Andressa Urach critica galera com ‘vibe de empatia’
Por Redação - 24/08/20 às 13:50
Andressa Urach foi sincerona em sua nova publicação do Instagram. A famosa resolveu usar o espaço para criticar a 'vibe de empatia' que está rolando na internet ultimamente, em que todo mundo está pedindo para que as pessoas se coloquem no lugar dos outros.
A missionária falou que isso é bem difícil de fazer e que as pessoas acabam usando isso para julgar ainda mais as outras, achando que, realmente, estão 'no lugar' delas e com propriedade para opinar em algo.
"Todo mundo quer empatia e vive repetindo 'fulano não sabe se colocar no meu lugar!' Tá, algumas pessoas sabem lidar melhor com as emoções e aprenderam a ponderar antes de sair falando tudo o que vem à cabeça, mas a gente sabe que a maioria arrasadora não lida tão bem assim. Vivemos tentando entender os nossos próprios sentimentos, controlar as próprias emoções… A gente mal sabe lidar com a gente mesmo, quem dirá se colocar no lugar do outro!!", começou.
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"Só que tem uma galera aí nessa ‘vibe da empatia’ confundindo tudo, achando que respeitar as escolhas é se colocar, literalmente, no lugar do outro, como se ela fosse a protagonista da história alheia. Quando a gente vê, a pessoa sabe a solução para todos os problemas da nossa vida, conhece formas muito mais fáceis de conviver e aponta o dedo com uma propriedade que parece ter sido dada a ela pelo próprio Deus, tamanha autoridade que exerce", completou.
Andressa Urach ressaltou que todos nós somos diferentes, com vivências, pensamentos e histórias diferentes, portanto não seria possível entender o 'lugar do outro', já que nós, de qualquer forma, já estaríamos 'julgando' só pelo fato de não sermos iguais.
"Temos personalidades, experiências de vida, círculos sociais, estrutura cultural, criação pedagógica e vários outros aspectos que nos formaram bem diferente um dos outros… Cada um tem a sua história! Essa é a beleza da coisa, somos seres ímpares. Entender o lugar do outro e ter verdadeira empatia não acontece quando a gente julga, compara, e analisa a vida alheia pelo nosso viés somente. Isso nunca vai funcionar", comentou.
A missionária falou que, mais do que 'empatia', precisa ser oferecida uma 'ajuda' para as pessoas. Para ela, não basta entender o problema do outro, mas sim contribuir para acabar com ele.
"É aí que entra o jeitinho de falar, o momento adequado, as motivações que nos levam a querer opinar na vida do outro e etc. Somente os seus pés são capazes de sentir se o sapato está apertado. Talvez para o outro fique até folgado! A gente precisa olhar o outro como indivíduo e é aí que entra o verdadeiro respeito. Ao invés de dizer que o sapato dele está apertado, você seria capaz de oferecer um calçado mais adequado para que ele vista, ou estaria pronto pra fazer uma massagem e tirar seus calos?", acrescentou.
Abuso sexual
O caso da criança de 10 anos que, abusada pelo tio desde os seis, teve uma gestação indesejada e interrompida, deixou Andressa Urach estarrecida.
Ela usou suas redes sociais para fazer um longo desabafo sobre o assunto e falou dela mesma como exemplo.
Com uma foto de sua gravidez, aos 17 anos, Andressa destacou que poderia ter engravidado tão cedo quanto ela, e contou que foi abusada dos seis aos oito anos.
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"O Brasil registra 6 abortos por dia em meninas entre 10 e 14 anos estupradas, segundo informações coletadas no SUS. Eu poderia estar nesses índices. Nas fotos, aos meus 17 anos, eu estava feliz curtindo a minha gravidez. Poderia ter sido muito diferente se eu tivesse um organismo mais precoce. Dos 6 aos 8 anos fui abusada sexualmente, só não engravidei porque ainda não tinha meu sistema reprodutor formado", afirmou.
Andressa detalhou que ainda era imatura quando engravidou de seu filho e destacou que foi uma gestação planejada.
"Eu ainda era uma menina quando engravidei do Arthur, mas o grande diferencial é que eu queria muito aquele filho e a concepção dele foi planejada. Toda mulher tem o direito de decidir o que quer para o seu futuro e para o seu corpo", completou.
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