‘As empresas gostam de investir em comédia’, explica Paulo Vilela sobre cinema nacional

Prestes a estrear na maior rede de cinemas do país, Paulo Vilela carrega uma lista de projetos nas telonas por aqui. No entanto, o ator destaca as dificuldades para produzir um longa-metragem quando o assunto é captação de recursos no país.

Boa parte do cinema nacional funciona com o incentivo de empresas privadas, porém, que não gostam muito de investir em projetos que fogem da comédia mais simples. Ele interpreta Deco em Lascados: Uma garota, uma Kombi e Três Amigos, e fala sobre o prazer de chegar às telonas.

“O nosso país ficou um tempo sem cinema, mas agora é maravilhoso poder viver esse momento. As pessoas estão investindo mais em comédia e isso dá mais acesso ao público, aos artistas.”, conta o intérprete em entrevista exclusiva a O Fuxico. O longa estreia nos cinemas da rede Cinemark no dia 18 de setembro.

No entanto, nem todo o cinema é beneficiado com o momento de ouro da comédia brasileira. Fazer drama, por exemplo, dá ainda mais trabalho aos orçamentos, que nem sempre conseguem recursos para lançar as produções. “O drama é muito legal, ele tem uma força muito grande, mas não vemos tanto ele entrar em circuito nacional, por causa do apoio das empresas, que gostam de investir mais em comédia!”, explica, ao lembrar que a produção nacional ainda é bastante presa à iniciativa de companhias privadas, o que torna as possibilidades de criação mais difíceis.

Além da comédia Lascados, Paulo tem outro projeto em vista, o longa Jogos de Mente, do diretor Ricky Mastro, que conta a história de um grupo de amigos e a forma como eles lidam com a sociedade, sendo todos portadores de HIV. Para ele, o gênero deixa as coisas bastante complicadas na hora de produzir: “A gente vai fazer o filme com o Recurso Baixo Ideal, como chamamos. É a possibilidade que as pessoas têm de fazer drama por aqui!”.

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