As sócias Marieta Severo e Andréa Beltrão festejam sucesso de seu teatro

Por - 06/01/06 às 15:27

Felipe Panfili

“Parece até o milagre da multiplicação dos pães!” Com essa brincadeira, Marieta Severo conta como ela e sua sócia no Teatro Poeira, Andréia Beltrão, estão conseguindo multiplicar o patrocínio que receberam da Eletrobrás, desde a inauguração do espaço, que fica em Botafogo, zona sul carioca. 

O exemplo atual é a peça Agreste, um dos maiores sucessos dos últimos anos nos palcos paulistanos, que estreou no Poeira na noite de quinta-feira, dia 5, e fica em cartaz no Rio até o dia 19 de fevereiro.

Prêmio Shell e APCA para o autor Newton Moreno, com direção de Márcio Aurélio, Agreste conta no elenco com os atores Paulo Marcello e João Carlos Andreazza. Atraiu na estréia pesos-pesados da nossa arte de representar, como Paulo Betti e Tuca Andrada, além da dupla Andréia e Marieta, esta no papel de madrinha do espetáculo. Agreste trouxe também ao Poeira, o jovem ator Rodrigo Prado, que atuará e está produzindo a peça Veridiana e Eu, ao lado do autor Tarcísio Puiati e de vários colegas do elenco, cuja estréia deve acontecer em março no Festival de Teatro de Curitiba (PR).

Todos, independente do tempo de carreira, ficaram encantados com o trabalho mostrado na arena do teatro e classificaram Agreste como um espetáculo comovente.

Marieta, uma “pública” maravilhosa

Marieta Severo se classifica como uma “pública” maravilhosa porque, conforme diz, durante toda a sua vida assistiu teatro ao máximo.

“Vou ver os colegas em atuação e gosto de descobrir gente nova nos palcos. Foi assim que assisti em São Paulo o João Carlos e o Paulo Marcello. Quando vimos que nosso patrocínio permitia trazer uma peça para fazer temporada no Poeira, lembrei de Agreste. É prazeroso e dá muito orgulho propiciar ao público carioca a apresentação de um teatro bem especial que, por questões financeiras, dificilmente seria mostrado no Rio de Janeiro. Já temos acertado, para depois do Carnaval, dois espetáculos maravilhosos com o Cacá Carvalho (o Jamanta de Belíssima) chamados Uma Poltrona Escura e O Homem da Flor Na Boca”, conta a atriz que em 2005 ficou seis meses em cartaz com o espetáculo Sonata de Outono, ao lado da sócia Andréia Beltrão, com direção de Aderbal Freire-Filho.

Andréia ficou comovida

Ao contrário de Marieta, Andréia Beltrão assistiu a Agreste pela primeira vez na estréia da peça em seu teatro. E não escondia o quanto ficou comovida.

“Fiquei comovida não apenas pelo trabalho e texto do espetáculo, mas também pelo fato de ser a gente patrocinando, através do que conseguimos da Eletrobrás, espetáculos ousados, que trilham o caminho da pesquisa de linguagens”.

Síntese da peça

Agreste, de forma nada conservadora, narra a história de um casal de lavradores vizinhos que têm que fugir de sua terra e encontrar outro lugar para poder viver seu amor. A morte de um deles, porém, traz uma revelação surpreendente que muda o curso da história. Os próprios atores representam os personagens femininos e provam que a questão masculino-feminino têm um limite muito próximo.

Agreste ficou em cartaz em São Paulo por mais de um ano, entre 2004 e 2005, já percorreu outras capitais e cidades brasileiras, além de ter feito parte de um programa da prefeitura paulistana de levar teatro à periferia. 

Serviço

Agreste – Teatro Poeira – Rua São João Batista, 104 – Botafogo – Fone: (21) 2537-8053

De 05 de janeiro a 19 de fevereiro
Horários: Quinta a sábado, às 21 horas. Domingo, às 19 horas.
Ingressos: R$ 40,00 (meia entrada para idosos e estudantes)
Classificação etária: 16 anos
Duração: 60 minutos

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