Após crise do pai, Thor Batista teve pensamentos suicidas

Nos tempos de colégio, época em que as crianças ficam expostas às mais variadas brincadeiras de todos os gostos, Thor Batista garante não ter tido problemas com seu nome. Mas disse em entrevista à revista GQ Brasil, que o biotipo do deus nórdico mexeu com questões existenciais de um menino em formação.

“Meu pai queria que os filhos tivessem autoconfiança e segurança de si. Eu sempre fui um Thor magrinho e numa fase da adolescência, com 16, 17 anos, me olhei no espelho e pensei: ‘Não dá pra ser um Thor magrelo, né?’. Pesava 70 quilos. Comecei a fazer bastante exercício, puxar peso, ler muito sobre bioquímica, e hoje sou um Thor de 100 quilos. Agora condiz com meu físico. Tem gente que fala que eu pareço com o Thor do cinema (o ator Chris Hemsworth)", contou ele à revista.

Aos 23 anos, Thor passou a ter sua imagem atrelada a músculos inflados, cifras bilionárias, mulheres voluptuosas e carros de alto padrão, por conta do seu porte. Mas os tempos são outros e ele garantiu à publicação que quer mudar essa imagem. Até porque acompanhou a ascensão e queda do pai desde que eclodiu a crise que derrubou o então homem mais poderoso do país, o que o fez sentir com força o baque.

"Foi literalmente o pior ano da minha vida. Antidepressivo, remédio pra dormir, tarja preta…", lembrou, que só parou com os calmantes em julho de 2014.

Falando pela primeira vez desde que estourou a crise em sua família, Thor confessou à publicação ter tido pensamentos suicidas, além de relatar tardes frias e solitárias com o pai tentando dimensionar crises e enxergar saídas.

Admirador confesso do pai, Thor o tem como referência.

"Eu penso grande, diria que um pouco menos do que ele. Mas também penso grande. Somos muito próximos. Desde o início da adolescência, ele me puxou para as reuniões e me fez ver a graça em empreender, em gerar riqueza e empregos. Eu realmente queria ser ele ou alguma coisa muito próxima dele".

A confiança de Eike nos negócios, ele afirma já ter conquistado, e pensa em ser vice-presidente das empresas (ele já é diretor da EBX Holding)

"Meu pai deposita uma boa confiança em mim, o que me deixa muito feliz. Sempre tenho um direcionamento dele. E é lógico que tenho um longo caminho pela frente. Mas já estou num patamar em que consigo tomar algumas decisões sozinho, sim. No longo prazo, eu vislumbro uma vice-presidência.

Ambicioso, Thor tem projetos audaciosos.

"Olha, eu tenho um projetinho próprio. Falei desse meu fascínio pela bioquímica. Então, consegui desenvolver uma fórmula que poderia eventualmente ser um concorrente do Red Bull e outros energéticos. O bom da minha fórmula é que ela dispensaria o uso do álcool e não teria todos os malefícios que outros produtos trazem, além da impossibilidade de dirigir. Você pode tomar e dirigir. Essa minha receita promove energia física e mental, euforia e o mais interessante: intensifica o orgasmo. O efeito dura cinco horas, é bem bacana. Meu pai já experimentou", contou ele À GQ.

O energético ainda aguarda liberação da Anvisa para poder ser comercializado no país.

Revelador em alguns pontos, ele se reserva o direito de não comentar -"sob orientação dos advogados" – questões relacionadas a seu patrimônio (algo em torno de R$ 50 milhões só em imóveis), aos processos que envolvem a EBX e ao atropelamento que matou um ciclista em março de 2012.

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