Ator de Sangue Bom já vendeu sacolé e origami
Por Redação - 19/07/13 às 08:00
O lado batalhador de Julio Oliveira não permite que ele se acomode com a vida confortável que desfruta em sua segunda passagem pelo Rio de Janeiro. O paulista, intérprete do Peixinho, em Sangue Bom, atualmente mora em um flat na Barra da Tijuca, bairro nobre carioca. Mas não esquece suas raízes. Para pagar os cursos de atuação, Julio fez de tudo um pouco.
"Tinha de me virar como todo brasileiro. Vendia sacolé, origamis, salgados…", enumera.
"Evito falar sobre o assunto. Mas não por vergonha, é que não quero ser lembrado por ser o 'coitadinho'", esclarece, afirmando que as dificuldades do passado fazem com que ele tenha os pés no chão.
"Ser ator é um exercício diário de humildade. São muitas ofertas, muitos convites… Tudo é muito tentador o tempo todo", avalia.
Depois de uma pequena passagem pelo SBT, quando atuou em Revelação, a atual novela das sete é a segunda participação do ator na Globo. Se na primeira vez, em Ti-Ti-Ti, Julio teve de fazer um teste, agora a situação tomou outro rumo.
"Quando soube que estavam começando a escalar atores para 'Sangue Bom', vim ao Rio de Janeiro me apresentar e fazer um teste. Quando cheguei para falar com o diretor, ele disse que já tinha um personagem separado para mim", conta, ainda incrédulo.
Nos próximos capítulos da novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, o personagem de Julio vai ganhar uma trama à parte. O assistente do Luxury assumirá ser homossexual.
"Estou animado para mostrar esse novo lado do Peixinho", comemora.
Perfil:
Nome: Julio Cesar Oliveira da Silva.
Nascimento: 1º de fevereiro de 1990, em São Paulo.
Primeiro trabalho na tevê: Em Revelação, novela de Íris Abravanel, exibida pelo SBT em 2008.
Interpretação memorável: Fernanda Montenegro, no monólogo Viver Sem Tempos Mortos.
Momento marcante: No espetáculo Equus, eu era o substituto do Leonardo Miggiorin. Quando anunciaram que ele seria substituído naquela noite por mim, eu ouvi as pessoas lamentando. Aí, me deu uma força maior para fazer a peça e, no final, todos me aplaudiram muito.
A que gosta de assistir: Eu vejo pouco por causa do ritmo das gravações. Mas gosto de séries, como Revenge e As Visões de Raven e, claro, Sangue Bom.
O que falta na televisão: Programas de making of falando sobre os bastidores da tevê.
O que sobra na televisão: Beleza sem competência.
Se não fosse ator, o que seria: Infeliz.
Ator: Leonardo DiCaprio.
Atriz: Natalie Portman.
Cantor: Cazuza.
Cantora: Ana Carolina.
Novela preferida: Celebridade, de Gilberto Braga, exibida pela Globo em 2003.
Vilão mais marcante: Carminha, de Adriana Esteves, na novela Avenida Brasil.
Personagem mais difícil de compor: Sempre acho que é o atual, o que eu estou fazendo no momento.
Papel com mais retorno do público: Os trabalhos na tevê sempre têm mais repercussão. Mas as pessoas me deram muito retorno quando fiz o Piramo, na peça Piramo e Tisde.
Melhor bordão da televisão: "Salguei a Santa Ceia", da personagem Félix, de Mateus Solano, em Amor à Vida.
Que papel gostaria de representar: Um péssimo ator.
Com quem gostaria de fazer um par romântico: Natalie Portman.
Com quem gostaria de contracenar: Com Paulo Autran. Mas, infelizmente, esse já não é mais um sonho possível.
Filme: Cisne Negro, de Darren Aronofsky.
Livro de cabeceira: O Senhor das Moscas, de William Golding.
Autor: O Vincent Villari, que assina Sangue Bom com a Maria Adelaide Amaral. Ela já é uma autora consagrada. E ele está se saindo muito bem na novela e também escreveu um livro de contos maravilhoso, chamado A que Ponto Chegamos.
Diretor: Steven Spielberg.
Vexame: Assim que terminei de gravar Ti-Ti-Ti, participei de um evento na cidade de Cruz das Almas, na Bahia, em uma escola. Aí, as meninas, quando me viram, me agarraram, tiraram minha roupa e me deixaram só de cueca.
Um medo: De ficar sozinho.
Projeto: Continuar vivendo da minha profissão.
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