Armando Babaioff se surpreende com repercussão de personagem ‘corno’
Por Redação - 02/06/13 às 10:09
Interpretar mulherengos sempre foi, na visão de Armando Babaioff, um prato cheio para atrair empatia e retorno de público. Por isso mesmo, o ator se mostra surpreso ao perceber, no papel do noivo traído, que ser vítima de infidelidade em cena possa abrir portas para ganhar os telespectadores. Na pele do publicitário Érico de Sangue Bom, Babaioff está espantado com a solidariedade das pessoas que o param nas ruas.
"É impressionante a quantidade de gente que se sente amigo. Parece que eles acreditam, à primeira vista, que estão diante do personagem. Dão conselhos e contam o que acontece na novela. A galera fica com pena de corno", avalia, às gargalhadas.
Na história, Érico é noivo da indecisa Renata, papel de Regiane Alves. Pela sinopse, o casal namora desde a adolescência e está de casamento marcado. Mas, nesta semana, às vésperas do matrimônio, o rapaz a flagra com o mau caráter Tito, de Rômulo Neto. E bem no dia em que Natan, vivido por Bruno Garcia, demite Érico de sua agência de publicidade, colocando o vilão Fabinho, de Humberto Carrão, em sua vaga.
"É legal porque um amor de 15 anos demora para se desfazer. Então, acho interessante a possibilidade de mostrar o contrário do que normalmente a gente vê nas novelas. Não é uma história de encontro, mas de despedida", analisa o ator, que já sabe quem será seu novo par romântico na trama.
"Ainda não recebi o texto, mas sei que formarei casal com a Letícia Sabatella", anima-se.
Para interpretar um publicitário, Babaioff pesquisou sobre a profissão e assistiu a uma palestra do renomado Washington Olivetto, que controla a agência WMcCann. Como Verônica, personagem de Sabatella na trama, canta sob o codinome de Palmira Valente, Babaioff já sabe que aparecerá cantando em cena. Mas, para isso, se preparou bem antes da escalação.
"Fiz aulas de canto no segundo grau técnico em teatro e também na faculdade. Além disso, tive professor particular. Já soltei a voz no teatro e até na televisão, em cena de Ti-Ti-Ti", explica o ator, que cantou com Claudia Raia em uma das ltimas cenas do remake escrito por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, mesmos autores de Sangue Bom.
A paixão pela interpretação veio na adolescência, na própria escola. Mas, ainda criança, Babaioff lembra que já brincava de atuar. Na hora do recreio, montava uma bancada no pátio e fingia que apresentava um telejornal para os colegas. E, aos 12 anos, depois de ler textos de William Shakespeare, escreveu uma adaptação de Romeu e Julieta que se passava no Nordeste, chamada Romildo e Marieta – Um Grande Amor do Sertão, que montou no próprio colégio.
"Tenho orgulho de falar que fui aluno de escola pública e tive muito incentivo à leitura. Tanto que até levava bronca das professoras por, às vezes, ler o que não era para minha idade", recorda.
Caso de Os Sete Gatinhos, de Nelson Rodrigues, que Babaioff lembra de ter lido quando era pré-adolescente.
"Fucei a obra dele porque meu pai tinha estudado com o Nelsinho (filho do autor) e vivia falando isso. Fiquei curioso para saber quem era", conta.
Agora, em função da novela, o ator lamenta ter de ficar de fora da continuação de um trabalho que considera importante em sua trajetória televisiva: a segunda temporada de Do Amor. A série do Multishow terá uma nova leva de episódios gravada para provável estreia em outubro. Mas, por estar no ar em Sangue Bom até, no mínimo, novembro, Babaioff não pode integrar o elenco dessa vez. Talvez, para não passar em branco, faça apenas uma pequena participação.
"Fiquei triste, mas não estou autorizado a estar no ar em duas emissoras distintas. Ainda mais sendo protagonista na série", justifica ele, que fez par romântico com Maria Flor na primeira temporada do projeto.
Além disso, o ator deixa em aberto a possibilidade de estenderem a quantidade de capítulos de Sangue Bom.
"Novembro não é uma época boa para encerrar uma novela e começar outra. Não dá para ter certeza de que encerraremos no prazo planejado", supõe.
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