Angelina Jolie vai a Casa Branca denunciar violência sexista

Enviada especial do ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, Angelina Jolie visitou a Casa Branca na última quarta-feira, 15 de setembro, para pedir a aprovação de reformas empenhadas em combater a violência sexista nos Estados Unidos.

“O que está acontecendo é uma crise de saúde”, declarou a estrela de Hollywood.

Jolie participou de reuniões no Congresso dos Estados Unidos e destacou a importância de investir mais esforços na educação e prevenção, para promover o desenvolvimento de “famílias saudáveis” e enfrentar a violência contra mulheres e crianças.

Na Casa Branca a atriz se reuniu com funcionários do governo do presidente Joe Biden e depois passou pela sala de imprensa para conversar com jornalistas.

“O que está acontecendo é uma crise de saúde”, alertou.

A atriz está empenhada em convencer o Departamento de Justiça a promover o reingresso de uma lei contra a violência sexista.

A legislação defendida por Angelina é conhecida em inglês pela sigla VAWA e começou a ser implementada em 1994. Desde então o Congresso Americano retorna com frequência ao assunto para endossá-lo e  ampliar as proteções para determinados grupos, como casais do mesmo sexo e imigrantes sem documentos.

Em m abril de 2019, sob a administração do republicano Donald Trump (2017-2021), a regra deixou de vigorar porque os conservadores se recusaram a incluir proteções para pessoas trans e se negavam a apoiar medidas contra a aquisição de armas de fogo, entre outras medidas necessárias.

Em março deste ano, a maioria democrata da Câmara dos Deputados votou a favor da entrada em vigor da lei, mas a matéria está paralisada no Senado por conta do bloqueio dos republicanos.

Porta voz de causas importantes, Jolie também esta focada em solicitar “reformas no FBI”, ampliação da “capacitação judicial” sobre violência sexista e criação de medidas que propiciem “igualdade no acesso à saúde” das vítimas desse flagelo, explicou um porta-voz da atriz salientando que ela pede “análise imparcial de evidências forenses” em casos de violência sexista ou vicária.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki disse em um tweet que se encontrou com “a incansável e comprometida” Jolie e que ela havia falado com ela sobre a necessidade de aprovar a lei mencionada e “continuar lutando pelas mulheres, crianças e famílias ao redor do mundo ”.

Em sua conversa com a imprensa a estrela de “Malévola” pontuou que, além de afetar um terço das mulheres americanas em algum momento de suas vidas, a violência de gênero nos Estados Unidos tem um aliado nefasto em armas de fogo: uma média de 53 mulheres morrem a cada mês a tiros de seus parceiros, de acordo com dados da organização de controle de armas Everytown.

Em um último alerta ela informou que os dados oficiais sobre a violência sexista nos Estados Unidos são escassos e muitas vezes denunciados como violência “doméstica”, o que esconde o fato de que 4 em cada 5 vítimas são mulheres.

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Em um post em seu Instagram Angelina falou sobre sua passagem pela Casa Branca:

“Tive a honra de me encontrar com algumas das corajosas ginastas americanas que compareceram ontem ao Comitê Judiciário do Senado. Estou maravilhada com sua coragem e compromisso em prevenir futuras falhas na investigação de abusos. Como Aly Raisman disse em seu depoimento, “Mais de 100 vítimas poderiam ter sido poupadas do abuso. Tudo o que precisávamos era de um adulto para fazer a coisa certa. ” Mando apoio e respeito a elas, e a todos que estão revivendo esse trauma para que as reformas do sistema ocorram.

Eu estive no Capitólio esta semana, conversando com senadores sobre a revalidação da Lei de Violência Contra as Mulheres e reformas do FBI, incluindo melhores proteções para crianças vítimas de abuso, coleta de evidências forenses não tendenciosa, atendimento a traumas e treinamento judicial”.

A foto abaixo mostra Angelina Jolie saindo de um hotel em Nova York na quinta-feira, 16 de setembro, depois de passar algum tempo sozinha na cidade. Ela chegou a Big Apple na noite quarta-feira à noite e desfrutou de um jantar tranquilo em uma residência particular no Brooklyn. Na manhã seguinte partiu direto para o aeroporto.

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