Após Miguel Falabela, agora Stênio Garcia pode estar com dengue
Por Redação - 04/04/13 às 15:22
O surto da dengue parece que está se espalhando também entre os artistas no Rio de Janeiro. Após Miguel Falabela ter confirmado a O Fuxico que está com dengue, agora é Stênio Garcia que pode ter contraído a doença. O ator, que vive Arturo em Salve Jorge, da Globo, está de repouso e passa por uma bateria de exames para saber se contraiu ou não o vírus Aedes aegypti.
Em conversa com O Fuxico, Marilene Saad, esposa do ator, contou que ele está em repouso, mas tem sintomas que tanto podem ser apenas de uma virose, como também, dengue.
“Acabamos de fazer um exame de sangue aqui na Clínica São Vicente (Rio de Janeiro). Amanhã ele tem agendado mais um, tudo a pedido do nosso médico de confiança, Dr. Gerson Carreiro. Ele ainda não descarta a dengue, pois Stênio está com dor no corpo, pontadas pelo corpo, uma dor de cabeça que não passa e falta de apetite. Não sente enjoo, apenas não sente fome. Esses sintomas podem ser de um rotavírus também. Ele está bem abatido e precisa ficar em repouso, tomando muito líquido e se alimentando. Temos de esperar pelo 5º ou 6º dia para fazermos um exame de carga viral e termos certeza do que ele tem”, disse Marilene.
Esta semana, Stênio gravou cenas de seu personagem na trama de Glória Peres, mas ficará afastado da novela até estar totalmente recuperado.
“Ele gravou a novela até terça-feira (02), chegando até o capítulo 153. Agora ficará em repouso. Estamos rezando para não ser a dengue, pois em 2002, ele teve dengue hemorrágica, bem quando gravava o Tio Ali, de O Clone, também de Glória Perez. Foi terrível, chegou a gravar a novela e tudo ficou muito pior, as plaquetas caíram muito e ele quase precisou de uma transfusão de sangue. Temos verdadeiro pavor dessa doença”, relembra.
Marilene pede ainda que as pessoas e o governo se conscientizem a respeito da doença que pode matar.
“Pagamos impostos. Aliás este é o país que mais paga impostos e são os mais caros também. Se a gente exigisse mais saúde e educação, de verdade, este país mudava. Dengue mata, pessoas conhecidas minhas já morreram por causa dessa doença. Estamos vivos porque temos condições de irmos a um bom médico e fazer exames, mas a saúde pública tem que melhorar, tem que ser prioridade. As pessoas têm que se prevenir também e cuidar de suas casas”, desabafa.
A atriz informou também que, em caso de febre, não há muita medicação para tomar com essa suspeita.
“No caso de suspeita de dengue, ele pode tomar apenas paracetamol. É o máximo que podemos fazer. Estou em oração para ver meu amor sair dessa e que seja apenas uma virose”, finaliza Marilene.
Em sua página do Facebook, Marilene fez algumas postagens sobre a saúde do marido, na madrugada desta quinta-feira. Ela escreveu:
“Meu Baby com febre, dor no corpo, dor de cabeça cuido muito, mas assustada com a possibilidade de ser dengue, pois ele teve em 2002 e foi terrível, todas as minhas orações para que seja uma virose normal… Nada no meu mundo pessoal é maior do que o amor que eu sinto pelo meu amor dessa e de todas as vidas. Amooo imensa e profundamente meu baby, pois para mim é e sempre será meu baby, minha alma gêmea! Obrigado a todos pela energia positiva e com certeza seja o que for tudo ficará bem, mas temos que combater essa tal de dengue, pois é inadimissível pessoas morrerem por causa de um mosquito. Esse Brasil precisa melhorar muito, eu torço! Boa noite a cada um de vocês, com amor e carinho, Mari. Namastê.”
Saiba mais sobre a dengue com explicações do site do Dr. Dráuzio Varella:
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas.
Existem 4 tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da doença.
Observação importante: Depois de muitos anos sem registro de nenhum caso de contaminação, o sorotipo 4 voltou a circular em alguns estados do Brasil. Especialmente as crianças e os jovens não desenvolveram imunidade contra ele. Por isso e para evitar a dispersão desse vírus, o Ministério da Saúde determinou que todos os casos suspeitos de dengue 4 sejam considerados de comunicação compulsória às autoridades sanitárias no prazo de 24 horas.
Sintomas
A grande maioria das infecções é assintomática. Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte, se não houver atendimento especializado.
a) Dengue clássica
Nos adultos, a primeira manifestação é a febre alta (39º a 40º), de início repentino, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. Num período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas.
Nas crianças, o sintoma inicial também é a febre alta acompanhada apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarreia. O exantema pode estar presente ou não.
b) Dengue hemorrágica
As manifestações iniciais da dengue hemorrágica são as mesmas da forma clássica. Entretanto, depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecem sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival, vaginal, rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas), além de outros. Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.
c) Síndrome do choque associado à dengue
O potencial de risco é evidenciado por uma das seguintes complicações: alterações neurológicas (delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia), sintomas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva, derrame pleural. As manifestações neurológicas, geralmente, surgem no final do período febril ou na convalescença.
Diagnóstico
O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos). A prova do laço está indicada nos casos com suspeita de dengue, porque avalia a fragilidade capilar e pode refletir a queda do número de plaquetas.
Vacina
Uma vacina contra os quatro tipos da dengue, desenvolvida a partir de uma cepa do vírus vivo, geneticamente modificado, está sendo testada em humanos. Até o momento os voluntários não apresentaram reações adversas.
Tratamento
Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. Tomar muito líquido para evitar desidratação e utilizar medicamentos para baixar a febre e analgésicos são as medidas de rotina para aliviar os sintomas.
Pacientes com dengue, ou com suspeita da doença, precisam de assistência médica. Sob nenhum pretexto, devem recorrer à automedicação, pois jamais podem usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, diclofenaco de sódio, Scaflan), que interferem no processo de coagulação do sangue.
Recomendações
* Dengue é uma doença que pode evoluir rapidamente da forma clássica para quadros de maior gravidade;
* A pessoa só desenvolve imunidade para o tipo de vírus que contraiu e pode infectar-se com outro sorotipo, o que aumenta o risco de doença hemorrágica;
* A identificação precoce dos casos de dengue é de importância fundamental para o controle das epidemias;
* Combater os focos do mosquito transmissor é a única maneira de prevenir a transmissão da doença.
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