Ator do musical sobre Chaplin, Leandro Luna fala sobre carreira e futuro

Por - 18/05/15 às 19:48

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Leandro Luna é um dos grandes nomes brasileiros quando o assunto é musical. Atualmente, o ator integra o elenco de peso do Chaplin, o Musical, e interpreta três personagens diferentes, Fred Karno, Sr. Jacobs e Mcgranary.

Com espetáculos notáveis no currículo, como Priscilla Rainha do Deserto, Rock Show e Vingança, Luna sonha em colocar em prática seus próprios projetos e conta que desde criança sonhava em  seguir a carreira artística.

Talentoso, simpático e dono de um carisma ímpar, Leandro conversou com O Fuxico e falou sobre sua trajetória, planos para o futuro e como está sendo a experiência em Chaplin.

O Fuxico– Você sempre quis seguir a carreira de artista?

Leandro Luna– Sempre. Aos 14 anos pedi para meu pai deixar eu fazer curso de teatro na escola, mas ele não aceitou e me colocou pra trabalhar na empresa dele na semana seguinte, onde meus dois irmãos também trabalhavam e trabalham até hoje. Três anos mais tarde, aos 17, quando já podia fazer minhas escolhas, mesmo envolvido com os negócios da família e fazendo comércio exterior na faculdade, comecei a fazer cursos de interpretação paralelamente e logo estreei meu primeiro espetáculo profissional. Dois anos depois, minha carreira estava dividida entre o teatro e a vida de executivo e eu tive que optar por uma, seguindo o que para mim, certamente me faria mais feliz. Transferi a faculdade para Rádio e TV, na qual me formei e passei a dedicar todo o meu tempo para a arte.

OF- Sua família sempre te apoiou?

LL- No início, bem no início, não. Porém, quando decidi transferir meu curso da faculdade de Comércio Exterior para Rádio e TV, já tendo atuado em pelo menos três montagens profissionais de teatro, fui pedir autorização para o meu pai, afinal, era ele quem pagava a faculdade e essa decisão me afastaria da empresa, e ele me respondeu serenamente, "aqui comigo você tem seu futuro garantido. Como artista você não tem garantias, mas não quero que quando você fique velho pense que não conseguiu realizar seus sonhos por minha causa, você deve se arriscar e tirar suas próprias conclusões. Eu estarei sempre aqui torcendo para que dê tudo certo.". Desde então minha família torce e vibra por cada conquista alcançada, me apoiam e estão sempre ao meu lado.

OF- Como surgiu o convite para o musical do Chaplin?

LL- Não foi um convite. Me inscrevi, fui pré-selecionado, participei das audições e passei para a minha felicidade.

OF- Bate um nervosismo toda vez que entra no palco ou você se acostuma com o tempo?

LL- Mais nas primeiras apresentações. Depois não é exatamente um nervosismo, apenas uma euforia boa, afinal, apesar ser uma diversão, e tem que ser, não deixa de ser uma grande responsabilidade estar no palco. Sempre. 

OF- Quando você percebeu que musical era a sua praia?

LL- Eu sempre tive um dom natural para o canto e dança desde pequeno. Lembro do meu pai pedindo pra eu dançar e cantar para os amigos dele que iam nas festas e churrascos em casa. Eu era a atração (risos). O primeiro musical que assisti no teatro foi Grease, e eu fiquei encantado. Eu já era ator de teatro convencional, e até então não tinha caído a minha ficha que eu podia unir também as minhas outras habilidades no teatro. Me inscrevi num workshop de dança para musicais com a Fernanda Chamma para começar a aprender esse gênero, e ela questionou quem cantava na turma pois ao final do workshop íamos fazer uma apresentação aberta ao público, e eu levantei a mão. Passei por uma pequena audição e fui aprovado como solista na montagem. A apresentação foi tão boa que o Wolf Maya, diretor da escola, quis colocar em cartaz a montagem, e o musical Ah… Se Eu Fosse Bob Fosse foi um sucesso. Ficamos em cartaz seis meses lotando a casa.


OF- Quais as expectativas para Chaplin, o musical?

LL- Muita emoção! O musical retrata a vida desse grande artista de maneira muito sensível. A relação que tinha com seu pai, com sua mãe e irmão. As pessoas que passaram por sua vida e que foram muito importantes pra sua carreira e vida pessoal. O amor, o sonho, os desafios e muita alegria.


OF- Você também já atuou no cinema, quais as diferenças entre o palco e o cinema?

LL- O processo, o ritmo e como o resultado chega até o público. Para estrear uma peça ensaia-se em torno de dois meses, todos os dias, para que o resultado chegue até o público e essa obra seja apresentada ao vivo por diversas vezes até o término da temporada. No cinema, ensaiamos minuciosamente as cenas para a filmagem e após seu registro e lançamento da obra, o ator passa a ser também o espectador. O teatro é vivido pelo ator todos os dias enquanto a peça existir. O cinema é vivido pelo ator uma única vez e existirá para sempre.

OF- Com grandes musicais no currículo, o que você deseja para o futuro? Qual seu sonho? 

LL- Como todo artista, o sonho é grande. No meu caso, acredito que seja até bem abrangente. Hoje, felizmente, tenho uma carreira sólida no teatro musical, com trabalhos de grande reconhecimento e pretendo continuar nesse caminho sempre. O musical está em mim, me realizo fazendo musicais, por isso, pretendo fazer sempre. Mas não sou um ator apenas de musicais. Comecei a fazer musicais quatro anos depois que atuava no teatro. Fiz dois longas, e o cinema é algo pelo qual sou apaixonado e gostaria de fazer muito mais. Também tive algumas experiências em TV e o ritmo dessa indústria me fascina. Meu sonho é continuar crescendo profissionalmente em todas as áreas, somando trabalhos, sendo eles em teatro, cinema e TV, que tenham qualidade e que possam transformar as pessoas que assistam. Que um dia, eu possa, através desse reconhecimento, com o meu nome, conseguir apoio e patrocínios para meus próprios projetos, como fazem Claudia Raia, Luana Piovani, Miguel Falabella, Gregorio Duvivier, Paulo Gustavo, são alguns bons exemplos.

OF- Como está sendo a convivência com Jarbas Homem de Mello e Marcello Antony?

LL- Maravilhosa. Dois grandes seres humanos, talentosos, generosos, amigos, tem sido um prazer trabalhar e conviver diariamente com ambos. Jarbas eu conhecia há muitos anos, sempre admirei seu trabalho, tanto como ator, coreógrafo e diretor, uma grande referência. Quando a produção me ligou dizendo que eu havia passado para o musical Chaplin, mandei logo uma mensagem para o Jarbas comemorando por finalmente ter chegado o dia em que trabalharíamos juntos, mas principalmente, por ser um projeto dos sonhos dele. Sou muito feliz em poder fazer parte dessa história.

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