Anitta: ‘Tenho que escolher entre os dates ou malhar’

Não é nem um pouco errado dizer que Anitta é o maior nome da música brasileira na atualidade. A cantora já havia chamado a atenção durante as Olimpíadas e seu sucesso só aumentou desde então.

Recentemente, ela lançou o hit Paradinha, que ganhou o mundo, com várias personalidades imitando as coreografias, sem contar nas parceiras com Maluma, em Sim ou Não, e Switch, com Iggy Azalea, que a fez se apresentar no programa de Jimmy Fallon, nos Estados Unidos.

Em entrevista à revista Women’s Health, Anitta falou sobre diversos assuntos como feminismo, maternidade, aborto, alimentação e exercícios, sem contar seus relacionamentos amorosos.

Confira!

Feminismo

Eu me considero feminista se você olhar o sentido real da palavra, que é a igualdade entre os gêneros. Mas acho que o grande problema hoje é que o feminismo não é uma coisa só, ele tem várias vertentes, e algumas delas são radicais, no sentido oposto. De querer inverter a situação dizendo que o homem é isso ou aquilo. Não curto. Eu sofro mais de preconceito de mulheres que de homens. Noto que algumas acham que existe o jeito certo de ser mulher. E, se você não é da mesma forma que elas acreditam ser a ideal, acabam com sua raça. Acredito que tem um jeito certo de ser humano, que é com respeito, sendo honesto, mas de ser mulher, não.

Maternidade

Quero mais é adotar! Eu me imagino uma mãe super dedicada, me doando por inteiro, parando a carreira. Por isso que teria que ser mais para frente. Mas não tenho a necessidade de ter a criança dentro de mim. Acho que já tem muita gente no mundo, dá para eu adotar

Aborto

Eu não faria, mas acho que as pessoas têm que ser livres para fazer o que elas quiserem. Não adianta legalizar, nem proibir, você precisa se informar. Se você educar as pessoas, não vai precisar proibir de nada, porque elas terão conhecimento. Penso o mesmo das drogas. Não adianta nem liberar, nem proibir. Você tem que ensinar o motivo das coisas. Mas isso leva tempo dinheiro, dedicação, então é mais fácil proibir.

Aposentadoria

Penso, mas se eu pensar muito, não tenho carreira internacional, porque é um risco muito grande. Eu estou arriscando tudo. Custa muito caro, o investimento é muito alto. Você tem que deixar de estar aqui, presente, precisar escolher suas guerras. Na minha estratégia, não posso ficar ausente, nem lá, nem aqui. Tenho que dar um jeito de ser três pessoas: a daqui, a do mercado latino e a dos Estados Unidos, que vira mundo depois. A carreira internacional é mais competitiva, então você tem que estar ali, refém do sucesso. Na verdade, não penso em dinheiro. Minha vontade é chegar lá e mostrar para mim mesma que eu consegui, que eu fui capaz. Levar o nome de nosso país para fora, coisa que nunca aconteceu antes

Sobre alimentação

Foi a Mayra (Cardi) que me colocou para fazer terapia. Antes eu achava bem desnecessário. Na verdade, a gente come para aliviar questões. Aí, ela viu de perto a minha vida e falou: ‘Amor, você vai enlouquecer, hein? Só pra te avisar. Falta pouco’. E me aconselhou a fazer terapia, me mostrou coisas que poderiam mudar minha rotina, como colocar uma personal chef à disposição o dia inteiro, e o porquê disso. Coisas que eu nunca tinha percebido. Eu como por ansiedade, por exemplo. E a Mayra percebeu coisas do meu ambiente que aumentavam minha vontade de comer.

Relacionamentos

Muitas vezes tenho que fazer escolhas. Se eu tiver um ‘date’ (encontro), com ele não posso falar: ‘Podemos nos ver daqui três meses, no dia 25?’. É escasso o negócio. Se apareceu, tenho que agarrar essa oportunidade, entendeu? (risos). Então, para ter um ‘date’, preciso sacrificar alguma coisa. Então, não vou dormir direito, vou trabalhar com sono, não tem como malhar, não tem como fazer nada. Ou vou para o ‘date’, ou durmo cedo, acordo cedo, malho e trabalho.