Atriz de Lado a Lado diz como é viver personagem à frente de seu tempo

Por - 03/02/13 às 16:04

Luiza Dantas /Carta Z Notícias

Quando Lado a Lado estreou, em setembro de 2012, Jurema Reis ainda estava longe de entrar no ar na pele da garçonete Gilda. Ela já sabia que faria parte da novela, mas suas cenas só iriam aparecer na segunda fase da história, em meados de dezembro.

"Tive de administrar a ansiedade", revela.

Para se preparar para viver uma mulher forte do início do século 20, Jurema fez um workshopjunto com os demais atores da novela e teve aulas de história.

"Eu lia os capítulos inteiros antes de entrar. E quando começou, assistia para ver o comportamento feminino", diz a atriz, que se espelhou na atuação dos colegas para encontrar o ritmo certo das gravações o mais rápido possível.

Para Jurema, a pressão de entrar em uma novela já começada foi minimizada ao saber que contracenaria com Caio Blat e Klebber Toledo. Os atores trabalharam com ela em Morde & Assopra, novela exibida no horário das sete em 2011.

"Eles foram super disponíveis e me ajudaram muito, me deram o olhar deles na leitura. Assim, ficou mais fácil", agradece.

Na trama, de Walcyr Carrasco e Claudia Souto, Jurema dava vida à engraçada e metida Maria João.

"Ela era uma delícia. Uma caipira com a língua afiada", relembra.

Comparando as personagens, a atriz considera os papéis distintos, mas acha que duas características aproximam Gilda de Maria João.

"As duas têm um humor ácido e não se intimidam com homens", compara.

Antes de Morde & Assopra e Lado a Lado, Jurema fez uma participação em Malhação. Clara, sua personagem, era doente e precisava se submeter a transfusões de sangue, só que sua religião não permitia realizar o procedimento.

"A maioria dos atores começa a carreira na tevê com papéis próximos deles. Até agora, só fiz trabalhos distantes de mim", compara.  

Na trama de João Ximenes Braga e Claudia Lage, Gilda faz coro às mulheres fortes do folhetim. Assim como Laura e Isabel, de Marjorie Estiano e Camila Pitanga, respectivamente, a personagem não segue a linha de mulher frágil. Tão logo entrou na novela, já buscou um emprego para sustentar a família em um bar, reduto exclusivamente masculino à época. Gilda, no entanto, não se deixa ser subjugada.

"Ela não é bobinha, tem uma malícia. Por isso, sabe se comportar lá dentro", defende. 

O motivo da boa repercussão do papel, segundo a atriz, está na aproximação do tema com os espectadores, ainda que a novela seja passada no início do século 20.

"O texto chega de forma coloquial, mais próximo de quem está assistindo", destaca.

Outro ponto importante da trama das seis é o figurino.

"A própria roupa mostra que ela é à frente de seu tempo", afirma. 

Frequentador assíduo do bar onde Gilda trabalha, está Albertinho, personagem de Rafael Cardoso. Apesar das cantadas do conquistador, Jurema garante que Gilda não se deixa levar pelas investidas.

"Dentro do bar, ela é correta, profissional e não dá brecha", garante a atriz, que acrescenta que, fora do local de trabalho, sua personagem cede aos encantos do filho da baronesa Constância, de Patrícia Pillar.

"Atrás da calhordice, ele tem um jeito verdadeiro que acaba conquistando", revela.

Também disputando o coração de Gilda, está Chico, de Cesar Mello. O ex-marujo e braço direito de Zé Maria, vivido por Lázaro Ramos, faz de tudo para conquistá-la. Ainda sem saber com quem Gilda ficará no final da trama, Jurema comemora sua atual fase e faz planos para 2013.

"Espero que o ano renda bons frutos e que possa emendar trabalhos à novela", torce.

Jurema Reis entra em Lado a Lado para apimentar a trama

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