Ator diz que Zorra Total é “evolução do humor brasileiro”

Em mais de 10 anos de exibição, o Zorra Total, da Globo, já foi muito criticado pelos espectadores, principalmente pelos internautas que tecem inúmeros comentários maldosos dizendo que o programa é muito ruim. Na contramão deles, Fernando Ceylão, que é protagonista do quadro Sentado e Em Pé, defende o humorístico e diz a O Fuxico que a atração é uma evolução do humor brasileiro.

“Eu acho que o Zorra é onde foi desembocar a linha evolutiva do humor feito em televisão. Esse jeito de estruturar um programa de humor, o do quadro com bordão, é o nosso jeito brasileiro de fazer as coisas. Acho que não tem como renegar esse estilo, ele sempre existirá na televisão brasileira.”

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Ele, que está atualmente em cartaz no Rio de Janeiro com o espetáculo Deixa Solto, destaca que no Zorra Total está toda a história da nossa comédia e que ali estão os comediantes atuais, que surgiram nos últimos anos, e os veteranos da televisão.

“Ali também estão o Agildo, o Silvino… Agora, é natural também que eu tenha essa visão por estar dentro, por amar o meu trabalho e vestir a camisa do que estou fazendo. Sempre. Entendo que a minha geração tenha crescido vendo humor americano e inglês e tenha se afastado desse estilo de humor. Então, eu não compro briga com os que criticam o programa, consigo entender a visão deles.”

Já sobre a audiência do programa, para quem não sabe, o Zorra atinge bons níveis de audiência, muitas vezes até melhor que os capítulos de sábado da novela das nove. Sendo assim, ele defende que se tem muita gente assistindo o humorístico é porque há algo interessante nele.

“A grande defesa que faço ao programa é o fato de ser o que recebe a pior média de audiência da novela, afinal, sábado é o dia que a novela das nove é menos vista, e mesmo assim é o que dá a melhor média. Então, tem algo aí, porque mesmo que não tivesse nada melhor pra ver, não seria possível ter tanta gente matando tempo com algo que está detestando. Alguma coisa ali fala diretamente com o povo. Diretamente. E isso me agrada e muito. Adoro fenômenos de massa.”

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