Artistas elegem as imagens mais marcantes da Televisão

Por - 26/03/06 às 16:00

Fotomontagem

OFuxico realizou uma enquete com alguns famosos, para saber quais foram as imagens mostradas na tevê que mais os marcaram. Talvez pela proporção do acontecimento, a citação mais recorrente foi a tragédia doTsunami,  ocorrida em 26 de dezembro de 2004, quando uma grande onda atingiou vários países da Ásia, ocasionando a morte de cerca de 150 mil pessoas.

Outras cenas destacadas pelos famosos estão relacionadas a fatos envolvendo crianças e animais, bem como à morte do piloto Ayrton Senna e do cantor Leandro.

Patrícia Maldonado, apresentadora do programa Tudo a Ver da Record, é uma das que citam as imagens da tragédia do Tsunami. Segundo ela, trata-se de um dos fatos mais chocantes que já viu na telinha.

“Era Réveillon e eu estava de folga da Record, passeando na Argentina. Foi quando vi pela tevê o que estava acontecendo. Mas, na hora, não identifiquei o que era ou onde era, também porque a televisão do local estava quase sem som. Só fui me inteirar das proporções da tragédia pela internet, horas depois”, explica.

Em contrapartida, um momento muito alegre a fez chorar: foi durante a cobertura da Copa de 2002, na Ásia. “Na época, eu estava trabalhando para o SporTV e acompanhei toda a trajetória da Seleção Brasileira, bem de pertinho. Imagine você a minha emoção em ver o Brasil ser pentacampeão!”, relembra a apresentadora.

A jornalista e apresentadora Liliane Ventura conta que, nesses anos todos de telejornalismo, a situação que mais a emocionou foi quando ainda estava trabalhando no SBT. “Um fato na tevê que me traz, e trouxe na época, muita emoção, foi quando tive que noticiar a morte de Leandro, em 1998, vítima de um câncer. Me lembro que, dias antes, havíamos nos encontrado, pois eu era amiga dele e de toda a família.”, lamenta a apresentadora.

Para João Dória, apresentador do programa Business, da RedeTV!, a situação que mais o emocionou foi a morte do piloto brasileiro Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994:  “Dois meses antes, tinha realizado uma entrevista com o Ayrton”, recorda.

Após saber pela televisão sobre o que havia acontecido – o fatídico acidente ocorreu na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, Itália -, João Dória teve que fazer a cobertura da morte do piloto. Isso o deixou muito emocionado, pois “Ayrton Senna não era apenas um piloto de F-1, mas um ídolo brasileiro”, conclui.

Lolita Rodrigues, conhecida por externar com muita facilidade suas emoções, relembra dois grandes momentos que a fizeram chorar. Um deles foi ter presenciado, pessoalmente, imagens sempre vistas pela tevê. Foi em sua viagem à China, quando pôde ver de perto as famosas muralhas.

“Era 1979. Eu tinha feito a volta ao mundo, onde visitei 40 países até chegar às muralhas. O que senti na hora foi algo único. Ajoelhei-me diante dela e agradeci a Deus.”, relembra Lolita. Ela diz que sempre viu a construção milenar pela tevê mas, quando estava diante dela, se espantou: “Foi melhor que eu imaginava"!

Outro fato marcante, não só para a atriz mas para uma época, foi a inauguração da extinta TV Tupi. Ela conta com saudade: ”Na época, em 18 de setembro de 1950, eu tinha 21 anos e cantei na inauguração da Tupi. Eu usava meu vestido de formatura e lembro que ficamos receosos, pois ninguém sabia o que ia ser no dia seguinte”.

Lolita, que antes do surgimento da tevê cantava nas rádios, explica que o público a conhecia por fotos que saíam nas revistas. Então, quando as pessoas passaram a vê-la pela televisão, foi algo surpreendente.

“Eu me lembro a emoção que senti, ao dar meu primeiro autógrafo. Como na época eram pouquíssimas as pessoas que tinham tevê, imagine! A menina chegou até mim dizendo que tinha me visto pela televisão”.

A apresentadora Luisa Mell, revela a OFuxico que sua vida é cheia de grandes emoções. Quando ela assiste à tevê, fica sensibilizada diante de ações de solidariedade, como no caso do Tsunami.

“É lindo ver várias pessoas, de diversas línguas e culturas, mobilizando-se para ajudar os outros. Afinal, somos todos iguais e estamos no mesmo planeta”, diz ela.

Mas, emoção mesmo ela sente quando está a cargo do programa Late Show. Ela se lembra de uma denúncia que recebeu contra o Centro de Zoonozes de Osasco, em São Paulo.

“Lá, eles matavam os cachorros a pauladas, e os animais estavam em uma situação lamentável, semimortos, todos ensangüentados, uns em cima dos outros”, relembra a apresentadora que, naquele momento, chorou muito, não conseguindo falar.

Cintia Benini cita dois momentos de muita emoção: sua participação, em 2002, na Casa dos Artistas, onde ela conheceu o grande amor de sua vida, André Gonçalves, e local no qual a filha do casal, Valentina, foi concebida. Outro momento foi quando Silvio Santos a convidou para ser âncora no jornalismo da casa, apresentando, ao lado de Analice Nicolau, o Jornal do SBT Primeira Edição e depois, o Jornal do SBT Manhã.

 

 

Vida Vlatt, que dá vida à personagem Ofrásia, no Programa A Casa é Sua, lembra o caso de uma senhora que foi ao programa da RedeTV!, na época ainda apresentado por Clodovil. Na ocasião, a produção recebeu o telefonema de uma mulher que era assídua telespectadora do A Casa é Sua,  fã de Clodovil e Ofrásia. O detalhe que lhe chamou a atenção foi que ela era deficiente visual há anos, devido a um glaucoma, e acompanhava o programa diariamente, apenas ouvindo.

Convidada a ir ao programa, ela conseguiu uma operação que a fez recuperar a visão. De volta da cirurgia, ela pôde finalmente conhecer as pessoas da atração, às quais apenas identificava pela voz. Vida lembra, emocionada, que a senhora a abraçou e isso a fez se desmanchar em lágrimas.

Elke Maravilha vê nas notícias de corrupção na política as suas maiores decepções, ao assistir à tevê. “Com certeza, a CPI que o Brasil está enfrentando. Os políticos são os espelhos da Nação e, no caso deles, estão todos quebrados. Ver isso me choca e causa enorme repulsa”, lamenta ela.

Frank Aguiar, que foi o homenageado pela escola de samba Tom Maior, no Carnaval de São Paulo, fala que imagens envolvendo crianças e miséria são as que mais o emocionam. “Sempre, sem exceção, me emociono quando vejo matérias e/ou documentários exibidos na tevê sobre crianças que vivem nas ruas, principalmente das grandes cidades, pedindo esmolas nos sinais, longe da escola, sem acesso à saúde e educação”, revela.
Para o cantor, uma criança sem educação nunca terá o futuro digno e feliz que todo cidadão merece.

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