Angela Vieira: “Já fui rejeitada, é muito ruim”

Por - 25/05/14 às 12:13

Divulgação/TV Globo

Ângela Vieira não deixa dúvidas de que ela entende o sofrimento da sua personagem, Branca, de Em Família, que não se conforma por ter sido abandonada pelo marido, Ricardo (Herson Capri). Mas a compaixão da atriz para por aí.

"Ela ama verdadeiramente aquele homem, mas é uma louca. Branca é arrogante, mimada, prepotente e não sabe lidar com a perda do amor da sua vida. Ela é uma mulher ferida", define, em entrevista ao jornal O Dia.

No passado, quando tinha 20 e poucos anos, Ângela passou por uma experiência parecida com a da ficção, mas encarou o fim do relacionamento de frente e deu a volta por cima sem atormentar o ex.

"Eu tive um namorado que terminou comigo de repente e eu ainda era apaixonada por ele. Sofri muito e fiquei me perguntando: ‘Por que eu não sou a rainha da cocada preta para ele? Por que ele não me quer mais?’ Essa situação é muito ruim, mas procurei entender o que estava acontecendo. Ainda bem que fui rejeitada uma nica vez, conta.

Descontrolada 24 horas por dia, Branca parece ser um caso sem solução.

“Ela é apaixonada por esse homem de uma maneira negativa. Amor deve ser um sentimento prazeroso, feliz, leve.

E de amor saudável a atriz entende. Casada há 12 anos com o cartunista Miguel Paiva, Ângela vive uma união feliz.

"Casamento deve ser baseado em respeito, admiração e tesão. Essas três coisas fazem com que você tenha uma boa parceria. Tenho muito tesão por ele e muita admiração pelo profissional que ele é. Quero ficar com o Miguel pelo resto da vida”, torce.

Não à toa, ela discorda de quem diz que o sexo esfria depois de alguns anos de parceria.

"O tesão não vai embora, não. Pelo amor de Deus! Se o tesão for embora, o que eu vou fazer? Não, aí teria que tomar um remédio que chamasse o tesão de volta. Sexo é uma das coisas mais legais da vida. É prazeroso, lúdico e faz bem. Mas, se você para de transar, de praticar, você vai se acostumar com isso. Eu não gostaria de perder o tesão, não”, afirma.

Nem a entrada na menopausa, que aconteceu precocemente, aos 45 nos, abalou a vida sexual da atriz.

"A libido não mudou em nada. Se você faz um tratamento médico, não tem esse problema. Na verdade, a chegada da menopausa foi uma maravilha porque eu parei de ter TPM (Tensão Pré-Menstrual). Só senti os tais calores por uma semana. Não tive ressecamento de cabelo, de pele, genital, nem insônia”, conta.

Linda e saudável aos 62 anos, Ângela admite que sentir os efeitos do tempo não é nenhuma maravilha, mas ela não é do tipo de pessoa que compra uma briga perdida.

"Eu preferiria que o envelhecimento não acontecesse, mas é inevitável. A vida vai se transformando e você precisa ir junto dela. Se você envelhece saudavelmente, sem nenhuma doença que te tire da ativa, é melhor. Por enquanto, eu faço de tudo. Mas não com a mesma intensidade de antes. Hoje, se eu sair e for dormir de madrugada, não conta comigo no dia seguinte, a não ser para trabalhar. Fico péssima. A minha musculatura também reclama se eu corro um pouco a mais. A gente vai se acostumando com essas mudanças, mas se não existisse espelho seria melhor ainda. O espelho é que estraga. Não existe milagre. Sempre cuidei da sade porque fui bailarina profissional. A vida inteira eu comi bem. Durmo bem, não fumo há anos, não bebo diariamente. Não sou escrava de nada, mas me cuido. Como arroz, feijão, só não como glúten e lactose há anos, desde antes de ter essa moda".

Atividade física também faz parte do seu dia a dia.

"Adoro correr, faço exercícios funcionais e, quando posso, vou à hidroginástica. Com 45 anos, fiz um minilifting e, uns sete anos depois, dei um retoque nos olhos. Mas eu não fiz para parecer mais jovem, e sim para suavizar a expressão e tirar aquelas bolsas que ficam em torno dos olhos. A plástica não pode ser para te tirar dos 60 e fazer você aparentar 40. Isso não existe. Uma hora você vai envelhecer".

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