Araguaia – quem escreve

Por - 22/09/10 às 14:30

Divulgação/TV Globo

Quem escreve?

A trajetória de Walther Negrão se confunde com a história da TV brasileira. Nascido em 1941, em Avaré, interior paulista, Negrão é jornalista com passagens pelo jornal Última Hora e pela revista Cláudia. Estreou como autor em 1958, na TV Tupi, escrevendo para o programa Grande Teatro Tupi e, desde então, nunca mais parou.

Seu primeiro trabalho na Globo foi a colaboração com Hedy Maia e Sérgio Cardoso na adaptação do romance A Cabana do Pai Tomás (1969). Em 1970, escreveu sua primeira novela original para a  Globo: A Próxima Atração. Se seguiram muitos sucessos, como O Primeiro Amor, que deu origem ao seriado Shazan e Xerife; Cavalo de Aço; Super Manuela; Chega Mais; Direito de Amar, Fera Radical; Despedida de Solteiro; Tropicaliente; Anjo de Mim; Era Uma Vez; Vila Madalena e Como Uma Onda, entre outras novelas e minisséries. Seu trabalho anterior mais recente foi Desejo Proibido. Agora, em sua 38ª novela, o autor volta às telas para contar a saga de Solano (Murilo Rosa), tendo como cenário o rio Araguaia.

“Eu sou um apaixonado pelo Araguaia e a região faz parte da minha história. Quase participei da Guerrilha – só não fui porque conheci minha esposa e me casei. Na mesma época, em 1962, subi o rio para fazer uma matéria como repórter de turismo sobre o primeiro hotel flutuante da região e fiquei fascinado pelo lugar, por aquele rio tão diferente dos outros, no coração do Brasil. Então, contar uma história que tem o Araguaia como cenário era uma coisa que eu tinha que fazer”, diz.

Quem dirige?

Definido por todos de sua equipe como um “entusiasta”, o diretor-geral e de núcleo Marcos Schechtman tem as melhores expectativas para Araguaia.

“É impressionante, nunca havia visto nenhuma região como o Araguaia. Levaremos ao público um Brasil surpreendente e que tem muito a revelar”, adianta.

Casado com a atriz Paula Pereira, Marcos é formado em Ciências Sociais e Filosofia e tem uma extensa carreira na televisão. Foi diretor artístico do departamento de teledramaturgia da extinta Manchete e esteve à frente de produções como Carmem, Kananga do Japão, A História de Ana Raio e Zé Trovão e Guerra Sem Fim.

Já na Globo trabalhou nas  minisséries A Casa das Sete Mulheres e Amazônia – De Galvez a Chico Mendes, e nas novelas Corpo Dourado, Suave Veneno, Laços de Família, O Clone e América. Seu último trabalho foi à frente da direção-geral de Caminho das Índias, primeira produção nacional a ganhar o prêmio Emmy Internacional de melhor telenovela.


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