Após Lado a Lado, André Arteche filma no Rio Grande do Sul

Nascido em Porto Alegre e morando no Rio de Janeiro há cerca de dez anos, André Arteche, o Luciano de Lado a Lado, comemora a repercussão de seu personagem, apimentada pelo mistério que envolve sua paternidade na história. Mas o ator precisou esperar alguns capítulos até conhecer a maneira como o público receberia o seu papel na trama de João Ximenes Braga e Claudia Lage. Afinal, ele entrou somente na segunda etapa do folhetim.

"Quando é assim, o ator não tem tempo para testar o personagem. Tem de entrar fazendo e torcer para dar certo", diz.

Para representar o filho de Diva, interpretada por Maria Padilha, fez workshop com o elenco e teve aula de história para se ambientar ao Rio de Janeiro do início do século XX. Na história, Luciano, foi ao encontro de sua mãe para descobrir quem era seu pai e acabou achando em Frederico, de Tuca Andrada, sua verdadeira identidade. 

André começou a carreira ainda criança, com oito anos, trabalhando como modelo. E tomou gosto pela profissão. Logo passou a fazer comerciais na tevê. Foi assim, com pequenos textos de propagandas, que descobriu seu entusiasmo pela atuação.

"Os trabalhos foram criando uma dimensão maior e resolvi assumir a profissão", revela.

Devido ao sucesso e à evolução nas aulas de interpretação, veio o teste para atuar em Houve Uma Vez Dois Verões, longa de Jorge Furtado, protagonizado pelo ator.

Com o final de Lado a Lado, previsto para o dia 8 de março, André já tem planos. Voltará para o Rio Grande do Sul para dar sequência às filmagens de Senhores da Guerra. O filme, que tem como protagonistas ele e Rafael Cardoso, o Albertinho da trama das seis, tratará de temas políticos e dramas familiares.

"Com uma revolução de 1923 como pano de fundo, os irmãos acabam se enfrentando no campo de batalha", adianta.

Perfil:

Nome: André Xavier Arteche.

Nascimento: 16 de maio de 1984, em Porto Alegre.

Primeiro trabalho na tevê: A Comédia da Vida Privada, em 1996.

Atuação inesquecível: Não tem uma preferida. Sinto carinho por todos os personagens.

Interpretação memorável:  Daniel Day Lewis, em Meu Pé Esquerdo, de Jim Sheridan.

Momento marcante: Minha mudança para o Rio de Janeiro.

A que gosta de assistir: Filmes clássicos, como O Poderoso Chefão. E também filmes do Woody Allen.

O que falta na televisão: Tempo.

O que sobra na televisão: Talento.  

Ator: Charles Chaplin.

Atriz: Meryl Streep.

Se não fosse ator, o que seria: Acho que seria escritor. Pretendo escrever alguma coisa ainda.

Novela preferida: Lado a Lado.

Novela que gostaria que fosse reprisada: Desejo Proibido.

Cena inesquecível: As tortas na cara de Paulo Autran e Fernanda Montenegro em Guerra dos Sexos, exibida pela Globo em 1983.

Melhor abertura de novela: Dancin Days, exibida pela Globo em 1978.

Vilão mais marcante: Olavo, de Wagner Moura, na novela Paraíso Tropical, exibida pela Globo em 2007.

Personagem mais difícil de compor: Clemente, de Desejo Proibido, exibida pela Globo em 2007.

Papel com mais retorno do público: Indra de Caminho das Índias e Julinho de Ti-Ti-Ti.

Melhor bordão da televisão:  "Vem cá, te conheço?", da personagem Laura, interpretada por Maria Clara Gueiros, no humorístico Zorra Total.

Que papel gostaria de representar: Não posso revelar, senão vão roubar minha ideia.

Com quem gostaria de contracenar: Com o Tony Ramos.

Com quem gostaria de fazer par romântico: Com a Isis Valverde.

Filme: O Garoto, de Charles Chaplin.

Livro de cabeceira: Romeu e Julieta, Shakespeare.

Nas horas livres…: Gosto de ir para a academia, ler e ficar com meus amigos.

Autor: Shakespeare.

Diretor: João Falcão.

Vexame: Depois de dançar na Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão, o Fausto me chamou para conversar, eu escorreguei e quase caí.

Um medo: De não poder mais trabalhar e de ficar sem amigos.

Projeto: Escrever.