Assassino de George Floyd é condenado novamente. Entenda!
Por Flavia Cirino - 08/07/22 às 10:35
Julgado no ano passado em um tribunal estadual pelo assassinato de George Floyd, asfixiado em Minneapolis em 2020, o ex-policial americano Derek Chauvin foi condenado, na quinta-feira, 07 de julho, a 21 anos de prisão federal. A sentença faz parte de um processo separado relacionado aos direitos civis de Floyd, no qual o ex-policial se declarou culpado.
Por já estar preso, a sentença de Chauvin foi deduzida para 20 anos e 5 meses, próximo ao limite prescrito, na faixa de 20 a 25 anos. As sentenças federais e estaduais serão cumpridas simultaneamente.
Derek Chauvin foi sentenciado por usar força excessiva contra George Floyd e uma outra vítima, um menino de 14 anos, também negro. O incidente não tem relação com o caso de Floyd, que desencadeou uma série de protestos nos Estados Unidos, mas é semelhante.
“Eu realmente não sei por que você fez o que fez, mas colocar o joelho no pescoço de outra pessoa até que ela faleça é simplesmente errado, por essa conduta você deve ser substancialmente punido”, disse o juiz Paul Magnuson ao impor a sentença.
No fim de fevereiro, outros três ex-policiais de Minneapolis foram considerados culpados de privar George Floyd de seus direitos ao não ajudá-lo: os ex-policiais são Tou Thao, J. Alexander Kueng e Thomas Lane.
Os promotores argumentaram que eles sabiam, por seu treinamento e pela “decência humana básica”, que tinham o dever de ajudar Floyd enquanto ele implorava por sua vida ao ficar sob o joelho do ex-colega dos réus Derek Chauvin.
EX-POLICIAL CITA OS FILHOS DE GEORGE FLOYD
Em um breve momento de intervenção, Derek Chauvin desejou aos filhos de George Floyd que “triunfem na vida”, mas não pediu perdão ou expressou remorso.
A mãe do ex-policial, Carolyn Pawlenty, garantiu que o filho não é racista e que “todas as vidas importam, seja qual for a cor da pele”, parafraseando o lema do movimento Black Lives Matter.
RELEMBRE O CASO
Derek Chauvin asfixiou George Floyd por mais de nove minutos após ele tentar passar uma nota falsificada de US$ 20 em uma loja de conveniência em Minnesota, nos Estados Unidos, em maio de 2020.
Floyd protestava que não conseguia respirar, até que foi morto. Inicialmente, o Departamento de Polícia de Minneapolis alegou que ele havia morrido em um “incidente médico”.
No acordo de confissão federal, Chauvin reconheceu o uso excessivo de força contra Floyd e em outro caso, em 2017, contra um adolescente chamado John Pope.
O irmão de George Floyd, Philonise Floyd, instou o tribunal a dar a sentença máxima contra o ex-policial.
“Eu não tive uma noite de sono de verdade por causa dos pesadelos que tenho constantemente ouvindo meu irmão implorar e implorar pela vida repetidamente”, disse.
Os promotores também defenderam que Chauvin recebesse a pena máxima, em parte porque ele se declarou culpado em dois casos.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino