, que é bem conhecido?

AS – Toda Donzela tem um Pai que é uma Fera se tornou um clássico da comédia brasileira, pois foi escrita em 1961 com a sua estreia no mesmo ano no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 1962. Nas montagens teatrais, por ela passaram várias estrelas como o diretor e ator Daniel Filho, Tarcísio Meira, e os saudosos Cláudio Marzo e Eugênio Kusnet, as atrizes Joanna Fomm, Renata Fronzi e Ítala Nandi. Ela também ganhou uma versão cinematográfica em 1966, dirigida por Roberto Farias e estrelada por Reginaldo Farias e o saudoso John Herbert.Há 12 anos, quando li o texto pela primeira vez, fiquei apaixonado e resolvi então produzir, dirigir e atuar também adaptando e atualizando o texto com piadas atuais, mas permanecendo com sua essência, mensagens e os nomes das personagens.Nos últimos 10 anos, fiquei na Record fazendo cerca de 10 trabalhos, entre novelas, minisséries e programas de humor, e infelizmente pela falta de tempo, não consegui mais fazer teatro, o que tanto amo. Agora estou livre e sem contrato com nenhuma emissora. Fiquei durante um ano procurando novos textos pra montar, li cerca de uns 20, mas não me encantei com nenhum como na Donzela. Resolvi, então, produzir novamente, dirigir, atuar e também fazer uma nova adaptação do texto, e graças a Deus e meus companheiros de trabalho Raquel Nunes, Louise Nagel, Andreia Segatti, Marcos Holanda e Anderson Carvalho, deu e tem dado muito certo. Sempre gostei muito de criar, produzir, e no lance de dirigir e escrever, foi acontecendo naturalmente e de uma forma muito orgânica. Comecei a produzir hà mais de 15 anos, para ter a minha própria independência profissional, e também fazer as coisas com as quais eu acredito. Somos um grupo muito unido, trabalhando com muito amor e respeito, e assim sendo, tudo se torna muito tranquilo em realizar as três funções.

OF– Li que você também está podendo mostrar seu trabalho na peça ao lado de sua esposa, Louise Nagel, e de seu filho. Como está sendo a experiência de contracenar com a própria família? Acredita que a presença dos dois ao seu lado te deixa mais confortável, te dá mais confiança para entrar em cena?

AS– A Louise Nagel faz a Loló, ela é uma atriz brilhante e com um trabalho de comédia incrível, estamos juntos há cinco anos e é sempre motivo de muito orgulho ver o seu crescimento a cada segundo. Com certeza, se torna muito mais agradável quando fazemos o que amamos ao lado de pessoas que amamos. Como a Louise, tenho minha irmã, a atriz Andreia Segatti, que além de atuar juntamente conosco, também é minha produtora executiva e que está deslumbrante também fazendo a Dona Florisbela. Ambas arrebentam e tiram muitas gargalhadas da plateia. Já meu filho, Kauã Segatti, está com 18 anos, e se descobrindo como ator, no momento está junto conosco, mas na parte técnica, como operador de som, aprendendo tudo sobre o teatro e a profissão. Na peça, tenho amigos de mais de 15 anos como a atriz Raquel Nunes, com um trabalho lindo e arrasando como a Donzela, Marcos Holanda, que é um ator excepcional e muito engraçado fazendo o Joãozinho e Anderson Carvalho arrasando como o severo General Pai da Donzela, divertindo e encantando a plateia com o seu genial trabalho. Tudo isso se torna muito mais agradável ao lado deles com certeza.

OF– Desde pequeno, seu filho, o Kauã, demonstra que gostaria de seguir seus passos profissionais ou só começou a se interessar pela carreira artística nos últimos tempos? O que você está achando dele como ator? Está feliz com essa escolha dele?

AS – Desde muito pequeno ele sempre veio fazendo trabalhos ligados à moda e comerciais de TV. Ele também já produziu, escreveu e atuou em um curta-metragem, sendo ganhador do Festival entre escolas.

Atualmente, ele também faz faculdade de culinária e me diz que tem um sonho de ter seu próprio programa na TV referente ao tema. Estou feliz e na torcida e sempre o apoiarei em qualquer que seja a profissão que ele vier a escolher.

OF– Além de seus trabalhos, você também sempre chamou a atenção do público por sua boa forma. Quais são seus principais segredos para manter um corpo sarado? Como concilia os compromissos de trabalho, os momentos em família e os cuidados com o visual?

AS– Basicamente faço uma alimentação saudável, comendo sempre de três em três horas. Hoje em dia, malho cerca de uma hora por dia, faço crossfit, pego onda e amo o que eu faço, o que ajuda e muito a estarmos sempre de bem com a vida, com bom humor. Com certeza, isso se reflete e  muito em nossa aparência.O mais difícil é manter toda essa rotina, conciliando teatro, TV e muitas vezes também fazendo cinema. Mas como disse, fazendo tudo com muito amor, por mais que canse e cansa muito, (risos), acabo tirando de letra, e é claro que faço questão sempre que tenho tempo e posso, de estar ao lado e junto de minha família, pois eles são o meu porto seguro e meu alicerce.

André Segatti recebe amigos de longa data em peça no Rio
André Segatti recebe famosos na estreia de sua peça no Rio
André Segatti faz tratamento estético antes de voltar aos palcos
André Segatti curte férias com a família, no Guarujá

---