Ângelo Flávio sobre Velho Chico: ‘Melhores expectativas’

Por - 14/03/16 às 12:00

Reprodução/Instagram

Ângelo Flávio parece não estar conseguindo se conter, de tanta felicidade e animação, por conta da estreia de Velho Chico, nova novela das 21h da Globo, que está prevista para começar a ser exibida nesta segunda-feira (14). 

Em conversa com OFuxico, o ator, que contracena com nomes como Carol Castro e Rodrigo Santoro no folhetim, deixou claro o quão satisfeito está com a participação na trama, além de revelar mais detalhes sobre seu personagem, chamado de Siri, e, claro, sobre os bastidores da novela, que já promete ser um verdadeiro sucesso.

Confira abaixo como foi a entrevista!

OFuxico: Quais foram os primeiros pensamentos que passaram por sua cabeça assim que recebeu o convite para a trama?

Ângelo Flávio: Sem sombra de dúvida, a gratidão de estar exercendo e desempenhando o trabalho, enquanto artista, em um país cuja profissão ainda não tem o lugar que merece na construção da cultura de um povo. Me veio também a alegria de poder fazer parte de um núcleo que representa a identidade do povo brasileiro, principalmente a influência do Nordeste para a difusão cultural do que se tinha como tropicalismo, na década de 60.

OF: Descreva um pouco mais seu personagem. Como está sendo gravar ao lado de nomes como Rodrigo Santoro e Carol Castro?

AF: Meu personagem é Siri, um hippie que integra um núcleo alegórico, que representa o tropicalismo brasileiro. Este momento histórico, que pautava a ruptura das tradições musicais e estéticas, influenciadas, aí, pelo antropofagismo de 1930, pela guitarra norte-americana, amalgamando uma vanguarda brasileira num breve contexto político cultural, que migra da Bahia pra o Brasil.  Rodrigo e Carol são duas feras, dois atores que o país conhece e gosta. Estar em cena juntamente com eles e um coletivo de atores pernambucanos, paraibanos, cariocas e mineiros, em uma trama nordestina, faz com que a coletividade ganhe a aura que a cena pede : a entrega e  irreverência do tropicalismo brasileiro, que terá uma pequena, mas representativa e marcante passagem pela trama!

OF: Quais são as expectativas para a grande estreia, no dia 14? Quais sentimentos mais estão predominando em sua mente?

AF: As expectativas são as melhores possíveis… A novela reúne grandes artistas, que vai desde a autoria de Benedito Rui Barbosa, passando pela sensível direção de Luiz Fernando Carvalho até a formação do elenco e de toda equipe técnica, que conjugam, juntos, qualidade, arte e seriedade. O sentimento, que predomina é o sentimento de ver o retrato do povo baiano na costura de uma trama nacional, atravessada por um rio de histórias de gente, da nossa gente brasileira. Acredito ser sempre legítima a alegria de se reconhecer no traço de um povo.

OF: Como é o clima nos bastidores do folhetim? Com quem do elenco já conseguiu construir uma relação de amizade?

AF: O clima nos bastidores é sempre de muito trabalho (risos). Quando íamos pra cena, era sempre uma celebração no contato com o outro, no encontro com o outro. Posso dizer que foi um encontro o contato com Luiz Fernando Carvalho e todos os atores com quem tive o prazer de contracenar.  

OF: Quais são os sonhos que ainda quer realizar, em 2016?

AF: Estou trabalhando na construção do monólogo Experimentus para Maria, previsto para estrear em julho deste ano, no Rio de Janeiro, e também vou trabalhar com uma montagem em São Paulo, que não posso falar ainda.

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