Ao estrear na TV, Robertha Portella se inspirou em Deborah Secco

A sensualidade de Robertha Portella é sua característica mais marcante. Após começar sua carreira utilizando-se de seu corpo e, através disso, emplacar seu primeiro papel na tevê, a Dafne, de Dona Xepa, a atriz quer se distanciar da fama de gostosona.

"Fazia cursos de teatro e tevê quando criança, sabia que queria ser atriz. Mas acabei me afastando quando surgiam convites para ser modelo fotográfica", relembra.

Os trabalhos na indústria da publicidade renderam a Robertha um convite para participar do Musa do Brasileirão, quadro que venceu no programa Caldeirão do Huck, em 2006. Dois anos mais tarde, Robertha passou a integrar o time de dançarinas do Domingão do Faustão.

"Foi lá que aprendi a me comportar perante o público e a mídia. O Faustão não gosta de quem se envolve em escândalo", revela. 

A maior visibilidade dada a ela no programa dominical acabou culminando em um convite para deixar a Globo e participar de A Fazenda.

"Sempre disse que nunca participaria de nada do tipo. Mas depois de passar 86 dias lá, com certeza faria de novo. Ou você enlouquece ou evolui espiritualmente. Acho que cresci", reflete, aos risos.

Assim que foi eliminada do reality show, Robertha foi procurada pelo ncleo de dramaturgia da Record.

"Ofereceram que eu fizesse a oficina de atores da emissora, comandada pelo Roberto Bomtempo", comenta.

A partir daí o convite para atuar em Dona Xepa foi questão de tempo.

"Apesar de já estar no ar, continuo participando da oficina", diz, ressaltando a importância de se aprimorar para se fixar ainda mais como atriz. 

Para interpretar a voluptuosa Dafne, Robertha teve de passar por algumas mudanças em seu visual. Além de alongar e escurecer os fios, a atriz deu uma atenção especial ao corpo. Apesar de já ter uma silhueta curvilínea, ela intensificou as aulas na academia e chegou a perder quatro quilos.

"Quando vi que a Dafne ia começar sendo uma 'mulher fruta', me toquei que precisava manter a forma", avalia.

A alcunha de Mulher Tutti-Frutti, no entanto, acabou sendo só o começo da história da personagem.

"Ser famosa é o que interessa para ela. Então, a partir daí, ela tenta de tudo", diz, afirmando que a Darlene, personagem de Deborah Secco em Celebridade foi sua maior inspiração para o papel.

A preparação para compor a personagem foi um detalhe que deixou a atriz muito apreensiva. Estrear em um papel de destaque, atuando ao lado de atrizes como Ângela Leal, intérprete da protagonista Dona Xepa, e Bia Montez, que encarna Matilda, mãe de Dafne, foram fatores que fizeram com que Robertha se empenhasse o dobro para dar conta do recado.

"Fico com cara de boba vendo as duas atuando. Tenho vontade de sentar e começar a aplaudir", diverte-se.

Se por um lado a pressão foi grande, a atriz garante que não sentiu nenhum tipo de preconceito por ser estreante.

"Minha mãe até sente ciúme da Bia. Ela está sendo minha mãe mesmo. Além de me ajudar na cena, ela cuida de mim em tudo", valoriza. 

Na reta final de Dona Xepa, Dafne se casa com Robério, personagem de Alexandre Barilari. Se os passos da personagem terminam ainda este mês, com o fim do folhetim, os de Robertha estão apenas começando.

"Pedi para continuar na oficina da Record", jura.

Além da tevê, a atriz tem planos de trabalhar em outros meios.

"Assim que terminar a novela vou procurar uma peça. Acho que todo ator deve passar pelo teatro", finaliza.

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