Ator de Malhação dá expediente como médico em São Paulo

Por - 13/04/13 às 13:33

Jorge Rodrigues Jorge/CZN

É comum alguns atores buscarem uma formação acadêmica como segunda opção de carreira. Geralmente, são cursos ligados à área de humanas e só são colocados em prática quando a interpretação não dá certo. Bruno Dubeux também é a favor de ter um porto seguro. Mas o intérprete do Michel de Malhação escolheu justamente a Medicina – carreira que exige dedicação integral na época da faculdade e estudo continuado após a graduação – para conciliar com a interpretação. Quando não está gravando a novela, vai para São Paulo, onde dá plantão em um pronto-socorro. As duas profissões, ele garante, se complementam, apesar de, aparentemente, serem distintas.

"Foi muito legal fazer faculdade de Artes Cênicas depois de ter feito Medicina. Aprendi a ser um médico mais humano", avalia ele, que optou por entrar em um curso tradicional na época do vestibular e escolheu a Medicina por se identificar com suas disciplinas.

A vontade de ser ator, aliás, vinha desde a infância. Na adolescência, no entanto, o desejo ficou camuflado. Talvez por, na época, não existirem muitas opções de cursos e nem faculdade de teatro em Recife, cidade de Pernambuco onde Bruno foi criado. Mas, no primeiro ano da faculdade de Medicina, depois de participar de uma campanha publicitária, vários trabalhos como ator começaram a surgir e ele resolveu investir também nesse outro lado.

Atualmente, há seis anos morando no Rio de Janeiro, Bruno interpreta seu personagem de maior projeção na tevê, depois de ter feito algumas participações em novelas, como Insensato Coração e Amor Eterno Amor, entre outras. A princípio, a oportunidade em Malhação seria apenas uma participação. Mas, depois de dois meses, gravando cerca de duas vezes por semana, o personagem se tornou fixo na trama. Agora, Bruno se surpreende com a repercussão de Michel.

"Está sendo uma experiência bem diferente. A maioria do público é de jovens e a reação deles é bem calorosa", conta.

Perfil:

Nome: Bruno Dubeux de Andrade.
Nascimento: 8 de fevereiro de 1981, no Texas, Estados Unidos.
O primeiro trabalho na tevê: Uma participação em Cobras & Lagartos (2006).
Sua atuação inesquecível: No último filme que fiz, Para Sempre Nunca Mais. Faço o personagem Kim, um soldado.
Interpretação memorável: Matt Damon em Gênio Indomável, de 1998.
Um momento marcante na carreira: A minha faculdade de teatro, na UniverCidade, no Rio de Janeiro.
O que gosta de assistir: Tenho visto novela porque aprendo muito assistindo.
O que nunca assistiria: Programas de humor muito escrachado.
O que falta na televisão: Juntar qualidade artística com bons textos e, ao mesmo tempo, ser comercial.
O que sobra na televisão: Vulgaridade.
Ator favorito: Tony Ramos.
Atriz predileta: Meryl Streep.
Com quem gostaria de contracenar: Tony Ramos.
Se não fosse atriz/ator, o que seria: Médico eu já sou. Acho que seria um diplomata.
Novela preferida: Que Rei Sou Eu?, de 1989.
Cena inesquecível na tevê: Carolina Dieckmann raspando a cabeça em Laços de Família.
Melhor abertura de novela: Vamp, exibida pela Globo entre 1991 e 1992.
Vilão marcante: Flora, interpretada por Patrícia Pillar em A Favorita, exibida pela Globo entre 2008 e 2009.
Personagem mais difícil de compor: Agamêmnon, na peça Ifigênia em Áulis.
Papel que mais teve retorno do pblico: Michel de Malhação.
Melhor bordão da tevê: "Não é brinquedo, não", da personagem Dona Jura, interpretada por Solange Couto em O Clone, de 2001.
Que novela gostaria que fosse reprisada: Que Rei Sou Eu?.
Que papel gostaria de representar: Um vilão.
Com quem gostaria de fazer par romântico: Marjorie Estiano.
Filme: Um Sonho de Liberdade, de Frank Darabont.
Livro de cabeceira: Estou lendo Respect For Acting, de Uta Hagen.
Autor predileto: Gilberto Braga.
Diretor favorito: Alfred Hitchcock.
Vexame: Quando eu era criança, estava em um evento público e fiz uma besteira. Uma tia brigou comigo e eu chamei ela de um palavrão bem alto. Ela me deu um tapa na cara na frente de todo mundo.
Uma mania: De limpeza.
Um medo: Da velhice.
Projeto: Tenho um projeto de um programa de viagem para apresentar. Fui para a Ásia e gravei dois pilotos: um na Índia e um em Omã.

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